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Produtores do Oeste do Paraná dão a largada no plantio de soja

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Antes mesmo de encerrar o período de vazio sanitário da soja, que terminou oficialmente domingo (15), muitos produtores de Marechal Cândido Rondon e microrregião, no Oeste do Paraná, já deram início ao plantio de soja para a safra 2013/2014. Por sua vez, o zoneamento agrícola – período considerado tecnicamente apropriado para o início do plantio, inicia no próximo dia 21.
Devido à valorização da commodity no mercado, que atualmente está sendo comercializada a R$ 64 a saca, a tendência é de aumento da área que será cultivada com soja, e recuo da área de milho, produto cotado ontem (13) a R$ 17,50 a saca. Além disso, neste ano o investimento nas culturas deve ser maior, elevando a perspectiva de produtividade, segundo perspectivas do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). 
Na regional de Toledo, que abrange 20 municípios, a previsão é de que serão cultivados com soja 455 mil hectares, o que representa uma elevação de cerca de 5% em relação à safra anterior. Já a cultura do milho ocupará 22 mil hectares na região, conforme estimativa do Deral. A produtividade média é prevista em 3,5 mil quilos por hectare, o que deverá totalizar uma produção regional de aproximadamente 1,6 milhão de toneladas.
Em Marechal Cândido Rondon, a área destinada ao cultivo de soja será de cerca de 28 mil hectares, enquanto o milho caiu de cinco para três mil hectares. A média produtiva é prevista em 3,5 mil quilos por hectare de soja e nove mil de milho.
Cedo
Um dos produtores rurais que deu início à implantação da lavoura de soja nesta semana é Valdemar Schaefer. A área localizada em Novo Três Passos, interior de Marechal Rondon, estava sendo plantada ontem. A decisão de plantar mais cedo do que fez no ano passado, segundo o produtor e agrônomo, se deve à confiança nas condições climáticas atuais, bem como na tecnologia empregada.
Schaefer lembra que houve uma chuva considerável no último domingo (08), somando 27 milímetros na localidade onde ele planta. Com isso, ele acredita que existe uma umidade favorável em determinada camada do solo. Além disso, existe previsão de chuva para a próxima semana. A Somar Meteorologia prevê um volume de precipitação de 26 milímetros para segunda-feira (16).
Schaefer estima que, a cada dia antecipado no plantio da soja, é possível “ganhar” três dias para, futuramente, colher o milho safrinha. “Assim, se eu plantar cinco dias antes do normal, posso colher a safrinha com 15 dias de antecedência, retirando-a do campo antes da geada”, prospecta.
Investimento
Para possibilitar o plantio mais cedo, o produtor considera que é necessário contar com vários fatores favoráveis, dentre eles um solo de qualidade e uma boa tecnologia, além de se observar as condições climáticas, o que já envolve mais palpite. Ele afirma que as mudanças climáticas têm promovido aquecimento do solo mais cedo, o que também permite a antecipação do plantio. 
Na visão dele, para plantar cedo é preciso seguir três mandamentos: ter solo fértil, variedade adaptada e realizar investimento em tecnologia. “É preciso conhecer a cultivar escolhida. Hoje em dia as sementes carregam muita tecnologia e não são mais tão susceptíveis. O tratamento de sementes, a adubação e fungicida ajudam a diminuir os riscos”, analisa Schaefer.
O manejo também pode fazer a diferença, acrescenta ele. Neste ano, além de fazer a implantação das sementes mais rasa, o produtor está usando 10% a mais de sementes para prevenir as possíveis perdas, caso não chova o suficiente em seguida para possibilitar uma germinação satisfatória. Outra estratégia do produtor é a utilização de enraizador e fertilizante contendo cálcio e enxofre, o que deve favorecer o aumento das raízes, de modo que a planta terá maior alcance para obter nutrientes e umidade. “Se chover 15 milímetros minha lavoura vai emergir”, aposta.
Aumento
Ao longo de cerca de 25 anos que mantém cultivos de grãos, Schaefer tem buscado manter uma proporção média de 70% da área com soja e 30% destinados ao milho, na safra de verão. “Considero o milho uma ótima cultura para suceder a soja, pois mantém a qualidade do solo por causa da cobertura. Por isso eu sempre faço rotação da área”, menciona, lembrando que ainda ajuda a diluir o risco de perdas e o serviço de máquinas, devido às diferentes épocas de colheita.
No entanto, desta vez ele resolveu aumentar a área para cultivo da oleaginosa, principalmente devido aos altos estoques mundiais de milho. “O mercado interno está abarrotado de milho, devido à supersafra brasileira. Além disso, conferi nesta semana o boletim de produção norte-americano e vi que a safra lá está consolidada, podendo até passar da média dos últimos anos”, declara Schaefer.
Outro fator levado em consideração por ele é justamente a valorização da soja. “Hoje a soja está valendo praticamente três ou mais por um, em relação ao milho. Nessa comparação, acho mais fácil conseguir garantir 100 sacas de soja do que 300 de milho”, confronta o agrônomo.
Venda
Para contar com uma certa garantia de rendimento, o produtor rondonense também já fechou contratos futuros para a soja, no valor de R$ 60 a saca. “Já comercializei em torno de 20% com contrato futuro porque considero que isso ajuda a fazer uma boa média de valor na venda total da safra”, revela Schaefer.
A expectativa do agrônomo é colher uma média de 150 a 200 sacas de soja por alqueire. “Estou investindo para colher até cinco mil quilos por hectare”, pontua.
Já no caso do milho, a estimativa dele é alcançar 400 sacas por alqueire, se o clima ao longo do ciclo favorecer. “Para atingir esses patamares as tecnologias estão disponíveis para todos os produtores, ainda assim precisamos que o clima favoreça para tal”, finaliza.

Fonte: O Presente

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2º Fórum Nacional do Leite chama atenção para diversidade da cadeia

Programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias.

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Giuliano De Luca/OP Rural

O 2º Fórum Nacional do Leite, em Brasília, se torna o ponto de encontro para uma conversa crucial sobre o futuro da indústria leiteira. Entre terça 16) e quarta-feira (17), a Embrapa abre suas portas para este evento que promete não apenas debater, mas ser um catalisador de respostas para uma transformação positiva no setor leiteiro brasileiro.

Apesar dos desafios enfrentados, o setor leiteiro continua sendo uma peça fundamental da economia, presente em mais de 90% dos municípios do Brasil e empregando milhões de pessoas. O leite, um alimento indispensável desde o nascimento, representa mais do que apenas um produto, é um símbolo da história e cultura alimentar.

A Abraleite, liderando o evento, espera reunir uma variedade de vozes, desde autoridades públicas até produtores locais, para discutir questões como sustentabilidade, gestão, mercado, pesquisa, inovação e comunicação. Maria Antonieta Guazzelli, diretora de Comunicação e Marketing da Abraleite, destaca o engajamento do setor, mesmo em tempos desafiadores.

Porém, a realidade dentro do setor é diversa e complexa. A heterogeneidade reina, desde o volume de produção até o acesso a tecnologias e assistência técnica. Como Maria Antonieta observa, os produtores são verdadeiros heróis, enfrentando uma batalha diária para manter suas operações funcionando.

O programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias. Mas, além das discussões, o verdadeiro objetivo do evento é destacar a necessidade premente de uma cadeia produtiva mais estruturada e uniforme. “A mensagem principal do evento é a necessidade urgente de uma cadeia mais estruturada, com homogeneidade na qualidade, custo e estabilidade da produção de leite. Somente dessa maneira estaremos fortalecidos para elevar o produto a patamares semelhantes ao de commodities como soja e café”, destaca.

Fonte: O Presente Rural
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Declaração de Rebanho 2024 começa nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul; saiba como fazer

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Prazo encerra em 14 de junho.

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Foto: Alf Ribeiro

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. “Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) do Rio Grande do Sul, Rosane Collares.

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros.

No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. O prazo  encerra em 14 de junho.

Fonte: Assessoria Seapi
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Governo do Paraná aumenta tributo de produtos lácteos importados

Desde 08 de abril, leite em pó e queijo muçarela de outros países estão pagando 7% de ICMS.

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Foto: Albari Rosa

Após o pedido da Faep, o Governo do Paraná encampou duas medidas que devem ter impacto direto na competitividade do leite paranaense, que vem sofrendo com a importação recordes de produtos lácteos do Mercosul desde 2022. A primeira medida é o Decreto 5.396/2024, que altera o tratamento tributário para importação de leite em pó e queijo muçarela. A outra ação é um Projeto de Lei encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para alterar a legislação tributária da importação desses produtos. As medidas atendem parcialmente o ofício enviado pela FAEP, no dia 2 de abril, pedindo ações urgentes de apoio à pecuária leiteira estadual.

Foto: Divulgação/Faep

“Essas medidas trazem um pouco de alento para o nosso produtor de leite, mas ainda precisamos buscar mais ações em prol da cadeia produtiva, que gera renda e empregos nos 399 municípios do Paraná”, destaca Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR

Em relação ao Decreto 5.396/2024, até então, o leite em pó e queijo muçarela entravam no Paraná com isenção total de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Com a medida, esses produtos passam a pagar 7% de ICMS. Além disso, as indústrias, as maiores importadoras destes insumos, perdem o benefício de crédito presumido de 4% do ICMS. A medida está valendo desde 8 de abril.

Sobre o Projeto de Lei, caso ocorra a aprovação da proposta, as mudanças trazidas no Decreto 5.396/202 passam a ser definitivas. Conforma consta na proposta, encaminhada a Alep, a medida visa “evitar o encerramento da produção de leite e queijo em milhares de unidades produtivas paranaenses, o que geraria substancial impacto social e econômico local, promovendo, assim, o reequilíbrio da oferta dos referidos produtos no Paraná, bem como a proteção da produção nacional”.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Defesa do produtor
O Paraná é o segundo maior produtor de leite do país com uma produção de 4,4 bilhões de litros por ano. Porém, sem aumento no consumo doméstico e com custo de produção superior ao dos países vizinhos, a produção estadual permanece nos mesmos patamares desde 2014. Isso porque, com a entrada maciça de produtos lácteos dos países do Mercosul, principalmente da Argentina e do Uruguai, houve um desequilíbrio das contas dos pecuaristas paranaenses. “É nosso papel proteger essa cadeia para não perder todo o trabalho que levamos décadas para ser construído e que envolve capacitação técnica, investimento em tecnologia, genética e melhoria na qualidade do nosso produto”, argumenta Meneguette.

A Faep vem atuando para proteger os produtores paranaenses desde o início da crise. No ofício encaminhado ao governo no início de abril, a Federação solicitava, entre outras medidas, a suspensão das importações do Mercosul e adoção de medidas compensatórias ou salvaguardas imediatas; renegociação de dívidas vencidas e vincendas de todos os produtores de leite, incluindo o custeio; inserção permanente do leite nos programas sociais dos governos federal e estadual – inserção do leite no PAA e PNAE e a garantia de que os benefícios concedidos às beneficiadoras sejam repassados aos produtores, não apenas para as indústrias.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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