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Avicultura 2º Dia do Avicultor

Produtores de frango vão encontrar panorama positivo nos próximos anos, avalia profissional

Setor avícola mundial cresceu 10% nos últimos cinco anos, saltando de 91,1 milhões de toneladas de carne produzida em 2017 para quase 100 milhões de toneladas em 2021. Superintendente de Suprimentos e Alimentos da Lar, Jair Meyer, apresenta um panorama dos mercados da avicultura mundial, brasileira e paranaense.

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Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

Desejada e invejada mundo a fora, a avicultura brasileira está cada vez mais próxima de liderar a produção mundial de carne de frango. Com uma cadeia produtiva cada mais vez tecnificada e um rigoroso controle sanitário, o Brasil tem se projetado globalmente pela qualidade do produto e por ser área livre de Influenza aviária, doença que tem afetado drasticamente a produção dos principais países produtores no mundo. Esse cenário fez com que a carne de frango produzida em terras tupiniquins ganhasse mais espaço no mercado externo. Hoje, o Brasil está habilitado para exportar a 151 países e busca abertura de novos mercados para alavancar ainda mais esse setor, perspectiva que faz os mais de 180 mil produtores brasileiros investirem constantemente em melhorias na atividade.

Durante a 2ª edição do Dia do Avicultor, evento promovido pelo Jornal O Presente Rural, em parceria com a Lar Cooperativa Agroindustrial, idealizado para capacitar, atualizar e valorizar o trabalho desenvolvido pela cadeia produtiva, o superintendente de Suprimentos e Alimentos da Lar, Jair Meyer, trouxe um panorama dos mercados da avicultura mundial, brasileira e paranaense.

Superintendente de Suprimentos e Alimentos da Lar, Jair Meyer: “A grande indagação neste momento é como o Brasil vai se posicionar no futuro a nível de custo”

O setor avícola mundial cresceu 10% nos últimos cinco anos, saltando de 91,1 milhões de toneladas de carne produzida em 2017 para quase 100 milhões de toneladas em 2021. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a cadeia avícola deve crescer a nível global mais 26% até 2030. “Embora grande esse percentual é um crescimento abaixo de 3% ao ano”, relata Meyer.

Com um avanço de 8% entre 2017 e 2021, a exportação de carne de frango poderá crescer em escala global nos próximos oito anos mais 32%, podendo chegar a 15,6 milhões de toneladas. “Os países que vão crescer em produção são países maduros em consumo, ou seja, provavelmente serão os mesmos que produzem hoje”, pontua.

Em relação à importação mundial, houve um aumento de 6% desde 2017, com projeção de crescimento de 27% até 2030. No mesmo período, o consumo aumentou 10% e a USDA prevê que avance mais 27% até 2030, chegando a 12,9 quilos per capita no mundo. “O que demostra uma tendência de equilíbrio entre produção e consumo”, afirma Meyer.

O Brasil ocupa atualmente o 2º lugar entre as 10 potências produtoras de carne de frango, tendo produzido 14,5 milhões de toneladas em 2021. Os Estados Unidos lideram o ranking, com produção de 20,3 milhões de toneladas. “Esse cenário mostra o potencial de crescimento que temos para avançar no ranking de produção mundial e as oportunidades para os avicultores brasileiros ampliarem sua atuação na atividade”, ressalta Meyer.

Completa o ranking mundial União Europeia (4º), Rússia (5º), México (6º), Tailândia (7º), Argentina (8º), Turquia (9º) e Japão (10º). Outros 35 países produzem os 22% restante, evidenciando que dos 195 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) apenas 45 possuem produção de frango.

No ano passado, a produção mundial de carne de frango atingiu 99,9 milhões de toneladas, com os 10 maiores produtores sendo responsáveis por 78% deste volume. Os Estados Unidos, China, Brasil e a Europa respondem por 61% do total produzido. Já o Japão, México, China e a Europa concentram 34% das importações.

Em relação ao consumo anual de carne de frango no mundo, os quatro países maiores produtores consomem 55% do total produzido, com os norte-americanos liderando o ranking ao consumirem 51 kg/ano per capita, consumo 4,5 vezes maior que a média mundial, que é de 12,2 kg/ano. “Com uma produção anual de 14,7 milhões de toneladas de carne de frango, os chineses consomem em média 10 quilos por ano, o que mostra que há um espaço para ampliar esse consumo na China. No Brasil, o consumo por habitante é de 46 quilos em média por ano, enquanto que na Europa cada pessoa come 22 quilos/ano”, menciona o profissional.

Juntos, o Brasil, Estados Unidos, Europa e Tailândia respondem por 81% das exportações de carne de frango, com o Brasil liderando os embarques, sendo responsável por 33% do share mundial.

Entrave ao crescimento

Conforme Meyer um dos grandes entraves do crescimento na produção de frango de corte no Brasil é o custo. O produtor europeu precisa de R$ 5,90 para produzir uma ave, os chineses gastam R$ 5,70 e os brasileiros R$ 5,49, enquanto o custo para os americanos é em média de R$ 5,23. “Apesar do Brasil ter crescido 7% em produção, 6% em exportação, 67% na importação e 10% em consumo nos últimos cinco anos, no mesmo período perdeu competitividade frente aos americanos, principalmente nos últimos dois anos, em razão da alta massiva das commodities. Para se ter uma ideia, entre 2018 e 2019 o custo de produção por ave no Brasil era de R$ 3,11. A grande indagação neste momento é como o Brasil vai se posicionar no futuro a nível de custo”, salienta Meyer, ampliando: “No ano passado uma tonelada de ração já custava 120% a mais do que há cinco anos. Apesar de ter equalizado o custo de produção na avicultura com os maiores produtores do mundo, o Brasil ainda tem grandes oceanos pela frente para chegar aos mercados consumidores”, afirma o profissional.

Embora a Rússia e a Ucrânia tenham pouca relevância no setor avícola mundial, Meyer ressalta que o conflito entre os dois países fez com que os preços das commodities tivessem uma alta contínua nos últimos meses, assim como eles colocaram no mundo uma régua em relação à segurança no abastecimento da cadeia de alimentos mundial.

De acordo com Meyer, outro fator que exerceu grande influência no mercado nos primeiros nove meses deste ano foram os surtos de Influenza aviária em várias partes do mundo. De janeiro de 2021 a julho de 2022, mais de 15 países registraram casos da doença. “Os Estados Unidos, principal produtor de carne de frango do mundo, enfrenta

Foto: Divulgação

um problema gravíssimo de Influenza aviária, acentuado durante o período de inverno, fator que influenciou fortemente o mercado. Até maio deste ano, 32 Estados americanos reportaram casos oficiais de Influenza aviária, gerando o abate sanitário próximo de 50 milhões de aves. Por consequência, os Estados Unidos sofreram sanções de diversos países para exportar”, relata Meyer.

A China também enfrenta problemas sérios com a doença, com 314 casos notificados. Na Europa, foram registrados 3.957 casos. Enquanto o Brasil é área livre de Influenza aviária e é justamente esse status que faz o mundo voltar os seus olhos para a avicultura brasileira”, ressalta Meyer, lembrando que um caso isolado de Influenza aviária reportado no México em 2021 acendeu um alerta na cadeia avícola brasileira em razão da proximidade entre os dois países.

Produção projetada para 2022

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta um crescimento de 1,19% na produção brasileira em 2022, podendo chegar a 14,5 milhões de toneladas de carne de frango. Em relação aos números de alojamentos, no ano passado foram 567,5 milhões/média mês de pintinhos alojados e neste ano a estimativa é alojar um número um pouco menor, cerca de 551 milhões/média mês.

A região Sul detém 64,08% da produção nacional, com o Paraná responsável por 35,4% deste volume, seguido de Santa Catarina com 14,89% e Rio Grande do Sul com 13,65%.

O Paraná possui 16.590 mil aviários e gera 85 mil empregos diretos na atividade. “Para cada emprego direto são gerados outros 13 indiretos, o significa que 1,1 milhão de pessoas estão vinculadas à atividade avícola no Paraná. De acordo com a expectativa do Censo 2022, a população paranaense deve ser de até 11,5 milhões, o que significa que nossa atividade abrange 10% da provável população do Estado”, destaca Meyer.

Conforme o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o número de abates cresceu 0,5% no Paraná nos primeiros seis meses deste ano quando comparado ao mesmo período de 2021, passando de 1,033 bilhão de aves abatidas para 1,039 bilhão. Quando comparado ao primeiro semestre de 2021, a produção paranaense cresceu 4,9% no primeiro semestre de 2022, atingindo 2,546 milhões de toneladas ante aos 2,427 milhões de toneladas do ano passado.

Destino da carne de frango brasileira

Cerca de 68% da carne brasileira foi destinada em 2021 ao mercado interno e 32% para exportação, segundo dados da ABPA. Já para o Paraná, 63% da produção foi para o Brasil e 37% destinada ao mercado externo. Neste ano, as projeções previstas são de 66% da produção para consumo interno e 34% para vendas internacionais.

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Em agosto, a ABPA fez uma revisão do desempenho da avicultura no país. A entidade projeta uma produção de até 1% este ano na comparação com 2021, podendo alcançar até 14,5 milhões de toneladas em 2022. A alta deve seguir em 2023, quando se projeta um crescimento de até 4,5% na produção, que pode chegar a 15 milhões de toneladas.

A disponibilidade de produtos no mercado interno também deverá terminar em níveis positivos, com elevação de até 0,5% em 2022, alcançando 9,8 milhões de toneladas, sendo a disponibilidade interna esperada para 2023 de até 10 milhões de toneladas.

Exportação

Já as exportações do setor, conforme a ABPA, deverão alcançar neste ano até 4,9 milhões de toneladas, número 6% maior que o registrado no ano anterior. Em 2023, a expectativa é de exportações novamente 6% superiores, alcançando até 5,2 milhões de toneladas.

Os Estados sulistas concentram 79,12% das exportações de carne de frango, com o Paraná sendo o maior exportador, detendo 40,38%, enquanto Santa Catarina exporta 22,95% e o Rio Grande do Sul 15,79%.

Desafios e oportunidades para o Brasil

Meyer também destaca os desafios e oportunidades do setor para o Brasil. Entre as dificuldades cita a necessidade de

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superar barreiras internacionais (sanitárias, tributárias e políticas), ampliar a abertura de novos mercados, manter o status sanitário atual sem Influenza aviária, conseguir precificar melhor e mais rápido as vendas ao mercado externo, aumento dos custos logísticos, custos de produção (commodities caras) e eficiência produtiva (cadeia de produção). “Os desafios são muitos, mas os produtores sabem da necessidade que temos de investimentos contínuos e de melhores práticas diárias, porque sem isso nós não conseguimos fazer frente ao que o mundo faz e ao que o Brasil precisa fazer para continuar avançando e tendo a avicultura de excelência que tanto nos orgulha”, enfatizou em sua palestra.

Entre as oportunidades que ele vislumbra estão melhorias de preços no mercado externo por demandas mais aquecidas em razão do conflito no Leste europeu e problemas sanitários, principalmente com Influenza aviária, perspectiva de custos mais ajustados com a nova safra de milho no Brasil, possível melhoria do dólar frente ao real no período eleitoral, exploração melhor no exterior do status sanitário brasileiro, alojamentos mais ajustados por menor porcentagem de eclosão nas genéticas atuais, economias mais aquecidas com maior demanda no período pós-pandemia e continuidade de preços altos para a carne bovina.

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Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Especialista aponta desafios e estratégias na nutrição para aumentar imunocompetência em frangos de corte

Estratégias de manejo alimentar, como a formulação de dietas balanceadas e enriquecidas de nutrientes específicos, uso de aditivos alimentares para promover a saúde intestinal, implementação de programas de vacinação e o monitoramento da qualidade da água de bebida são essenciais para fortalecer a imunocompetência em frangos de corte desde a fase inicial.

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Em tempos em que a produção avícola enfrenta desafios complexos, compreender como a nutrição afeta diretamente a capacidade imunológica das aves desde os estágios iniciais pode representar um diferencial significativo para os produtores. As implicações dessas descobertas não apenas podem otimizar os resultados de produção, mas também contribuir para o bem-estar e a saúde das aves, garantindo um setor avícola mais resiliente e sustentável. A imunocompetência nas fases iniciais e sua relação com a nutrição foi tratada pelo médico-veterinário e professor de Vacinologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná, Breno Castello Branco Beirão, no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento realizado em meados de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Médico-veterinário e professor de Vacinologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná, Breno Castello Branco Beirão: “A qualidade da dieta da matriz afeta a transferência imune pelo ovo, ou seja, há efeitos indiretos da qualidade da dieta da matriz sobre a progênie” – Foto: Divulgação

Durante sua palestra, o profissional tratou sobre os desafios nutricionais, estratégias de manejo alimentar e os impactos na saúde e desempenho das aves, destacando a importância vital dessa abordagem para uma produção avícola resiliente e sustentável. “Uma nutrição adequada desempenha um papel fundamental na saúde e no desempenho das aves de corte, especialmente durante as fases iniciais de crescimento. Além disso, a prevenção de doenças através do fortalecimento do sistema imunológico é essencial para garantir a produtividade e a rentabilidade da produção avícola”, afirmou o docente.

A imunocompetência nos estágios iniciais da vida é um fator determinante que afeta diretamente a saúde e a produtividade das aves de corte. Beirão explica que as aves não nascem com o sistema imunológico totalmente desenvolvido, sendo que ele amadurece gradualmente nos primeiros dias de vida em contato com o ambiente. “Esse período inicial é crítico, pois as aves são mais suscetíveis a invasões por patógenos, exigindo atenção especial dos produtores para garantir sua saúde e bem-estar”, aponta.

Além disso, Beirão diz que é fundamental compreender que se o sistema imunológico for comprometido durante essa fase, seu amadurecimento pode ser prejudicado, resultando em um estado imunológico imaturo, que persistirá ao longo da vida da ave.

Em relação aos nutrientes essenciais para promover a imunocompetência em pintinhos de corte e sua influência na resistência a doenças, Beirão destaca que todos são fundamentais, no entanto, alguns se destacam por sua importância, uma vez que apresentam um impacto significativo na resposta imunológica. “A constituição proteica da dieta é considerada o principal fator, sendo indispensável para o desenvolvimento da imunidade. Sem uma quantidade adequada de proteínas na dieta, a imunidade fica comprometida. Além disso, outros nutrientes desempenham papéis essenciais, como os micronutrientes, incluindo o zinco, e as vitaminas, entre as quais a vitamina A, fundamental para a saúde das mucosas, uma barreira importante contra patógenos”, esclarece.

Importância da dieta materna

O papel da dieta materna na imunocompetência dos pintinhos de corte durante a fase de incubação e eclosão é de extrema importância. A qualidade e composição da dieta da matriz afetam diretamente o desenvolvimento do sistema imunológico dos pintinhos antes mesmo de eles eclodirem. “Vitaminas, minerais e antioxidantes presentes na dieta da matriz são transferidos para os embriões através dos ovos e desempenham um papel fundamental na formação e maturação do sistema imunológico dos pintinhos. Além disso, a qualidade da dieta da matriz afeta a transferência imune pelo ovo, ou seja, há efeitos indiretos da qualidade da dieta da matriz sobre a progênie”, ressalta.

Efeitos de dietas desequilibradas

Dietas desequilibradas ou deficientes em nutrientes essenciais podem ter impactos significativos na saúde das aves, especialmente em termos de imunidade e saúde intestinal. Embora seja verdade que na avicultura comercial os programas de alimentação sejam geralmente bem formulados para atender às necessidades nutricionais das aves, ainda existem situações em que desequilíbrios momentâneos podem ocorrer, especialmente durante períodos de estresse ou desafios imunológicos. “Um sistema imunológico enfraquecido devido à deficiência nutricional pode resultar em uma resposta imune inadequada às infecções, tornando as aves mais propensas a ficarem doentes e a experimentarem taxas mais altas de mortalidade”, expõe o médico-veterinário.

Além disso, dietas deficientes também podem afetar negativamente a saúde intestinal das aves. O intestino é um órgão crucial para a absorção de nutrientes, e qualquer perturbação em sua função pode levar a distúrbios digestivos e redução na absorção de nutrientes. Beirão diz ainda que é essencial garantir que as aves recebam uma dieta equilibrada e adequada em todos os estágios de seu ciclo de vida. “Isso não apenas vai promover a saúde e o bem-estar das aves, mas também vai contribuir para a produtividade e a rentabilidade da produção avícola”, pontua.

Estratégias de manejo alimentar

Estratégias de manejo alimentar, como a formulação de dietas balanceadas e enriquecidas de nutrientes específicos, uso de aditivos alimentares para promover a saúde intestinal, implementação de programas de vacinação e o monitoramento da qualidade da água de bebida são essenciais para fortalecer a imunocompetência em frangos de corte desde a fase inicial.

Os probióticos, por exemplo, são microrganismos benéficos que podem ajudar a restaurar e manter o equilíbrio da microbiota intestinal, contribuindo para uma melhor saúde digestiva e imunológica. Os prebióticos, por sua vez, são substâncias que estimulam o crescimento e a atividade desses probióticos no trato gastrointestinal, promovendo um ambiente intestinal saudável. Ácidos orgânicos e antioxidantes também podem desempenhar papéis importantes na redução da carga bacteriana patogênica e na proteção das células contra danos oxidativos, respectivamente, contribuindo para uma melhor saúde geral das aves.

Além disso, é essencial monitorar e garantir a qualidade da água de bebida fornecida às aves. “A água desempenha funções essenciais na fisiologia das aves e pode afetar diretamente a digestão e a absorção de nutrientes. Água contaminada ou de má qualidade pode comprometer a saúde das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e prejudicando a eficácia da nutrição fornecida através da dieta”, reforça Beirão.

Desafios nutricionais

Os desafios nutricionais enfrentados durante a fase inicial de crescimento das aves de corte são diversos e podem ter impactos significativos na imunocompetência e no desempenho geral das aves. “Um dos principais desafios é garantir que as aves recebam uma dieta balanceada e de alta qualidade desde o início. Isso envolve fornecer os nutrientes essenciais necessários para um crescimento saudável, bem como evitar deficiências ou excessos que possam comprometer a saúde das aves”, salienta o especialista.

Além disso, garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais é fundamental para promover a imunocompetência das aves. “Deficiências de nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e aminoácidos, podem enfraquecer o sistema imunológico das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e infecções”, menciona o profissional.

Segundo Beirão, outro desafio nutricional importante é lidar com fatores ambientais que podem afetar a ingestão de alimentos e a absorção de nutrientes pelas aves. “Mudanças na temperatura ambiente, estresse térmico, qualidade do ar e outros fatores ambientais podem influenciar o comportamento alimentar das aves e sua capacidade de absorver nutrientes adequadamente”, afirma o médico-veterinário.

Esses desafios nutricionais não apenas representam obstáculos para o crescimento e o desenvolvimento saudável das aves, mas também têm um impacto direto na imunocompetência das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e comprometendo seu desempenho geral. “É essencial adotar estratégias de manejo alimentar eficazes para enfrentar esses desafios e garantir a saúde e o bem-estar das aves desde as fases iniciais de crescimento. Isso inclui a formulação cuidadosa de dietas balanceadas, o uso estratégico de suplementos nutricionais, o monitoramento regular da saúde das aves e a implementação de medidas para mitigar os efeitos adversos de fatores ambientais sobre a ingestão de alimentos e a absorção de nutrientes”, evidencia.

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Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Resultados uniformes e consistentes para uma maior eficiência econômica em granjas avícolas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

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A grande pressão nos preços tem forçado todas as organizações a melhorarem sua eficiência econômica de uma maneira profunda. O mundo da produção animal não está imune a essa limitação, muito pelo contrário. Tanto para a produção de carne de frango, ovos ou carne suína, os custos com a alimentação representam mais de 50% dos custos de produção no campo. Este é o motivo pelo qual é essencial focar na eficiência alimentar.

Porém, na cadeia alimentar, o campo não é a única parte envolvida. Empresas de produção e abatedouros têm suas próprias dificuldades. Ainda que, atualmente, o foco principal seja em custos com energia e mão de obra, estas empresas também têm que gerenciar as oscilações na produção. Na verdade, o número e o peso dos animais no frigorífico nunca alcançam o que foi planejado na logística. Por outro lado, a mortalidade e as variações de manejo na performance de crescimento são fontes de divergências que penalizam os frigoríficos e toda a cadeia de produção.

Hoje, é possível melhorar a situação através de ações em ambas:

A resiliência da economia das propriedades através da eficiência alimentar.
A eficiência econômica através da uniformidade na produção.
A eficiência alimentar para a sustentabilidade econômica das granjas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

Algumas soluções técnicas com o objetivo de baixar o custo de alimentação rapidamente se mostram limitadas. A performance, ou pelo menos a taxa de consumo de ração, devem ser mantidas para continuar tirando o máximo de proveito dos altos preços da venda dos produtos. Portanto, cada vez que um novo ingrediente é adicionado ou as margens de segurança para exigências nutricionais são reduzidas, uma medida para proteger os resultados deve ser implementada. Aditivos nutricionais à base de óleos essenciais e formulados para performance têm seu papel nessa estratégia, e com baixo investimento.

Uma outra abordagem é a melhoria na produtividade da carne e ovos. Nessa situação, o alvo é reduzir a taxa de conversão alimentar para baixar os custos com a alimentação e/ou produzir mais pelo mesmo preço. Novamente, aditivos formulados com óleos essenciais são relevantes pelo seu investimento acessível e retorno elevado (Figura 1). Este exemplo de resultado consistente foi demonstrado por uma pesquisa através de uma meta-análise baseada em 25 experimentos conduzidos em granjas comerciais de sete países diferentes.

Figura 1 – Aumento na taxa de crescimento e eficiência alimentar de frangos de corte consumindo um blend de extrato de plantas. Blend de extrato de plantas = Dieta Controle + 100 ppm de extrato de plantas.

 

Por fim, o sucesso da operação atualmente reside na uniformidade dos resultados obtidos apesar da diferença entre as granjas. A combinação certa de ativos na dosagem correta se torna uma solução que proporciona resultados uniformes e consistentes em uma variedade de ambientes. Quanto mais completa e sinérgica é a composição, mais efetivo é o produto (Figura 2). Isto foi muito bem descrito em uma meta-análise baseada em artigos publicados sobre a resposta do carvacrol na performance de frangos de corte.

Figura 2 – Associação sinérgica de carvacrol e especiarias potencializam os benefícios e o uso em frangos de corte.

Uniformidade para simplificar o planejamento da produção e melhorar a eficiência econômica

Na dinâmica de organização da produção, a chave para alcançar eficiência econômica reside em um planejamento estruturado: é essencial alinhar o envio de animais para abate que correspondam em número e qualidade às demandas diárias dos frigoríficos. No entanto, a criação de frangos representa um desafio considerável para a exatidão de um planejamento matemático.

O produto capaz de fazer animais de diferentes propriedades atingirem o mesmo peso no mesmo dia ainda não está disponível. Entretanto, aves alimentadas com um blend de extratos sinérgico apresentam um ganho de peso maior e mais uniforme. As divergências de performance observadas entre um lote e outro são de fato menores, assim como as diferenças de planejamento. Simplesmente, reduzindo os atrasos em diferentes propriedades fica fácil ganhar um dia efetivo de produção que, dependendo da situação, pode ser aproveitado para um vazio sanitário mais seguro ou um aumento na produção geral: ganhar um dia de produção por ciclo equivale a um acréscimo de 2% na produção anual.

Esta é a razão pela qual uma linha de agentes naturais à base de extratos de plantas e especiarias é utilizada para aprimorar a eficiência alimentar e reforçar a uniformidade na produção, contribuindo assim para melhorias contínuas na produtividade geral:

  • Lotes mais lucrativos para os produtores: redução de conversão alimentar.
  • Lotes mais homogêneos no frigorífico: diminuição de penalizações aos produtores, melhor performance ao abate.
  • Resultados mais consistentes entre um lote e outro: otimizando o planejamento de produção.

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Fonte: Por Jean-François Gabarrou, gerente Científico Animal Care da Phodé
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Avicultura

Nutrição responde por 60% das emissões de CO₂eq da avicultura

É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais.

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A busca por uma produção animal mais sustentável é uma prioridade global, impulsionada pela necessidade incessante de aumentar a eficiência produtiva ao mesmo tempo em que se reduz o impacto ambiental. Nesse cenário desafiador, o Brasil, reconhecido mundialmente pela sua potência agropecuária, enfrenta uma competição acirrada por inovações e soluções que possam elevar seus padrões de produção animal.

Para discutir esses desafios e as oportunidades que se avizinham, o presidente da Associação Latino-Americana de Nutrição Animal (Feedlatina), Roberto Ignacio Betancourt, autoridade reconhecida internacionalmente no campo da nutrição animal e da agricultura sustentável, participou do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), trazendo à tona questões como a pressão para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, a necessidade de minimizar o desperdício de recursos naturais e o fomento à promoção de práticas agrícolas mais éticas e socialmente responsáveis. “É muito importante estarmos cientes que para crescermos temos que olhar o mercado global de proteína animal, pois o nosso consumo local já é elevado e a população brasileira cresce pouco. É preciso entender que o mercado global está mudando e agora não adianta apenas ter preço e qualidade. Estamos entrando numa nova era, na qual a sustentabilidade e as emissões de carbono podem fechar ou abrir mercados, ou mesmo até impor penalidades”, expõe Betancourt, que também atua como diretor do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e representa o Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais.

Presidente da Feedlatina, diretor da Fiesp e representante do Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais, Roberto Ignacio Betancourt: “Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica” – Divulgação/Feedlatina

Conforme o especialista, a recuperação de pastagens aliada às tecnologias e ganhos de eficiência trazidas pela nutrição animal deverão dar importantes contribuições para uma transformação na produção pecuária no Brasil nos próximos anos, com ganhos em termos de precocidade, lotação e qualidade da carne produzida no país. “O setor já experimenta uma mudança acelerada, impulsionado pelos avanços na geração de energia limpa, melhoramento genético, nutrição de precisão, conhecimento e manipulação da microbiota gastrointestinal, mas é preciso que a tecnologia chegue a todos, inclusive nos pequenos produtores, para que tenhamos um cenário que possa ser considerado de mudança estrutural nos indicadores de produção e produtividade. Os benefícios ambientais serão imensos e teremos o desafio de quantificá-los, incorporando o carbono sequestrado pelas boas práticas de produção na análise de ciclo de vida da carne”, anseia.

De acordo com o palestrante, entre os principais desafios que o Brasil enfrenta na busca por uma produção animal mais sustentável, em comparação com outros países, está a urgência de desvincular o desmatamento ilegal na Amazônia da produção animal. “Somos muito fiscalizados por termos a maior e mais preservada floresta tropical do planeta, o que nos torna alvos de muitas organizações ambientalistas, principalmente das ONGs que atuam na Amazônia, o que acaba influenciando a opinião pública global”, menciona.

À medida que o mundo avalia a sustentabilidade em métricas ligadas à análise do ciclo de vida, Betancourt observa que os números brasileiros são excelentes. No entanto, quando acrescidos das emissões resultantes da mudança no uso da terra ou desmatamento, o país acaba se tornando menos sustentável pela métrica de emissões de CO2 equivalente (CO₂eq). “Combater o desmatamento ilegal é de total interesse do setor produtivo, bem como dissociá-lo da produção formal de carne”, ressalta.

Pressão ambiental x bem-estar animal

Em relação a como a pressão ambiental e as preocupações com o bem-estar animal estão influenciando as práticas de produção da avicultura de corte no Brasil, o presidente da Feedlatina ressalta que o país faz um excelente trabalho na área de bem-estar animal, com o apoio de diversas entidades, institutos de pesquisa, empresas, cooperativas, produtores, governo e academia. “Esse esforço coletivo se reflete em um excelente desempenho na produtividade e sanidade dos animais, o que tem conquistado a confiança da opinião pública e dos consumidores, além de diminuir atritos”, salienta. Contudo, o profissional ressalta que é um trabalho contínuo, que demanda constante atenção e aprimoramento. “É preciso ter clareza de que essa é uma ação permanente, que envolve diálogo com o governo, parlamentares, mas também a necessidade de esclarecimentos junto à opinião pública em geral e aos consumidores em especial. Isso tudo à luz dos melhores indicadores que a academia e os institutos vêm produzindo nesta área. O desafio é grande, mas estamos provavelmente mais preparados para essa agenda do que os nossos concorrentes internacionais”, salienta.

Atualmente, a mesma pressão nacional e global que influencia o bem-estar animal está alcançando as questões ambientais. Enquanto o bem-estar animal está mais restrito a ações dentro das granjas, transporte e frigoríficos, a questão ambiental abrange toda a cadeia de produção, desde o produtor de grãos e matérias-primas para a produção de ração, passando pelo transporte, armazenagem, fontes de energia, impactos climáticos, condições das granjas, tratamento de dejetos, transporte, embalagens, entre outros aspectos. Ou seja, do campo à mesa, toda a cadeia produtiva está envolvida. “Talvez seja por isso que o desafio ambiental é ainda mais complexo, exigindo uma abordagem integrada e holística para lidar com as questões de sustentabilidade em toda a cadeia de produção”, argumenta, enfatizando: “A busca por práticas mais sustentáveis na avicultura de corte no Brasil demanda um esforço conjunto de todos os elos da cadeia, desde os produtores rurais até os consumidores finais, visando promover um sistema de produção mais equilibrado e responsável com o meio ambiente”.

60% das emissões

Betancourt evidencia que o setor mais crítico na avicultura de corte para as emissões de CO₂eq é a nutrição animal, que contribui com aproximadamente 60% das emissões. “Por isso dependemos da sustentabilidade de nossa agricultura para mitigar esses impactos. O frango recebe as emissões das rações no conceito de ciclo de vida.  É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais”, pontua.

Legislação

Apesar do Brasil possuir uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, com instrumentos como o CAR, Código Florestal e regulamento de resíduos, além de uma matriz energética extremamente limpa, Betancourt aponta que o impacto na avicultura brasileira ainda não é totalmente positivo devido à dificuldade em transformar essas regulamentações em métricas ambientais favoráveis ao setor. “Isso se deve, principalmente, à ineficiência e a baixa participação do Brasil nas esferas globais responsáveis por estabelecer as regras desse jogo. O mundo não vai valorizar as nossas reservas florestais espontaneamente, vamos ter que brigar para colocar todo o nosso trabalho ambiental nos números globalmente aceitos”, afirma o diretor da Fiesp.

Obstáculos

O especialista reforça que a sustentabilidade caminha lado a lado com a eficiência e se traduz em ganhos de produtividade e rentabilidade, gerando benefícios para a sociedade em geral. No entanto, o principal

desafio reside na falta de conhecimento e, portanto, de valorização deste trabalho por parte do consumidor. “A regulação internacional é feita de forma a atender aos interesses locais dos grandes reguladores. O caso mais clássico é o da União Europeia, que se propõe ao papel de ‘reguladores do mundo’, mas com o discurso de elevar o patamar da sustentabilidade, impõem regras que, em grande parte dos casos, somente as tecnologias de dentro do bloco podem atender, traduzindo-se em barreiras ao comércio internacional”, frisa.

Enfático, Betancourt afirma que o principal desafio socioeconômico enfrentado pela indústria avícola do Brasil, em relação à sustentabilidade, é financeiro. “Enquanto países mais ricos, como os Estados Unidos e a Europa, podem contar com financiamento público para promover a transição ambiental, com subsídios e linhas de crédito acessíveis, o Brasil não tem situação fiscal favorável para fomentar, via financiamento público, todas as ações necessárias de transição ambiental para reduzir as emissões, uma vez que também há competição por recursos com áreas estratégicas, como saúde e educação”, analisa o especialista, acrescentando.
“O nosso desafio é estruturar mecanismos mais sofisticados de financiamento, mas, em grande parte, devem ser utilizados recursos próprios de empresas e produtores, o que pode limitar a amplitude das ações. É por isso que em conferências climáticas, países em desenvolvimento demandam a efetivação dos compromissos dos países mais ricos para fomentar a transição. O financiamento prometido pelas nações mais ricas para auxiliar nessa transição. Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica”, garante.

Gestão de resíduos

Quanto às práticas de gestão de resíduos na produção avícola brasileira, Betancourt destaca que o setor vem evoluindo de forma significativa, com o apoio da Embrapa e outras instituições. De acordo com ele, há um histórico de sucesso na utilização de subprodutos, biodigestores, produção de biogás, biofertilizantes e na redução de resíduos. “As empresas integradoras e cooperativas agropecuárias têm desempenhado um papel fundamental na replicação dessas soluções em larga escala. Há muitos exemplos de utilização de cama de frango como substrato para a produção de biogás”, exalta, emendando: “Esses modelos de sucesso demonstram que é possível implementar práticas de gestão de resíduos mais sustentáveis na produção avícola brasileira, contribuindo não apenas para a redução do impacto ambiental, mas também para a eficiência operacional e econômica do setor”.

Sistemas de produção “mais sustentáveis”

Betancourt afirma que o principal obstáculo para a adoção de sistemas de produção mais sustentáveis, como a produção orgânica ou de aves criadas ao ar livre, na avicultura de corte brasileira é o mercado. “À medida que os custos de produção aumentam, é necessário encontrar quem esteja disposto a pagar mais para que a produção seja viável”, sintetiza.

O especialista reforça que é importante não confundir essas alternativas de criação com sustentabilidade, já que muitas vezes podem resultar em um aumento das emissões de CO2 por kg de carne produzida. “O Brasil tem a capacidade de atender a todos os anseios dos consumidores”, afirma.

Outro fator a ser considerado, observado na Europa, foi o aumento do risco de transmissão de doenças, como a Influenza aviária, para aves criadas ao ar livre. “A sanidade do plantel é um aspecto de extrema importância para a sustentabilidade do setor como um todo. Enfrentar esse desafio exige uma abordagem equilibrada, considerando não apenas os aspectos ambientais, mas também os econômicos e de saúde pública”, elenca.

União do setor

Nesta nova era de sustentabilidade, o especialista ressalta a importância da união de todos os elos da cadeia. “Ninguém será capaz de resolver todos os desafios sozinho. Para continuar crescendo no exterior, a avicultura brasileira precisa estar alinhada com a agricultura, nutrição e saúde animal, governo, logística, fontes de energia, indústria de equipamentos, educação das pessoas, centros de pesquisa, organizações trabalhistas e entidades locais e internacionais”, ressalta. “O setor que tem entidades fortes, competentes e atuantes como a ABPA, Sindirações, Sindan, leva muita vantagem. A recente presidência do Ricardo Santin no Conselho Internacional de Aves é motivo de orgulho para todos nós e mostra que estamos no caminho certo”, complementa.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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