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Produzir trigo no Brasil, mais que uma opção, uma necessidade

Esta grande dependência da produção de outros países, especialmente do Mercosul, em tempos de economia globalizada deixa o Brasil numa situação de grande vulnerabilidade

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Artigo escrito por Fernando Mendes Lamas, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste

A população brasileira se aproxima dos 220 milhões de pessoas. A produção de grãos deste ano, segundo estimativa da Companhia Nacional de Alimentos – CONAB, será de 232,6 milhões de toneladas, o que significa mais de uma tonelada per capita.

Quando se analisa o cenário global, estamos bem, embora ainda tenhamos potencial para crescimento, especialmente em produtividade. No entanto, em alguns produtos básicos para alimentação da população temos problemas, como é o caso do trigo.

O Brasil consome anualmente algo em torno de 10 milhões de toneladas de trigo. Nas duas últimas safras foram produzidas menos de 5 milhões de toneladas. Somos um grande importador de trigo. Esta grande dependência da produção de outros países, especialmente do Mercosul, em tempos de economia globalizada deixa o Brasil numa situação de grande vulnerabilidade.

Neste momento, a cotação do trigo está em alta, já ultrapassa a barreira dos U$ 200.00 por tonelada. Por estarmos passando por um momento de elevação do valor do dólar frente ao real, o impacto é imediato sobre o preço do “pãozinho francês”, alimento básico do brasileiro.

Estima-se que no Brasil, na safra 2017/2018 serão cultivados 1,9 milhões de hectares com trigo. Em Mato Grosso do Sul, onde já foram cultivados mais de 400 mil hectares, deverão ser cultivados ao redor de 20 mil hectares.

Após a colheita da soja, a maior área é ocupada com milho, ou seja, predomina a sucessão soja-milho. Do ponto de vista agronômico, o cultivo do trigo seria uma excelente opção para rotação de culturas. Essa prática, agrícola quando adequadamente planejada auxilia no controle de pragas, de doenças, de nematoides e de plantas daninhas, reduzindo os custos de produção.

O modelo de agricultura atualmente predominante, soja-milho e em algumas regiões do Brasil soja-algodão, devido a sua baixa diversidade é um modelo muito vulnerável, colocando em risco anos e anos de trabalho.

Em tempos de economia globalizada, precisamos ficar muito atentos não só com o que está ocorrendo com nossos “vizinhos de cerca” mas, principalmente, com o que está acontecendo nos países produtores. A forte seca ocorrida na Argentina impactou muito os preços do milho e da soja. A alta do preço do barril de petróleo está contribuindo para a elevação dos preços do algodão no mercado internacional, o que está proporcionando ao produtor brasileiro uma melhor remuneração na venda de seu produto.

Não precisamos pensar em produzir trigo para atender a 100% da nossa demanda, mas é necessário reduzir a dependência externa e de certa forma nos proteger das oscilações que ocorrem ao redor do mundo, especialmente dos preços, que estão muito ligados à questão da oferta e demanda, além de problemas internos nos países produtores. A Argentina produz anualmente cerca de 18 milhões de toneladas e consome 5 milhões de toneladas de trigo. Somos um grande comprador de trigo da Argentina.

Inserir o trigo no sistema de produção constitui um grande desafio, para isto, devemos fazer esforços continuando a geração de conhecimentos e a transferência destes para que o produtor brasileiro tenha à sua disposição tecnologias que minimizem os riscos e lhe assegurem uma remuneração adequada. Também, é preciso uma política de médio e longo prazos visando a produção sustentável de trigo.

Em síntese, diante desse cenário, o grande avanço é proporcionar segurança ao produtor por meio de ofertas de tecnologias e de políticas públicas para que ele possa cultivar o trigo de forma competitiva. Se aumentarmos a nossa produção de trigo, ganha o produtor, o consumidor, e o país economiza divisa e melhora sua balança comercial.

Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste

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ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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