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Produzindo o frango do futuro de um modo realmente inteligente

Modernos avanços tecnológicos possibilitam grandes melhorias de produção em cada elo da cadeia de valor

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Arquivo/OP Rural

 Artigo escrito por Jan Henriksen, CEO da Aviagen

Inteligência agropecuária é um termo da moda no setor. Mas o que isso realmente significa? No campo da avicultura, trata-se fundamentalmente de uma combinação de novas tecnologias e técnicas de observação, todas aliadas à ciência analisando dados para melhorar a sanidade avícola, o bem-estar e a biossegurança das aves, além de gerar eficiências comerciais. Criar aves de forma inteligente também nos coloca anos-luz à frente em áreas de grande importância para os consumidores atuais, como sustentabilidade ambiental e transparência da cadeia alimentar.

A tecnologia está ficando mais inteligente, e as empresas que se dedicam à reprodução de aves estão empregando os mais recentes avanços para acompanharem uma crescente necessidade global de carne de frango, que vem se tornando rapidamente a proteína preferencial em todos os continentes.

Para criar o maior impacto, além de frangos, devemos produzir dados. Utilizando sensores móveis e sistemas de monitoramento, podemos coletar dados da granja em tempo real e analisá-los posteriormente para encontrar o ambiente ideal para as aves, sem mencionar as eficiências das análises de ração e processamento. Portanto, podemos promover a saúde e o bem-estar das aves, obtendo, ao mesmo tempo, grandes benefícios econômicos – considerados, até então, impossíveis para os produtores.

Podemos definir e observar condições de temperatura, umidade e fluxo de ar. Da mesma forma, os níveis de conforto das aves podem ser avaliados por meio de sua temperatura corporal e fatores relacionados com a qualidade do ar, como os níveis de dióxido de carbono e amônia. Sensores conhecidos como medidores de fluxo podem enviar alertas quando ocorre o rompimento do sistema de distribuição de água. Quando as condições se tornam preocupantes, os produtores podem ser notificados em seus dispositivos pessoais a qualquer hora do dia ou da noite.

O enorme volume de dados efetivos que coletamos de nossas granjas em todo o mundo pode ser contrastado com previsões de produção e metas de processamento para alcançar maior precisão. A coleta e análise de dados nos coloca no controle da situação, e ter mais controle significa obter mais eficiência.

Preservação da água, do meio ambiente e dos custos de produção

As taxas de crescimento e condições de saúde das aves também podem ser observadas em tempo real com o uso de sensores e monitores. Com isso, a nutrição e as quantidades de ração podem ser ajustadas para os níveis ideais de bem-estar, viabilidade e eficiência das aves. Por si só, a eficiência da ração gera benefícios em diversos níveis. Pense nisso… A maior parcela dos custos operacionais se deve à ração e, graças aos avanços em técnicas de seleção que aprimoram a conversão de ração em carne, os produtores podem agora alimentar mais aves usando menos ração.

Imagine os efeitos positivos da maior eficiência de ração sobre o meio ambiente. Menos ração para as aves significa menos uso de água e terras cultiváveis para o cultivo de grãos. Essas terras podem ser direcionadas para a conservação, ou os grãos não usados para a alimentação de frangos podem alimentar pessoas. O abastecimento mundial de água — que se esgota rapidamente — é mais bem conservado e, principalmente, cuidado.

O consumidor no controle

Os consumidores de hoje em dia querem saber de onde vem sua comida. Ao combinarmos tecnologias como leitores ópticos e blockchain para rastrear cada etapa da cadeia de valor, podemos facilmente oferecer mais transparência. Portanto, com uma simples leitura digital de um frango, usando um smartphone, os consumidores podem ver o nome e a localização da granja onde ele foi criado e a localização da unidade de processamento, para citar apenas alguns exemplos.

Biossegurança, a resposta para a segurança do abastecimento

Robôs andam rondando aviários modernos e desempenhando diversas tarefas, desde a limpeza e a desinfecção das instalações até a prevenção da queda de ovos e o acompanhamento de condições ambientais. Isso é importante para alertar os produtores quando as condições passam a ameaçar a sanidade, o conforto e a biossegurança das aves. E graças à inteligência agropecuária, em algumas regiões do mundo, deve ser feita a leitura óptica de um cartão de identificação sempre que alguém ingressa em um aviário, o que revela dados como o nome, a condição de saúde e as granjas visitadas anteriormente. Sistemas semelhantes são empregados em caminhões de ovos e de ração, tudo para que os produtores possam rastrear a atividade e reduzir o risco de doenças, garantindo um fornecimento seguro de aves para as comunidades em todo o mundo.

A evolução da granja

Ao enfrentarmos o desafio de alimentar a população mundial, que deve crescer para 9,8 bilhões de habitantes até 2050, a produção avícola deve responder com métodos de produção mais modernos, inteligentes e eficientes. Precisaremos empregar novas tecnologias e mineração de dados para promover eficiências e atender a um consumidor que se envolve de modo mais proativo. A nova onda digital que ganha terreno rapidamente na agricultura está gerando um grande impacto e revolucionando nossa abordagem com relação à produção de aves. Os modernos avanços tecnológicos possibilitam grandes melhorias de produção em cada elo da cadeia de valor, ampliando nossa capacidade de manter o fornecimento de alimentos para uma crescente população mundial.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de junho/julho de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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