Avicultura CORONAVÍRUS
Produtores de aves e suínos são orientados a seguir medidas protetivas na pandemia
FAESC divulga material técnico elaborado pela Embrapa que traz informações sobre prevenção da doença, hábitos de higiene e medidas de biossegurança nas granjas

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), está orientando avicultores e suinocultores catarinenses a seguirem material técnico elaborado pela Embrapa Suínos e Aves sobre a rotina de trabalho e os cuidados que devem ser tomados nas granjas durante a pandemia do Coronavírus (Covid-19). O documento foi produzido por médicos veterinários da instituição após solicitação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para esclarecer dúvidas dos produtores sobre prevenção da doença, mudanças de hábitos de higiene pessoal e medidas de biossegurança dos estabelecimentos.
O material específico para os produtores é um complemento das medidas já adotadas pelas empresas e frigoríficos de abate de animais e busca manter avicultores e suinocultores seguros. São dois documentos separados por atividade que explicam como o vírus é transmitido, se há a possibilidade de contaminar os animais e quais as medidas que os produtores devem seguir para prevenirem-se da doença.
De acordo com o presidente da Faesc e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, o material específico elaborado pela Embrapa é fundamental para garantir a segurança dos produtores diante da mudança da rotina no trabalho.
“Da mesma forma que os frigoríficos orientaram seus trabalhadores a adotarem medidas de higiene, prevenção e segurança no trabalho, esse material técnico da Embrapa ensina os produtores a se prevenirem durante a pandemia. A saúde e o bem-estar é fundamental para os produtores continuarem produzindo e mantendo o selo do Estado de maior produtor nacional de suínos e maior exportador de carne de frango”, destaca Pedrozo.
O QUE OS PRODUTORES DEVEM FAZER?
• As aves e os suínos não são fontes de infecção pelo vírus da COVID-19, e sim as pessoas que estejam infectadas, apresentando ou não os sintomas da doença. Sendo assim, restrinja o acesso desnecessário à granja ou ao ambiente de produção. Cuide para que as pessoas que precisam estar na granja sigam rigorosamente as orientações recebidas. Chame o médico veterinário ou extensionista somente se realmente necessário.
• Esteja atento às medidas de biosseguridade da granja. Elas também contribuem para sua segurança na medida em que evitam a entrada de contaminação trazida por pessoas, veículos, equipamentos ou materiais. Reforce o uso do arco de desinfecção e dos pedilúvios. Pratique a desinfecção rotineira quando entrar na granja. Garanta a disponibilidade de torneiras e sabão para lavagem frequente das mãos. Aumente a frequência de limpeza com desinfetante de todas as superfícies frequentemente tocadas, como maçanetas, torneiras, interruptores, etc.
• Durante o trabalho, mantenha distanciamento mínimo de um metro entre pessoas, mesmo que não apresentem sintomas da doença. Uma ótima maneira de medir o distanciamento seguro é abrir os braços e não conseguir alcançar o outro. Lembre-se que o vírus da COVID-19 está presente em gotículas liberadas pelo nariz e boca da pessoa infectada ou em superfícies contaminadas. A distância segura reduz a chance de contato com essas secreções entre trabalhadores.
• Intensifique a rotina de higiene pessoal. Lave as mãos com água e sabão com mais frequência e atenção, passando várias vezes entre os dedos, palma das mãos, punhos e, se estiver com mangas curtas, nos cotovelos. Quando possível, tome banho antes de entrar na área limpa da granja. Mantenha na granja roupa e calçado de uso exclusivo para o trabalho. Ao fim das atividades, deixe a roupa e calçado de trabalho no local e lave novamente as mãos ou tome banho. Mantenha o distanciamento entre trabalhadores, saindo um por vez, sem aglomeração. Ao retornar a sua residência, retire seu calçado e deixe-o do lado de fora. Lave as mãos com água e sabão, e se possível tome banho imediatamente.
• Atenção aos seus hábitos: evite tocar olhos, nariz e boca, que é a principal forma de se infectar com o vírus. O uso de máscara facial é recomendado aos indivíduos que apresentem sintomas da doença, retendo as gotículas exaladas e assim reduzindo a propagação do vírus. Pratique a higiene respiratória: estando ou não doente, esqueça os lenços de tecido e use somente lenços de papel para cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, descartando-os no lixo imediatamente. Na falta de lenço de papel, não cubra com a mão e sim com o seu braço.
• Atenção ao estado geral de saúde. Avicultores, suinocultores e colaboradores do grupo de risco (pessoas acima de 60 anos, pessoas portadoras de outras doenças e gestantes) devem permanecer em casa. Se não houver pessoas em número suficiente para executar as tarefas da granja, a pessoa do grupo de risco deve realizar as atividades onde não ocorra contato com colaboradores externos. Pessoas com sinais de gripe ou mal-estar devem permanecer em casa, sem ir à granja. Se apresentar sintomas como febre, tosse e dificuldade respiratória, permaneça em casa e siga as instruções da Unidade de Saúde em seu município.
• Vacina da gripe (influenza). A vacinação contra o vírus influenza não evita a infecção pelo COVID-19, mas evita que a pessoa tenha outros tipos de doenças respiratórias. Busque orientação de como se vacinar em segurança.

Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock
Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

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Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




