Avicultura
Produtores conhecem mais sobre os 25 da Lar Cooperativa na avicultura
No dia 09 de setembro de 2024, a Lar comemora 25 anos de atuação no setor avícola. Neste período, muitos foram os desafios superados e tantas outras conquistas celebradas, refletindo a resiliência e a capacidade de adaptação da cooperativa. Com uma visão voltada para o futuro, a Lar continua a buscar inovação e excelência em todas as suas atividades, garantindo seu papel de destaque no agronegócio brasileiro e mundial.
“A avicultura tem uma importância enorme para o nosso país, sobretudo para o estado do Paraná, e é ainda mais importante para a nossa região, por ser geradora de empregos e renda”, exalta o presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues na abertura da sua palestra sobre as duas décadas e meia da avicultura da Lar durante o Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, realizado de forma híbrida em meados de junho.
No dia 09 de setembro de 2024, a Lar comemora 25 anos de atuação no setor avícola. Neste período, muitos foram os desafios superados e tantas outras conquistas celebradas, refletindo a resiliência e a capacidade de adaptação da cooperativa. Com uma visão voltada para o futuro, a Lar continua a buscar inovação e excelência em todas as suas atividades, garantindo seu papel de destaque no agronegócio brasileiro e mundial.
Ao longo dessas últimas duas décadas, Rodrigues salienta que a cooperativa alcançou importantes marcos dentro da atividade, que a posicionaram entre as maiores empresas agropecuárias da América Latina, entre eles a construção da Unidade Produtora de Pintainhos, eliminando a dependência do mercado para aquisição de pintos de um dia; a separação e ampliação da Unidade Produtora de Recria; a construção e modernização dos incubatórios, com adoção de tecnologias de ponta; o desenvolvimento de parcerias de intercooperação com a Copagril e, mais recentemente, com a Primato; a implantação do segundo turno de produção na Unidade Industrial de Aves (UIA); a introdução de uma segunda linha de abate na UIA; o início das operações aos sábados e domingos, aumentando a capacidade produtiva; a aquisição de três novas unidades industriais de aves; a otimização das plantas de abate, permitindo o processamento de até 1,1 milhão de aves por dia; e o desenvolvimento e expansão da linha de produtos industrializados, incluindo a instalação de uma fábrica de linguiças. “Esses marcos foram fundamentais para o crescimento e a consolidação da indústria avícola da Lar Cooperativa, com foco na inovação e na melhoria contínua dos processos produtivos”, pontua Rodrigues.
A Lar Cooperativa, que completou 60 anos de existência em 19 de março de 2024, é a cooperativa singular que mais emprega no país, com um total de 23.535 mil funcionários, dos quais 19.238 mil atuam na avicultura. Além disso, a cooperativa conta com 13.787 mil associados, reafirmando sua posição como a 2ª maior cooperativa do Paraná e a 3ª maior empresa de abate de aves no Brasil.
A diversificação de atividades é um dos pilares da Lar Cooperativa, que atua na produção de grãos, aves, suínos, leite e ovos. A cooperativa também possui operações no Paraguai há 28 anos e na produção de sementes em Santa Catarina e no Mato Grosso, onde está presente há 22 anos. Com 60 unidades de recebimento de grãos, a Lar registrou um total de 6,7 milhões de toneladas de grãos recebidas em 2023. Além disso, a cooperativa conta com 36 unidades de atendimento ao produtor, garantindo suporte e infraestrutura para seus associados. “O que nós queremos é ter uma cooperativa que funcione bem, que atenda bem o seu associado e que seja um local de trabalho adequado para o nosso quadro de funcionários. Também temos interesse pela comunidade e queremos, junto com as outras cooperativas, construir uma região cada vez melhor e mais próspera”, salienta Rodrigues.
No ano passado, a Lar Cooperativa alcançou uma receita líquida de R$ 21,79 bilhões. Para 2024, a previsão é de R$ 21,50 bilhões, devido à queda na produção de grãos causada por condições climáticas adversas.
Expansão da atividade
Com 2.815 aviários localizados nas regiões Oeste e Norte do Paraná, a Lar conta com 1.337 produtores integrados, abrangendo 81 municípios. A unidade de recria de aves da cooperativa possui capacidade instalada de 2,5 milhões de matrizes por ano, distribuídas em 17 núcleos integrados.
Entre 2020 e 2023, a Lar investiu R$ 114 milhões na instalação de nove núcleos, adicionando capacidade para 1,5 milhão de matrizes por ano. Além disso, a integração de ovos férteis inclui 17 núcleos com capacidade de 1,1 milhão de aves/ano e mais 13 núcleos próprios da cooperativa.
Em Guaíra, os associados da Lar investiram em oito núcleos com capacidade de produção de 92,75 milhões de ovos por ano. Outros núcleos estão localizados em Itaipulândia (três núcleos, 72 milhões de ovos/ano), Matelândia (dois núcleos, 36 milhões de ovos/ano) e São Miguel do Iguaçu (quatro núcleos, 72 milhões de ovos/ano), permitindo à cooperativa que 95% da produção de ovos férteis seja própria. “Nestes núcleos nossos associados investiram cerca de R$ 300 milhões”, frisou Rodrigues.
Para ampliar a capacidade de incubação, a Lar investiu R$ 65 milhões em Santa Helena, aumentando a capacidade para 16 milhões de ovos por mês. Em Itaipulândia, foram investidos R$ 80 milhões, elevando a capacidade para 20,1 milhões de ovos por mês. “Com esses investimentos, a capacidade total de incubação da Lar é de 36,1 milhões de ovos férteis por mês, ou um milhão de ovos por dia, suficientes para a produção de pintainhos necessários para o abate de 1,1 milhão de aves por dia”, evidencia.
Na industrialização e produção de ração, nos últimos três anos, a Lar investiu R$ 416,3 milhões para aumentar a capacidade para 115 mil toneladas por mês. Com sete indústrias, a capacidade total de produção de ração é de 260 mil toneladas/mês. “Para essa produção, são necessários 28,8 milhões de sacas de milho e 555 mil toneladas de farelo de soja por ano, resultando na entrega de 165 mil cargas de ração por ano, totalizando 2,5 milhões de toneladas de ração anualmente”, detalha o presidente da Lar.
Investimento em expansão e modernização
Entre 2020 e 2023, a Lar Cooperativa realizou investimentos significativos para ampliar sua capacidade de abate de aves. Foram aplicados R$ 290 milhões na Unidade Industrial de Aves em Matelândia, elevando o abate diário de 332 mil para 500 mil aves, operando sete dias por semana. Em Cascavel, um investimento de R$ 104,7 milhões aumentou a capacidade de abate diário de 150 mil para 225 mil aves, também operando todos os dias da semana.
Na Unidade Industrial de Aves em Rolândia, foram investidos R$ 298,5 milhões para elevar o abate diário de 163 mil para 195 mil aves, funcionando seis dias por semana. Já em Marechal Cândido Rondon, um aporte de R$ 387 milhões aumentou o abate diário de 161 mil para 195 mil aves, também com operação de seis dias por semana. “Foram investidos um total de R$ 1,08 bilhão entre 2020 e 2023 para expandir a capacidade de abate diário das quatro plantas indústrias de 691 mil para 1,1 milhão de aves/dia”, detalha.
Além dos investimentos em abate, a Lar também ampliou e renovou sua frota de caminhões. De 2021 até maio de 2024, foram investidos R$ 120 milhões na aquisição de 277 veículos. Segundo o presidente da Lar Cooperativa, de 2016 a 2023 a cooperativa investiu um total de R$ 2,48 bilhões em recria de aves, incubatórios, indústrias de rações, aquisições de unidades industriais avícolas, ampliações de abate e renovação de frota.
A cadeia produtiva da Lar envolve um capital de giro de R$ 1,3 bilhão por mês para aquisição de grãos. O custo operacional diário das quatro unidades industriais é de R$ 4 milhões, refletindo a magnitude e a eficiência da operação da cooperativa.
Dimensão atual
Atualmente, são processadas 1,1 milhão de aves por dia, totalizando 29,5 milhões de aves por mês. Isso gera 74 mil toneladas de produto acabado e mais 3,5 mil toneladas de industrializados por mês. Desse volume, 63% fica no mercado interno e 37% é exportado. Em termos de faturamento, 55% vêm do mercado interno e 45% do mercado externo.
Os principais destinos da produção da Lar no Brasil são Rio de Janeiro (19,54%), São Paulo (14,19%), Paraná (15,44%), Santa Catarina (14,74%) e Rio Grande do Sul (11,65%), totalizando 75,55% do volume de vendas. Os outros 24,45% são destinados aos demais estados brasileiros. No mercado externo, os principais destinos são China, União Europeia, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Coreia do Sul, México, África do Sul, Japão, Reino Unido e Singapura. Com habilitação para exportar para 151 países, já embarca seus produtos para mais de 90 países.
Investimentos até 2026
Até 2026, Rodrigues adianta que estão previstos novos investimentos. Para os integrados no Oeste do Paraná, serão quatro núcleos para recria de aves com capacidade para 130 mil matrizes/galos, com um investimento de R$ 75 milhões, e 4 núcleos para ovos férteis com a mesma capacidade, com um investimento de R$ 100 milhões, totalizando R$ 275 milhões.
No Oeste do Paraná, a Lar também planeja a ampliação da capacidade de congelamento na Unidade Industrial de Aves em Marechal Cândido Rondon, a conclusão da subestação de energia da Unidade Industrial de Aves em Cascavel, tratamento de efluentes e reuso da água nestas mesmas unidades; além de uma unidade premix para atender fábricas de rações e automação de processos nas indústrias.
No Norte do Paraná, haverá a instalação de um incubatório com capacidade de oito milhões de ovos, totalizando um investimento de R$ 390 milhões. Além disso, Rodrigues antecipa que há a oportunidade de operar as Unidades Industriais de Aves em Rolândia e Marechal Cândido Rondon também aos domingos.
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Avicultura
Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024
Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.
Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.
A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.
Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.
Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.
Avicultura
Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos
Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.
Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.
De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.
Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.
Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.
E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.
Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.
Avicultura
Brasileiros são homenageados no Congresso Latino-Americano de Avicultura 2024
Presidente do Conselho Consultivo da ABPA, Francisco Turra, foi incluído no Hall da Fama da Avicultura Latino-Americana junto com José Carlos Garrote, presidente do Conselho da São Salvador Alimentos, e Mário Sérgio Assayag Júnior, veterinário especialista em prevenção da Influenza aviária.
O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e uma das figuras mais importantes da história da avicultura brasileira, entrou na última sexta-feira (15) para o Hall da Fama da Avicultura Latino-Americana.
A nomeação aconteceu durante o Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM), realizado entre 12 e 15 de novembro, em Punta del Este, no Uruguai. Outros dois nomes foram destacados na cerimônia por indicação da ABPA: José Carlos Garrote, que recebeu homenagem especial como empresário líder no Brasil, e Mário Sérgio Assayag Júnior como técnico destacado.
Garrote é presidente do Conselho da São Salvador Alimentos (SSA), uma das maiores indústrias de alimentação do Brasil, e membro do Conselho de Administração da ABPA. Assayag Júnior é veterinário e membro do grupo técnico de prevenção e monitoramento da Influenza aviária. “A homenagem aos três neste congresso de relevância internacional, mostra a importância e a contribuição da avicultura brasileira para o desenvolvimento mundial do setor”, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).