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Produtores comemoram maior produtividade da história no milho 2ª safra

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O excesso de chuvas no mês de julho assustou. Felizmente, foi só um susto e as perspectivas de perdas na lavoura não se confirmaram. A colheita do milho 2ª safra transcorreu acima do esperado e agora os produtores comemoram os resultados que vão além da expectativa. Este é o caso do produtor Eno Pedde, de Marechal Cândido Rondon. “A produtividade foi ótima. A melhor de toda a história”, enaltece. “Colhemos um milho de excelente qualidade, apesar da chuva, e isso surpreendeu. Foi algo extraordinário e não tenho como me queixar”, frisa. 

Outro ponto importante é que Pedde conseguiu negociar antecipadamente a venda de um percentual da produção, o que lhe garantiu um preço por saca de milho acima da atual cotação de R$ 20. “Outra vantagem foi a antecipação da compra de insumos, pois agora, com a alta do dólar o preço, (dos insumos) explodiu. Então eu comprei bem e vendi bem”, declara. 

E o exemplo do agricultor rondonense não é um caso isolado. Segundo o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), João Luis Raimundo Nogueira, os números nos municípios de abrangência da regional de Toledo ainda não foram fechados, mas tudo se encaminha para registrar a maior produtividade do milho 2ª safra da história. “As chuvas não ocasionaram perdas, pois, inclusive, estamos com a expectativa de que a nossa projeção seja superada em termos de produtividade. Vamos ter uma superação das estimativas de produção”, frisa. “Trabalhávamos com uma expectativa de 2,330 milhões de toneladas e, com certeza, vamos superar”, enaltece.

Conforme Nogueira, as chuvas de julho afetaram de forma muito pontual algumas lavouras em determinados municípios, mas que no contexto da região não traz prejuízos. “Pelo contrário, trabalhamos com um aumento da produção em relação à estimativa inicial”, declara, acrescentando: “É a maior safra de milho safrinha. Ela supera muito a safra do ano passado, quando a produção fechou em 2,234 milhões de toneladas. Este ano tudo leva a crer que poderemos superar 2,5 milhões de toneladas”, informa o técnico, segundo a qual, a área cultivada com milho foi de 409.758 hectares.

Cotação
Se de um lado o produtor festeja a boa produção, de outro se vê preocupado com a cotação da saca, que está em aproximadamente R$ 20. “É uma condição de mercado, não só referente ao mercado doméstico. O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos foi horrível para os preços em geral, e não apenas para o milho. O documento apontou um aumento dos estoques mundiais, bem como uma condição muito boa para a colheita da safra americana, com produção superior à inicial. Isso significa para o mercado uma maior oferta e uma pressão maior negativa sobre os preços”, explica o técnico do Deral, que acompanha de forma sistemática a conjuntura do agronegócio na região Oeste do Paraná desde setembro de 1983. “A conjuntura mundial tem contribuído para que os preços não reajam”, completa. 

Por outro lado, Nogueira comenta que por uma série de motivos a cotação do dólar aumentou e o câmbio tem se mostrado favorável. “O câmbio tem sido um alento em meio a essa série de informações negativas para os preços, como o aumento da produção mundial com oferta maior, estoques mais robustos e uma demanda que não é a mesma do ano passado. Temos problemas como na China, que está crescendo a taxas menores e refaz as compras. A intensidade dos embarques tem sido menor e tudo afeta o mercado. Portanto, o único fator positivo tem sido o câmbio, que contribui para as exportações”, detalha. 

Fonte: O Presente Rural

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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