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Produtores de leite aperfeiçoam conhecimento durante Dia de Campo no Oeste catarinense

Participaram 110 produtores dos municípios de Xavantina, Arvoredo, Itá, Seara e Ipumirim que fazem parte do Programa ATeG.

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Um dia todo dedicado ao conhecimento e à avaliação dos resultados obtidos em uma propriedade rural situada em Xavantina, no Oeste catarinense. Assim foi o Dia de Campo do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na área de pecuária de leite, promovido neste mês pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), e Sindicato Rural Seara.

Fotos: Divulgação/Sistema Faesc/Senar-SC

O evento foi realizado na propriedade de Joraci e Salete Bergamim, onde também trabalham seus filhos Diego e Marcos, além da nora Taís. Participaram 110 produtores dos municípios de Xavantina, Arvoredo, Itá, Seara e Ipumirim que fazem parte do Programa ATeG. Estiveram presentes o prefeito de Xavantina Ari Parisotto, o presidente do Sindicato Rural de Seara Valdemar Zanluchi e o presidente do Sindicato Rural de Ipumirim Neodi Gado.

As atividades foram conduzidas pelo técnico de campo Cleiton Marcos Girotto e pelo supervisor técnico da ATeG Fernando Silveira. O supervisor regional Oeste do Senar/SC, Helder Jorge Barbosa, acompanhou as atividades e destacou a importância da iniciativa para a evolução das propriedades que integram esse grupo da ATeG. Também participaram o supervisor regional Meio Oeste Jeam Palavro e o supervisor técnico da ATeG Guilherme Romani.

A propriedade atua há alguns anos na bovinocultura de leite e, no momento, conta com cerca de 50 vacas em lactação em um sistema Free Stall com o primeiro lote 100% confinado e o 2º lote em semi-confinamento, ou seja, as vacas possuem acesso à pastagem nos períodos mais frescos do dia. Além disso, os animais têm livre acesso às áreas de pastagens, onde são piqueteadas com sistema de carretel, com sombreamento nos piquetes e acesso à água. “O Dia de Campo foi executado com quatro estações e oportunizou apresentar uma propriedade que tem um sistema simples, porém com muita organização, capricho e tudo muito bem feito”, destacou Fernando Silveira.

As estações abordaram os seguintes temas: criação de bezerras, criação de novilhas, conforto térmico para animais a pasto, para animais confinados e manejos pré-parto, além de manejo de pastagens. “A propriedade hoje trabalha com alta produtividade e é extremamente rentável. A família utiliza um sistema de manejo que está funcionando muito bem. É simples e bem-feito! Por isso, a propriedade está com índices bem interessantes”, conclui Fernando.

O técnico da ATeG, Cleiton Marcos Girotto, observou que “por possuir um corpo técnico em casa, a propriedade já estava bem evoluída, porém, a assistência técnica os desafiou a melhorar e evoluir ainda mais em pontos estratégicos como, por exemplo, o sistema de aspersão instalado recentemente para o conforto das vacas em lactação. Os produtores já faziam anotações antes do ATeG, no entanto, não tinham software para gerir essas informações. Com o programa, eles contam com dados técnicos e econômicos precisos para avaliar a eficiência da propriedade e fazer novos planejamentos”.

ATeG Pecuária de Leite

A ATeG Pecuária de Leite iniciou em 2016 e, desde então, atendeu mais de 5,2 mil produtores em 209 municípios catarinenses. Atualmente, são 72 grupos com 2.100 produtores no estado. De acordo com o presidente do Sistema Faesc/Senar-SC e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, o programa é um dos mais bem-sucedidos do agronegócio em todo o país. “As propriedades hoje são exemplos de empreendedorismo, inovação e excelência na gestão e produção. Cada relato de sucesso que ouvimos nos mostra que estamos no caminho certo”, declara Pedrozo.

Para o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, os significativos resultados são realidade porque há um trabalho feito com comprometimento e dedicação por todas as equipes e parceiros envolvidos nos programa. “Com o acompanhamento e as mudanças no gerenciamento dos custos de produção e a análise econômica da propriedade, o produtor implementa melhorias nos manejos, na genética do rebanho, além de adotar novas tecnologias em vários setores da propriedade. Essas mudanças de atitudes geram evolução em todo o sistema de produção e no aumento da renda”, expõe.

A coordenadora da ATeG SC, Paula Coimbra Nunes, observa que, com a ATeG, o produtor explora novas ferramentas que potencializam o crescimento de seus negócios. “São dois anos de acompanhamento para aprimorar as técnicas e o gerenciamento, tornando a produção mais eficiente e lucrativa. As atividades são realizadas com grupos de 25 a 30 produtores organizados de acordo com a atividade produtiva. Os Dias de Campo e as demais atividades práticas que realizamos são essenciais para avaliar os resultados que são cada dia melhores e para inspirar os produtores a buscarem inovar cada vez mais”, relata.

 

 

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar-SC

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Regeneração de pastagens e sistemas integrados ganham protagonismo na pecuária brasileira

Especialistas destacam que eficiência produtiva, solo saudável e adoção de ILPF são caminhos centrais para uma pecuária sustentável e de baixo carbono.

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Foto; Gabriel Faria

A regeneração de pastagens degradadas e a adoção de sistemas integrados de produção devem ocupar o centro da estratégia da pecuária brasileira para os próximos anos. Essa visão foi defendida por Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante sua participação no VEJA Fórum de Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (24), em São Paulo.

Ao participar do painel “Agricultura Sustentável: como produzir sem desmatar”, o executivo ressaltou que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas para garantir a perenidade do negócio. Com atuação em 20 países e relacionamento diário com centenas de milhares de produtores, a JBS enxerga a saúde da cadeia de fornecimento como prioridade. “A produção pecuária e agrícola precisa prosperar por muitos anos, não apenas por alguns. Se os produtores não forem bem, toda a cadeia não irá bem”, explicou.

Dias também analisou a mudança de paradigma no setor: se antes o foco estava exclusivamente no volume de produção, hoje a degradação e a queda de produtividade, especialmente em áreas de abertura mais antigas, impulsionaram uma nova mentalidade voltada à longevidade e à qualidade do solo.

Segundo Dias, essa agenda regenerativa é um imperativo de gestão, focada na melhoria contínua do ativo ambiental. “É fundamental garantir que a fazenda seja mantida em condições de produtividade superior a cada ano, demonstrando que a exploração pecuária de longo prazo é totalmente sustentável”, afirmou.

O executivo reforçou a singularidade do modelo brasileiro, capaz de acomodar duas ou três safras na mesma área. Nesse contexto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) surge como ferramenta vital. A presença animal no sistema não apenas diversifica a renda, mas eleva a biologia do solo e sua capacidade de estocagem de carbono. “Colocar animais numa área aumenta a vida do local, eleva a qualidade da terra e mantém o solo coberto durante todo o ano”, explicou Dias. De acordo com o executivo, a eficiência gerada pela ILPF, somada à redução da idade de abate dos animais, resulta em menor pressão por desmatamento e queda nas emissões entéricas, pavimentando o caminho para uma pecuária brasileira de baixo carbono.

Para acelerar a adoção dessas tecnologias e fortalecer a formalização da cadeia, a JBS estruturou um ecossistema robusto de difusão de conhecimento, assistência técnica e gerencial. O objetivo é empoderar o produtor para a tomada de decisões embasadas. “Construímos um ecossistema que difunde conhecimento e apoio aos produtores”, reforçou Dias.

Essa estratégia, operacionalizada por meio do programa Escritórios Verdes, criado em 2021, e que que oferecem assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita, tem gerado impacto mensurável: desde então, já foram mais de 20.000 produtores apoiados, reinseridos na cadeia produtiva legal e sustentável.

O líder de Pecuária Sustentável da JBS concluiu que o potencial do Brasil em ter uma pecuária baixa em carbono é evidente, dada a capacidade de armazenagem do solo tropical e a redução da idade de abate dos animais. “Ao aumentar a produção por área, a JBS enxerga um futuro brilhante para a pecuária brasileira, onde a sustentabilidade se torna o novo padrão de eficiência e inclusão produtiva”, pontuou.

Fonte: Assessoria JBS
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Mercado do leite volta a cair em novembro e mantém pressão sobre o produtor

Demanda mais fraca e custos elevados sustentam pressão negativa sobre o preço ao produtor.

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Foto: Shutterstock

O preço médio nacional do leite ao produtor fechou novembro de 2025 em R$ 2,44 por litro, conforme o boletim Indicadores Leite e Derivados, elaborado pelo Cileite/Embrapa. O valor representa queda de 3,8% na comparação mensal e recuo de 14,8% em 12 meses, consolidando um ano de forte retração para o setor.

A análise regional mostra que todos os estados acompanhados registraram variações negativas, como em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As barras do gráfico destacam uma tendência comum de queda, com redução próxima a 4%.

Derivados também caem

Foto: Sistema Faep

Os preços dos lácteos seguiram o mesmo movimento. O boletim indica retração de 1,0% no conjunto de “Leite e Derivados” e queda de 0,2% em outro agrupamento de produtos monitorados. Entre os itens acompanhados individualmente, o leite UHT apresentou variação negativa mais intensa, acompanhado por baixas em queijos, manteiga, creme de leite e leite condensado — todos com índices de redução destacados na coluna “Em 12 meses”.

Consumo interno não reage

O relatório também traz a evolução do ticket de compra de lácteos no varejo, mostrando oscilações ao longo de 2023, 2024 e 2025. A curva referente a 2025 revela leve recuperação no segundo semestre, mas ainda distante dos patamares observados em anos anteriores. Segundo o boletim, o consumo interno não tem acompanhado a oferta, o que contribui para a continuidade da pressão sobre os preços ao produtor.

Cenário segue desfavorável ao produtor

Com custos ainda elevados em várias regiões e baixa capacidade de repasse pela indústria, o momento permanece desafiador para a cadeia produtiva. A retração em praticamente todos os indicadores reforça o ambiente de margens apertadas e de incerteza para o início da temporada 2026.

Fonte: O Presente Rural com Cileite/Embrapa
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Mato Grosso institui Passaporte Verde e eleva padrão socioambiental da pecuária

Nova lei, que entra em vigor em 2026, estabelece critérios socioambientais e rastreabilidade completa do rebanho para atender às exigências dos mercados internacionais.

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Foto: Divulgação/Imac

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em duas votações, na última quarta-feira (19), o projeto de lei que institui o Programa Passaporte Verde, iniciativa que coloca o Estado na vanguarda da pecuária sustentável no Brasil. A nova legislação entra em vigor em janeiro de 2026 e estabelece critérios socioambientais para todo o monitoramento de rebanho bovino e bubalino mato-grossense, com o objetivo de atender às exigências dos mercados internacionais mais competitivos.

O Passaporte Verde, desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) em parceria com o Governo do Estado e o setor produtivo, propõe o monitoramento socioambiental completo da cadeia da carne, desde o nascimento do animal até o abate. O programa prevê etapas de implantação para incluir propriedades de todos os portes, oferecendo suporte técnico e orientação aos produtores.

Entre os objetivos dessa política de sustentabilidade estão o desenvolvimento sustentável, a inclusão e consciência produtiva, o acesso ao mercado global, qualidade e monitoramento, incentivo de parcerias do setor privado com entidades públicas, a valorização de serviços ambientais, além do estímulo do ambiente de concorrência equitativa na cadeia produtiva.

A iniciativa reforça o compromisso de Mato Grosso com a produção responsável, rastreabilidade, transparência e conservação ambiental, critérios cada vez mais valorizados pelos importadores e consumidores globais. Países da Europa e da Ásia, por exemplo, têm adotado políticas que priorizam produtos com comprovação de origem sustentável e desmatamento zero. “Mato Grosso se consolida como pioneiro em sustentabilidade com o Passaporte Verde. Estamos mostrando ao mundo que é possível produzir mais, com responsabilidade ambiental e inclusão social. Esse programa será uma vitrine da pecuária moderna, transparente e comprometida com o futuro do planeta”, comemorou o presidente do Imac, Caio Penido.

Fonte: Assessoria Imac
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