Notícias Encadeamento Produtivo
Produtores atendidos registram avanços na genética de suínos em Santa Catarina
Qualidade da carne produzida em território catarinense é destaque no mundo e passa pelas mãos dos milhares de produtores do Estado.

O Estado de Santa Catarina é considerado o maior produtor de suínos do Brasil e embarca 55% desta produção para o mercado internacional. A qualidade da carne produzida em território catarinense é destaque no mundo e passa pelas mãos dos milhares de produtores do Estado. Boa parte deles, integram o sistema cooperativo da Aurora Coop e suas 11 cooperativas filiadas, que juntas processam 25 mil suínos por dia.
O sistema de produção de suínos da Aurora Coop conta com 265 mil matrizes produtivas distribuídas nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
“Em 2022 a produção somará mais de 7,1 milhões de suínos e, desse total, 65% são destinados para o mercado interno e 35% para exportação”, aponta o médico veterinário e coordenador de melhoramento genético da área de suínos da Aurora Coop, Evandro Nottar.

Coordenador do Programa Encadeamento Produtivo pela Aurora Alimentos, Joel José Pinto, falou sobre os benefícios do programa aos produtores rurais – Fotos: Divulgação
O Sistema Aurora Coop figura no contexto nacional com 14% da produção e é responsável por 25% do volume total exportado pelo Brasil. A cooperativa atende os mercados mais exigentes do mundo, como Japão e Estados Unidos e teve, recentemente, duas plantas aprovadas para exportar ao Canadá, além do tradicional e volumoso mercado da China, Hong Kong e outras dezenas de países.
O status sanitário é o grande diferencial da produção de suínos e um dos pilares para garantir esse exemplo em sanidade animal é o Programa Encadeamento Produtivo, realizado com produtores rurais vinculados à Aurora Coop e suas cooperativas filiadas. Nesta semana, os resultados obtidos por meio do Encadeamento Produtivo, que é realizado pela Aurora Coop, o Sebrae/SC e parceiros, foram apresentados na reunião de encerramento das atividades de 2022, com a participação de todos os envolvidos no programa.
Resultados em 2022
As propriedades do Sistema Aurora Coop possuem as adequadas genéticas que o mundo dispõe, nutrição de excelência, os melhores protocolos de proteção das doenças, instalações avançadas, climatizadas com controle de ambiente, temperatura e gases, alimentação automatizada, água de qualidade garantida e analisadas em laboratório.
O Encadeamento Produtivo é o maior programa de estímulo ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas ligadas ao agronegócio e tem importante contribuição nestas conquistas.
Em 2022, na produção de suínos, o programa trabalhou diversos pontos, entre eles a melhoria da conversão alimentar e a redução da mortalidade dos suínos. Participaram 739 empresas e 335 suinocultores. Os dados foram apresentados pelo coordenador do Encadeamento Produtivo na Aurora Coop, Joel José Pinto.
GA2030
Um dos grandes diferenciais do Sistema Aurora Coop é a produção de uma fêmea de suínos própria, a GA2030 desenvolvida em parceria com a Topigs Norsvin. Os objetivos de seleção GA2030 incluem 38 diferentes características distribuídas de maneira balanceada. Eles refletem a visão da Aurora Coop para TN70 como uma fêmea de alta prolificidade e capaz de desmamar todos seus leitões. Ela se diferencia por sua habilidade maternal e pela eficiência alimentar de sua progênie.
Evandro Nottar, explica que em 2020 a Aurora Coop foi desafiada pela Topigs Norsvin a implementar uma tecnologia nova com foco no aproveitamento do melhoramento genético dos suínos produzidos nas granjas. “A partir disso iniciamos a implantação da seleção através do genoma. Escolhemos realmente os melhores animais de acordo com as características de interesse para a Aurora Coop e suas cooperativas filiadas e também para o produtor que, com certeza, é o principal beneficiado com o resultado convertido em animais mais produtivos e com melhor qualidade”, comentou.
Segundo Nottari, este trabalho traz resultados a médio e longo prazo, devido a cadeia de produção da suinocultura ser mais longa em comparação a de outros animais. “Começamos a implementar na Granja Núcleo da Aurora Coop e estamos chegando agora em algumas granjas multiplicadoras e nos produtores de leitões. Na sequência, os produtores de creche e terminação também serão beneficiados com esses resultados”, acrescentou.
Programa Propriedade Rural Sustentável
O assessor de suinocultura e coordenador do Programa Propriedade Rural Sustentável Aurora, Sandro Luiz Tremea, destacou que os produtores rurais atendidos pelo Encadeamento Produtivo podem ser certificados como “Propriedade Rural Sustentável”.
“O programa é um guarda-chuva de todos os projetos implementados pela Aurora Coop, como o De Olho e o QT, por exemplo, os quais também fazem parte das atividades desenvolvidas no Encadeamento Produtivo, somados a todos os outros programas que a Aurora desenvolve”, pontuou.
De acordo com Tremea, a certificação reconhece os produtores que colocam em prática os conceitos de cada um dos programas realizados. “São feitas auditorias uma vez ao ano nas propriedades rurais que foram habilitadas e o produtor que atingir uma pontuação de no mínimo 85% da nota prevista é certificado e pode ser bonificado com um valor a mais”.
Durante o ano de 2022 foram auditadas 359 propriedades entre produtores de suínos, aves e leite. “Em 2021 a Aurora entregou R$ 952 mil em bonificações aos produtores certificados e este ano a previsão é chegar a R$ 1,5 milhão em bonificações”, explicou o assessor de suinocultura.
Os indicadores avaliados incluem itens nos eixos econômico, ambiental e social. No eixo econômico são avaliadas a planilha de receitas e despesas, o balanço patrimonial e a rentabilidade da atividade. Na questão ambiental envolve a economia e reaproveitamento de água, preservação do meio ambiente, destino adequado dos dejetos e dos animais mortos. No social são analisadas ações comunitárias, ou seja, se o produtor participa ativamente do sistema cooperativo. “As propriedades atendidas por meio do Encadeamento Produtivo também podem ser certificadas, desde que cumpram todos os requisitos”, complementou Tremea.
Parceiros
O “Encadeamento Produtivo Aurora Coop: Suínos, Aves e Leite” é desenvolvido em Santa Catarina com as parcerias do Sebrae, do Senar, do Sescoop, do Sicoob, da Cooperalfa, da Itaipu, da Auriverde, da Coolacer, da Copérdia, da Caslo, da Cooper A1 e da Coopervil. No Rio Grande do Sul, conta com a parceria do Sebrae, do Sicredi, da Cooperalfa, da Cooper A1 e da Copérdia. No Paraná participam o Sebrae, a Cooperalfa, a Copérdia e a Cocari e, no Mato Grosso do Sul, Sebrae, Cooasgo e Cooperalfa.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



