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Produtores integrados da BRF mostram caminhos da sustentabilidade no campo

Uso racional dos recursos naturais e destino adequado dos resíduos gerados pela produção mobilizam criadores de aves e suínos

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A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, tem em seus 10 mil produtores integrados importantes parceiros em projetos de sustentabilidade. Em todo o Brasil, iniciativas de criadores de aves e suínos mostram que são muitas as alternativas que favorecem o meio ambiente e ainda podem criar oportunidades econômicas para a produção.

O comprometimento da Companhia com agenda sustentável em toda a cadeia produtiva foi reforçado neste ano com o compromisso de ser Net Zero até 2040, o que significa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e neutralizar emissões residuais até 2040. Parte fundamental nesse processo, os produtores integrados à BRF há muito abraçaram a causa e são estimulados a ampliar suas próprias ações, assim como compartilhar bons exemplos.

No Rio Grande do Sul, a granja da família Betti, em Nova Bréscia, substituiu 100% da energia elétrica por energia solar e se programa para novos investimentos na área. Os aviários cobertos por painéis solares geram 21 mil kilowatts e, com isso, a família trocou a conta de energia elétrica por um financiamento que se pagará em, no máximo, cinco anos. Sete aviários e três residências da granja são abastecidos com energia solar.

“Optamos por um investimento em energia solar. Pensamos em médio e longo prazo e percebemos que isso era bastante viável, já que as placas têm 25 anos de garantia”, explica o produtor Cristiano Betti, que agora tem como meta trocar todo o sistema de aquecimento feito por pellets também por energia fotovoltaica.

Dejetos de suínos viram nutriente para o pasto  no Rio Grande do Sul e energia no Mato Grosso

Sedenir Fernandes implantou um sistema onde dejetos da criação de suínos são rapidamente transformados em adubo, no Vale do Taquari

De Arroio do Meio e Dois Lajeados, também no Rio Grande do Sul, Sedenir Fernandes implantou um sistema onde dejetos da criação de suínos são rapidamente transformados em adubo. O composto tem como destino a pastagem que alimenta o rebanho bovino e é compartilhado com vizinhos.

“A área onde ficam os criatórios é alta e montei um sistema em que os dejetos descem por declive. Depois, uma centrífuga faz a separação dos resíduos, que são direcionados a um biodigestor e lagoas de decantação. Assim, a transformação em adubo é acelerada de 120 dias para 45 dias”, explica Fernandes.

Em Tapurah (MT), Iraldo Ebertz adota desde 2016, e cada vez mais, o biogás como fonte energética da fazenda Seis Amigos, que tem na suinocultura uma de suas principais atividades. Os dejetos oriundos da atividade geram 4,3 milhões de KWh/ano, graças à implantação de 18 biodigestores e 9 quilômetros de gasoduto interligando todo sistema.

Com um plantel médio de 13,5 mil matrizes em produção, divididas em três unidades produtoras e três crechários, foram criados no local 380 mil leitões em 2020. Ao investir para transformar os dejetos de todos esses animais em fonte de energia, a fazenda reduz a emissão de poluentes no ambiente e ainda tem energia a custo zero.

O biogás também alimenta o sistema de irrigação e secagem de feno, atende às demandas da pecuária bovina (são mais de 600 animais) e das 41 residências de colaboradores que vivem na fazenda. Os dejetos são utilizados também como biofertilizante em mais de 600 hectares de pastagem. Entre os próximos projetos está a implantação do posto de abastecimento de biogás e a adaptação de toda a frota para operar com este combustível.

“Também planejamos a implantação de sistema de reuso da água, que após a saída dos biodigestores passará por um sistema de saneamento e poderá ser reusada na granja ou destinada à natureza. Assim damos sequência no ciclo renovável onde o dejeto suíno já gera biofertilizante e biogás”, explica Ebertz.

Uso racional da água e captação de chuva na serra gaúcha e no Paraná

Em Carlos Barbosa, a família Geremia adaptou uma caixa d´água para realizar o resfriamento sem desperdiçar o insumo

Na serra gaúcha, em Carlos Barbosa, a família Geremia está em constante busca por soluções sustentáveis e economicamente viáveis e costuma criar suas próprias respostas a diferentes desafios. Incomodados com a água perdida em um processo convencional de resfriamento, o chamado flushing, eles desenvolveram um sistema próprio para fazer a água circular e resfriar, sem perdas.

“Ver toda aquela água indo embora nos incomodava. Se é possível armazenar água da chuva coletando em uma calha, por que não daria para fazer o mesmo no reuso de manejo das aves com a água que é bombeada do poço?”, se questionava Marciela Geremia, uma das proprietárias da granja.

A solução encontrada foi simples, mas a economia é grande. Uma caixa de 20 mil litros conectada entre os aviários e o poço artesiano da família permite ter água em movimento e sem desperdício. No sistema convencional, as torneiras despejariam água no solo, movimentando e resfriando o líquido. Agora, a água resfria em um circuito fechado onde o insumo é usado de forma racional. Marciela assegura que o projeto evita o desperdício de até 18 mil litros de água limpa no processo de resfriamento em apenas um dia.

Aproveitar a água da chuva norteou o projeto de Antônio Backes e do filho Márcio, no Paraná

No Paraná, no município de Mercedes, aproveitar melhor a água da chuva foi o que norteou o projeto de Antônio Backes e do filho Márcio.  Há cinco anos, eles precisaram buscar água fora da granja para manter a produção de aves.  Na época, a seca estava afetando a região, o que já se repetiu em anos posteriores, mas o problema ficou no passado. Em 2018, eles instalaram um sistema de captação e filtragem de água da chuva, a partir de calhas nos galpões.

O sistema armazena e filtra, com pedras e areia, até 300 mil litros de água em três tanques, eliminando impurezas. A água é reusada no resfriamento e na limpeza de aviários. “Tudo simples e fácil de fazer, ajuda o meio ambiente e traz economia”, diz Márcio.

Madeira de reflorestamento para aquecer as aves no Rio Grande do Sul

A produção própria de lenha para aquecimentos dos aviários, com madeira de reflorestamento, foi a alternativa adotada por Alcione Zangalli, de Marques de Souza. Com dois aviários que somam 4.352 metros quadrados e capacidade de alojamento de 86 mil aves, o produtor os aquece com a lenha oriunda de 25 hectares próprios de eucaliptos reflorestados. O produtor conta ainda com mais 8 hectares para plantio nos próximos anos.

“O aquecimento dos pintinhos com pellet ou compra da lenha gera em torno de R$ 0,20 por cabeça. Se você tiver sua própria lenha, você tem a certeza da origem sustentável e o custo ainda fica em torno de R$ 0,05. Ou seja, uma economia de R$ 50 mil por ano num aviário de 2,4 mil metros quadrados”, calcula Zangalli, que atua com o plantio de árvores, de várias espécies, desde muito cedo, com o pai.

A diretora de Sustentabilidade da BRF, Mariana Modesto, destaca que a Companhia tem preocupação em proporcionar um futuro melhor para o planeta. “Preservar o meio ambiente e ser ecoeficiente é uma das ambições do nosso Plano de Sustentabilidade, que viabilizamos por meio dos nossos compromissos”, diz ela. Trabalhamos continuamente para inovar e encontrar soluções sustentáveis para os desafios que se apresentam em nossa atividade.”

Fonte: Assessoria

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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