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Suínos / Peixes

Produtores destacam reflexões e contribuições do Dia do Suinocultor O Presente Rural Frimesa

O evento, para homenagear produtores pelo Dia do Suinocultor, comemorado em 24 de julho, é também uma iniciativa para aprimorar a cadeia de produção, com oito palestras durante um dia intenso de aprendizado em temas como mercado, sanidade animal, mão de obra, fluxo de produção, nutrição e genética.

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Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

“Muitas vezes o produtor está trabalhando no dia a dia e acaba não tendo tempo para fazer algumas atualizações técnicas que são necessárias, mesmo aqueles produtores que estão há mais tempo na atividade. O Dia do Suinocultor sempre traz informações novas, traz um pessoal com muito conhecimento técnico, e isso é essencial para evoluir na profissão. A gente precisa ser eficiente no que fazemos, tanto o produtor quanto a cooperativa. A gente precisa evoluir para produzir melhor, ter sucesso em nosso negócio e ter vida longa mesmo diante das crises. É um aprendizado, é você ter mais bagagem para evoluir dentro do negócio”, define Luana Naue, produtora de suínos que participou da segunda edição do Dia do Suinocultor O Presente Rural Frimesa, promovido em 20 de julho, em Marechal Cândido Rondon.

O evento, para homenagear produtores pelo Dia do Suinocultor, comemorado em 24 de julho, é também uma iniciativa para aprimorar a cadeia de produção, com oito palestras durante um dia intenso de aprendizado em temas como mercado, sanidade animal, mão de obra, fluxo de produção, nutrição e genética. “Esse é o segundo ano que participo. É um evento muito importante para agregar valor em nosso dia a dia”, reforça Luana, que tem uma unidade produtora de desmamados com 1,3 mil matrizes em Entre Rios do Oeste, no Oeste do Paraná.

Luana Naue

Luana não foi a única. Participaram cerca de 350 profissionais do setor, como técnicos, fornecedores da cadeia de insumos, mas especialmente suinocultores das cooperativas Lar, Copacol, C.Vale, Copagril e Primato, que fazem parte da Frimesa Cooperativa Central.

Guilherme Domukoski é um jovem, mas a família produz suínos há 48 anos no Oeste do Paraná. Engenheiro agrônomo, fez diversos cursos no setor de suínos para assumir a gestão do negócio há 4 anos. Aproveitou o Dia do Suinocultor O Presente Rural Frimesa para mais uma reciclagem no conhecimento. “Queria agradecer a todos por trazer um evento para nós, produtores rurais, homenagear a gente nesse dia. Importante fazer essa parceria, esse jogo junto entre pesquisadores, a extensão rural e o produtor para termos as informações técnicas e colocar na prática em nossa propriedade. Com o passar dos anos o mundo quer uma carne com mais rastreabilidade e de qualidade e só vamos conseguir isso unindo a pesquisa e a força de vontade do produtor”, destacou Guilherme Domukoski, que gerencia uma granja de terminação com 2,5 mil animais em Assis Chateaubriand.

Guilherme Domukoski

Para Guilherme, a sanidade destacada em algumas das palestras foi um dos pontos altos do evento. “Uma das palestras que mais me chamou a atenção foi sobre sanidade. Não sabemos que doenças podem chegar, então temos que estar preparados e cuidar dos nossos animais”, mencionou o suinocultor.

Para o diretor de Comunicação e Marketing do jornal O Presente Rural, Selmar Franck Marquesin, com o sucesso da segunda edição, fica evidente o papel fundamental que esse evento desempenha no fortalecimento e valorização da cadeia suinícola brasileira. “Reunindo mais de 350 profissionais apaixonados pela criação de suínos, o encontro se tornou uma vitrine de conhecimento e intercâmbio de experiências. Valorizar o suinocultor é mais do que uma iniciativa louvável, é uma necessidade para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e da economia como um todo. O Dia do Suinocultor O Presente Rural Frimesa tem um importante papel ao reconhecer e honrar a dedicação dessas profissionais. Ao fornecer um espaço para a troca de conhecimentos, atualizações técnicas e networking, o encontro fortalece a união entre os envolvidos na cadeia suinícola, criando uma rede de cooperação que impulsiona o setor a enfrentar seus desafios de maneira mais eficaz e criativa”, avalia. “Agradecemos a todos os envolvidos por fazer parte desse evento enriquecedor e reforçamos a importância contínua de defender e investir no suinocultor, um dos pilares fundamentais do agronegócio do Brasil”, ampliou Marquesin.

O fundador do jornal O Presente Rural, Arno Kunzler, lembrou das profundas mundaças que agro fez no Brasil nas últimas décadas. “O agronegócio mudou não só a paisagem rural, mas a economia das cidades e a vida dos brasileiros”, enfatizou.

Programação

O gerente de Suprimentos de Suínos da Frimesa e um dos responsáveis pela programação técnica do 2º Dia do Suinocultor, Valdecir Luiz Mauerwerk, destaca que as temáticas das palestras foram rigorosamente avaliadas para serem aplicáveis à realidade atual da suinocultura. “São temas de suma importância e que constituem os pilares fundamentais para sustentar a suinocultura desde sua essência. O evento é uma ótima oportunidade de disseminação da informação à cadeia produtiva”, pontuou.

A programação incluiu uma palestra com o presidente da Frimesa, Elias Zydek, sobre o avanço nos abates na Unidade Frigorífica de Assis Chateaubriand, PR. Logo depois, o diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, explorou o mercado de carnes, apresentando o cenário atual e as perspectivas futuras para a carne suína.
Ricardo Lipke, médico-veterinário especializado em Sanidade Animal, compartilhou seu conhecimento sobre os atuais desafios sanitários da suinocultura, abordando questões fundamentais para garantir a saúde dos animais e a eficiência da produção.

Tiago Feldens Paranhos, médico-veterinário com vasta experiência na agroindústria e extensão rural, destacou a importância da mão de obra na suinocultura. Já Cesar Garbossa, renomado professor com formação em Ciências Veterinárias e doutorado em Zootecnia, abordou o papel crucial da nutrição frente aos desafios sanitários da suinocultura.

A programação seguiu com a palestra de César Feronato, médico-veterinário e mestre em Ciência e Sanidade Animal, que apresentou informações sobre o fluxo de produção e a relação com o impacto na sanidade dos animais. Em seguida, Gustavo Freire Resende Lima, zootecnista com ampla experiência em sistemas de produção de suínos, abordou o conceito de “Máximo Valor da Carcaça Suína”, explorando estratégias para otimizar a produção e agregar valor ao produto final.

O médico-veterinário e gerente de Suprimentos de Suínos na Frimesa, Valdecir Mauerwerk, encerrou o evento com uma palestra sobre os impactos da sanidade na produção e abate de suínos.

Ao vivo e on demand

Além do evento presencial, até 26 de julho, no fechamento desta edição impressa, mais de seis mil pessoas já haviam assistido o evento, ao vivo ou nos dias seguintes, nas plataformas digitais do jornal O Presente Rural. “Com o formato híbrido que adotamos, estamos rompendo fronteiras e permitindo que este conhecimento alcance ainda mais pessoas. A transmissão ao vivo e o formato on demand pelos canais digitais do Jornal O Presente Rural no Facebook e YouTube nos permite conectar com diversos públicos, ampliando o alcance das discussões”, menciona o editor-chefe do jornal O Presente Rural, Giuliano De Luca.

Somando forças

Realizado pelo Jornal O Presente Rural, em parceria com a Frimesa, o Dia do Suinocultor conta com patrocínio diamante ADM, Agroceres Pic, Boehringer Ingelheim, Danbred Brasil, Inobram Automações e MSD Saúde Animal; ouro da Agronutri, Alivira, Inata, Mig-Plus, Salus e Vetanco; prata da Anpario, Biotecno, Construsui, Crystal Spring, GD Brasil, Imeve, Nnatrivm, Núttria, Oligo Basics e Suiaves. O coffee break foi patrocínio da Vaxxinova.

 

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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