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Produtores apostam em piso grelhado para terminação de suínos

Investimento em novos galpões, com piso misto, garante redução na mão de obra, menos consumo de água e mais higiene nas baias

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No Oeste do Paraná, suinocultores estão aderindo a novos modelos de galpões, eliminando o antigo piso sólido e as lâminas d’água porque o modelo gera muita mão de obra na hora da limpeza diária. Além disso, a higiene da baia fica prejudicada com esse sistema. Os novos galpões para terminação surgem com um misto entre piso sólido e piso grelhado, cada um com uma função definida. No sólido, os animais descansam e comem. No gradeado, excretam.

O produtor rural Darci Pasqualotto, de Palotina, PR, espera reduzir a mão de obra e garantir um ambiente mais limpo para os suínos. Nesse galpão que tenho hoje, de piso sólido, gasto em média duas horas por dia fazendo a limpeza. É uma vez de manhã e outra à tarde. Com o novo galpão vamos reduzir essa mão de obra com certeza e também reduzir o consumo de água. Lá (galpão antigo) a gente usa muita água”, diz. Ele está construindo o segundo galpão para alojar mil animais já com o novo modelo de piso.

A filha Margarete e o genro Ilvo Bonafim, que vão tomar conta do novo empreendimento, explicam que o modelo reduz mão de obra porque os dejetos caem em uma canaleta, deixando os suínos menos expostos a esse material. “Aqui tudo acontece por gravidade. Os dejetos passam pela grelha, caem na canaleta e são levados para tratamento. Os animais vão ficar mais limpos. E a mão de obra com limpeza vai diminuir porque esse material não vai estar nas baias”, destaca Bonafim. A grelha também é feita de concreto.

A produção do sítio hoje é de 550 animais. Com o novo galpão, conta Bonafim, serão mais mil animais por lote. “Acho que esse novo modelo vai dar certo. Além do piso, o novo galpão tem nebulizador, cortinas e forração”, conta. De acordo com Margarete, para fazer a granja do jeito que eles queriam foram investidos R$ 360 mil, com amortização a médio prazo. “De acordo com o projeto, esse investimento deve se pagar em seis anos”, pontua.

O novo modelo de galpão com piso misto foi uma sugestão da cooperativa C. Vale, a que Pasqualotto é integrado. O médico-veterinário da cooperativa, Thiago Luiz Grassel, explica que o novo sistema vem sendo adotado por muitos produtores e que ele observa em seu conceito bem-estar animal. “Muitos produtores de terminação estão adotando o modelo de piso misto, com sólido e gradeado. Cada um tem uma função. O sólido serve para o animal descansar. Já no grelhado, vai excretar. A mão de obra do sêo Pasqualotto para limpeza deve diminuir 80%. Nesse modelo, 30% do espaço é sólido, porque os padrões de bem-estar sugerem esse espaço para o animal, enquanto 70% do espaço é grelhado”, comenta.

A troca de calor com o ambiente também ganhou eficiência com o novo modelo de galpão, explica Grassel. “No sistema antigo, os suínos usavam a lâmina d’água para se refrescar. Esse sistema mais moderno, com nebulizador, permite que o suíno troque calor com o ambiente. Esse galpão oferece uma ótima sensação térmica”, expõe.

Tem que Estimular

Mas de nada adianta o produtor rural instalar o novo modelo de piso se não estimular o suíno a excretar nas grelhas. Para que ele não lance dejetos no piso, sólido, orienta o médico veterinário, “é preciso ensinar o animal nos primeiros dias a procurar a grelha para defecar ou urinar”. Sem esse comprometimento, possivelmente a eficiência do sistema será prejudicada, diz Grassel. “Nesse modelo os suínos têm que ficar limpinhos. Trabalhando certo, funciona muito bem”, pontua o profissional.

Contente

Quem está contente com o novo galpão já construído e em operação é o produtor rural Adelar Raimundi, também de Palotina. “No dia a dia esse tipo de galpão com piso grelhado é muito melhor. Dá menos trabalho e a granja fica mais limpa”, dispara o produtor que em novembro retira seu primeiro lote no novo sistema. “No outra granja (piso sólido) tenho que estar lá todo dia, de manhã e de noite. Nessa é bem mais tranquilo”, aponta. A produção de Raimundi aumentou de 500 para mil suínos em terminação.

De acordo com ele, o projeto para a nova granja segue, com a construção de um escritório, almoxarifado, sala de medicamentos e banheiro ao lado do galpão. A estrutura deve estar pronta em breve. O novo empreendimento também vai ser totalmente cercado, segundo o produtor.

Bem humorado, ele diz que adotou o novo sistema porque não quer fazer feio com os vizinhos produtores. “Se os outros têm os porquinhos limpinhos, eu também quero ter”, brinca.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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