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Produtores atendidos pelo IDR-Paraná se destacaram no Prêmio Queijos do Paraná

Dos 10 produtores que conquistaram a medalha Super Ouro, oito contaram com a assistência do IDR-Paraná. Os profissionais do Instituto atuam em todas as etapas, desde a nutrição dos animais até boas práticas de produção do queijo.

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O resultado da primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná, com premiados de Leste a Oeste, demonstrou a diversidade e a qualidade dos queijos paranaenses. Além disso, ficou evidente o papel da assessoria técnica para que os produtores conquistassem as melhores colocações no concurso. Muitos dos queijeiros premiados tiveram o acompanhamento dos extensionistas do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater) durante as etapas de fabricação dos produtos.

Fotos: Gilson Abreu/AEN

Dos 10 produtores que conquistaram a medalha Super Ouro, oito contaram com a assistência do IDR-Paraná. O destaque desta atuação também pode ser observado na categoria Ouro, que premiou trinta queijos e, destes, 17 tiveram o acompanhamento de um profissional do Instituto. No total, dos 98 produtores premiados, 54 são assistidos regularmente pelo IDR-Paraná.

Durante os nove meses de preparação para o prêmio, o IDR-Paraná promoveu uma série de cursos e capacitações para preparar os produtores e agroindústrias interessados em participar do concurso, o principal da área em âmbito estadual. Desde agosto de 2022 os técnicos do Instituto vêm reunindo queijeiros de todo o Estado, em diversos eventos, abordando desde a produção de queijos frescos até técnicas de maturação. Mais de 290 agroindústrias e produtores foram beneficiados, totalizando 148 horas de conteúdo.

Solange Liller, de Cantagalo, no Centro-Sul do Paraná, foi um dos destaques na premiação. Ela conquistou dois prêmios Super Ouro e três Ouros. Proprietária da queijaria Tia Nena, a produtora ficou surpresa com o resultado. “Foi maravilhoso. Confesso que não esperava ser premiada. Nós fazemos queijo há tempos, mas só há três anos a queijaria foi legalizada com a orientação de um técnico do IDR-Paraná. Ele procurou a gente e incentivou a participar do concurso. A premiação mostrou o resultado do nosso trabalho”, disse.

Solange ganhou a premiação Super Ouro com dois queijos: o colonial temperado e o colonial ao vinho. Já na categoria Ouro, ela conseguiu destaque com três queijos coloniais: além dos dois principai, também o defumado. “O pessoal do IDR-Paraná deu assistência para nós em todas as etapas. No geral, melhoramos a forma de fazer o queijo, caprichamos mais durante o processo de fabricação, entendemos melhor os processos. Até mesmo a forma de preparar o produto para a venda foi melhorada. Nós aprendemos muito nesses cursos”, afirmou Solange.

O reconhecimento do prêmio não significa que a produtora vai se acomodar. Solange disse que vai seguir no seu aperfeiçoamento. “Vamos aproveitar esse momento que ganhamos destaque para fazer mais cursos

para que nossos queijos tenham ainda mais qualidade”, acrescentou a queijeira. Neste mês, por exemplo, ela participa de outra capacitação sobre fabricação de queijo promovida pelo IDR-Paraná.

Solange ainda vai enfrentar um novo desafio que já tem data e local marcados. Além da premiação dos queijos, a produtora ganhou uma viagem para a cidade francesa de Tours, em setembro. Ela vai participar do Prêmio Mundial de Queijos e adiantou que escolheu o queijo colonial ao vinho, um dos mais solicitados pelo mercado, para submeter ao julgamento internacional.

O papel da assistência técnica é visível também em outras categorias do Prêmio Queijos do Paraná. Dos trinta premiados da categoria Prata, 18 foram queijos de produtores assistidos pelo IDR-Paraná. Ao analisar os resultados da categoria Bronze, o papel dos extensionistas também ganha força. Foram 28 premiados, dos quais 11 tiveram um extensionista do Instituto dando as dicas para que se chegasse ao melhor resultado.

Formação continuada

Marcelo Beletini, Engenheiro de Alimentos do IDR-Paraná, afirma que a atuação dos extensionistas foi decisiva para que os produtores obtivessem bons resultados na premiação. Segundo ele, os profissionais do Instituto atuaram tanto na capacitação, quanto na organização dos empreendedores em diversas regiões do Estado.

“Fizemos um trabalho a partir do zero no Sudoeste, por exemplo, que é uma das maiores bacias leiteiras do Paraná. Atuamos ao longo de toda a cadeia produtiva do leite e derivados que culminou com a formação da Aprosud, que é a Associação dos Produtores de Queijo do Sudoeste. Depois eu vim para Guarapuava e o trabalho foi repetido na Mesorregião que envolve Guarapuava, Laranjeiras do Sul e Pitanga”, contou.

Em outubro e novembro do ano passado, os produtores fizeram um curso de capacitação promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Aprosud e IDR-Paraná. Além de tratar de todas as etapas da tecnologia da produção de queijos, foi constituída a Associação de Produtores de Queijos e Derivados de Leite do Centro do Paraná (Aproleq).

Nesses cursos a formação dos produtores é bastante abrangente. Eles têm início com orientações sobre sanidade e nutrição animal, fatores que vão influenciar diretamente a produtividade e a qualidade do leite com o qual serão feitos os queijos. Além disso, Beletini destaca que os queijeiros são orientados sobre a tecnologia de produção de queijo, boas práticas de fabricação, projetos de agroindústrias e organização rural.

Muitas vezes os extensionistas fazem até o desenho da planta da agroindústria para que o produtor faça tudo conforme a legislação vigente. “É uma capacitação constante. Trabalhamos com visitas técnicas e os produtores aplicam nas suas propriedades o que eles aprendem no curso”, ressaltou. No próximo dia 22, os associados da Aproleq vão fazer uma capacitação em maturação de queijos, fabricação de ricota e doce de leite a partir do soro.

Atualmente a associação conta com 19 associados que têm a prioridade do atendimento dos extensionistas. Porém, além deles, o IDR também dá assistência a outros produtores que ainda não formalizaram as suas agroindústrias.

Selo no queijo

O Prêmio Queijos do Paraná foi idealizado por um comitê gestor formado pelo IDR-Paraná, Sistema FAEP/SENAR-PR, Sebrae-PR e Sindileite-PR, com apoio de 28 entidades. Agora, depois da premiação, os vencedores poderão ostentar os selos das medalhas nas embalagens de seus produtos.

Fonte: AEN-PR

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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