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Avicultura

Produtor orgulhoso: “São dois anos e nenhuma positividade para Salmonella”

A placa no portão da granja estampa com letras garrafais a expressão “proibida entrada”. É um aviso claro de que ali só entra mesmo quem é necessário para o processo produtivo

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“Tenho esses três aviários há cerca de dois anos e nunca ocorreu um caso de Salmonella. Sei de produtor que tem casos seguidos, mas aqui não. São dois anos e nenhuma positividade para Salmonella. Graças a Deus estamos conseguindo evitar”, orgulha-se o avicultor Vilmar Krenchinski, de Marechal Cândido Rondon, PR. “O negócio é investir em biosseguridade”, aposta. Krenchinski é um dos cerca de 130 avicultores integrados à Copagril, cooperativa que acaba de registrar todas as suas granjas na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Isso significa que os aproximadamente 230 aviários seguem um mesmo – e rigoroso – padrão de práticas de biosseguridade. Na prática, é um selo que atesta a eficiência da biosseguridade nas propriedades.

A placa no portão da granja estampa com letras garrafais a expressão “proibida entrada”. É um aviso claro de que ali só entra mesmo quem é necessário para o processo produtivo. Mesmo assim, para chegar próximo aos aviários há um rigoroso controle. Quem você é, de onde você veio, qual o objetivo da sua visita e seu telefone de contato são perguntas obrigatórias a responder. Tudo fica anotado no caderno que controla os visitantes. As botas plásticas são obrigatórias, assim como a passagem por dois pedilúvios – recipientes contento elementos químicos capazes de neutralizar certos patógenos.

“Aqui só entra mesmo o casal que cuida dos aviários, o técnico e os caminhões de ração e para a retirada do rango. A propriedade é toda cercada. Tem que fechar para evitar pessoas que não precisam entrar, mas também animais, como cachorros, gatos, essas coisas”, cita o avicultor. Os veículos passam por um nebulizador contendo detergente também para neutralizar patógenos. Mesmo se ninguém estiver na portaria, o motorista aciona o equipamento em uma campainha, ainda do lado de fora da propriedade. O líquido é aspergido de cima, dos lados e por baixo dos veículos. “O motorista precisa estar atento”, recomenda o produtor.

“Hoje não tem espaço para quem faz as coisas de qualquer jeito. Tem que ter controle, ser profissional”, assegura o produtor. O gerente de Fomento de Aves da Copagril, Fábio Junges, explica: “Uma boa biosseguridade começa com controle de pessoas, troca de calçados, controle de veículos, programa de controle de roedores, que é muito importante, boa vedação dos aviários, boa vedação da composteira – para onde são destinadas as aves mortas -, entre outros pontos”, cita Junges. O avicultor amplia: “Também é muito importante manter a cama seca, cuidar com as goteiras e vazamentos. Tem que estar sempre atento a isso”, pontua.

Vazio sanitário

Junges explica que a sanidade de um lote começa ainda no lote anterior. “Depois que os frangos são retirados, os equipamentos são lavados e é feita a desinfecção. Essa manutenção dos equipamentos tem que ser rigorosa. O vazio sanitário ideal é entre 12 e 14 dias. Esse é um bom intervalo. Nesse período, é necessário bater a cama para fermentar”, orienta o gerente. Junges explica que um vazio sanitário inferior pode comprometer o lote seguinte. “O vazio serve para baixar a pressão de infecção para que o próximo lote chegue em um ambiente menos desafiador”, explica Junges.

Quem disse que seria fácil

Krenchinski explica que manter as boas práticas de biosseguridade não é tarefa fácil, mas é fundamental. “A gente vinha trabalhando meio folgado, sem atenção necessária. Mas isso mudou. É difícil, mas sem se sacrificar você não vai ter benefícios”, comenta. “Além de todas essas coisas que a gente tem para manter a biosseguridade, muito do resultado vem do manejo no dia a dia. O profissional que trabalha na granja tem que ficar ligado”, orienta o avicultor paranaense.

A propriedade tem três aviários, que recebem 22,5 mil aves cada. Em uma área vizinha, o produtor tem mais dois aviários, desde 2010, além, de criação de suínos, o que, em sua opinião, exige ainda mais atenção. “Tenho outros dois aviários em outra propriedade, mas lá também tem suínos, por isso é ainda mais importante ter biosseguridade”, menciona.

Trabalho integrado

Junges explica que toda a cadeia precisa fazer os procedimentos adequados para manter a biosseguridade nas granjas. “É um trabalho integrado, do produtor, do técnico, do gerente da granja, do motorista, enfim, de todos que fazem parte da cadeia”.

Ele explica que, após cinco anos de tratativas, a cooperativa conquistou o registro na Adapar, que melhora o monitoramento dos aviários. “A Adapar veio para se somar aos nossos esforços. O registro indica que seguimos um mesmo padrão de biosseguridade. Com ele a Adapar monitora tudo, como consumo de ração e medicamentos, e ações de biosseguridade”, cita o gerente de Fomento.

Para o avicultor, sem biosseguridade o investimento corre altos riscos. “A gente investe para ter retorno. A empresa também. Então tem que fazer do jeito correto. Ainda segundo Krenchinski, uma boa biosseguridade é também propaganda para a proteína. “Tem que ter uma boa imagem. Hoje o consumidor sabe o que acontece no campo. A biosseguridade ajuda a ter uma imagem mais positiva”, sustenta. “Quem faz de qualquer jeito não produz mais nada”, garante o avicultor.

Mais informações você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Com foco em eficiência e agilidade, recolha de ovos férteis ganha automação na Copacol

Esteiras transportam automaticamente os ovos férteis das granjas até o setor de classificação: o processo ocorre sem o contato humano, proporcionando maior sanidade e também agilidade na função.

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Fotos: Divulgação/Copacol

A automação na recolha avança nos núcleos de produção de ovos férteis da Copacol e o sucesso da primeira estrutura em pleno funcionamento é comemorado por cooperados que realizaram esse investimento, em Nova Aurora, no Oeste do Paraná. “A vantagem do sistema envolve principalmente a qualidade da produtividade: observamos redução de trincas de ovos, agilidade no processo, e maior biosseguridade na recolha”, afirma Francismar Sanches Perandré, gerente de produção de pintainhos da Copacol.

O custo do investimento varia conforme a extensão das esteiras implantadas entre os galpões e a sala de classificação, além da topografia dos terrenos onde as estruturas estão instaladas. Em Nova Aurora, os galpões da Granja São Roque, integrados à Copacol, iniciaram as operações dos equipamentos: 45 mil ovos passam diariamente pelas esteiras. Antes, a recolha era feita manualmente pelos colaboradores, que transportavam os ovos férteis em carrinhos até o setor de classificação.

Tendência

Considerada uma tendência inovadora para o setor já em análise na Cooperativa, a automação na recolha dos ovos férteis foi implantada em seis meses pelos cooperados Paulo Ferreira do Nascimento, José Aparecido de Paula e Souza, Lucas Pecinha de Paula e Souza e Ronaldo Schlogel, proprietários da Granja São Roque, em funcionamento há oito anos.

O sistema teve um custo de R$ 1 milhão e trouxe eficiência na operação e maior comodidade aos colaboradores. “É um projeto inédito na Cooperativa, onde a qualidade se destaca. O sistema supre a falta de mão de obra que enfrentamos, além disso, os colaboradores ficam em uma sala climatizada em condição adequada de trabalho”, afirma um dos sócios, Paulo Ferreira.

Sistema avança

A Copacol possui 26 cooperados na atividade de produção de ovos férteis, que juntos mantém 48 núcleos de produção. Por dia são 683,3 mil ovos selecionados nas granjas, que têm como destino os incubatórios da Cooperativa, onde ocorre análise de incubação: após esse processo que pode levar até cinco dias, o ovo fica por 21 dias até nascimento do pintainho que em seguida terá como destino um dos 1.241 aviários mantidos por 768 avicultores integrados da Copacol.

Por mês, a produção de ovos férteis chega a 20,5 milhões pela Cooperativa. “O sistema de automação está em processo de instalação em outros núcleos. É um investimento que garante benefícios em todo o processo, uma tendência que garante eficiência na recolha, visto que é um serviço contínuo, feito de maneira cuidadosa para eficiência no ciclo de formação do pintainho”, afirma Sanches.

Fonte: Assessoria Copacol
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Avicultura

Manejo de cama de frangos de corte em evidência no 24º SBSA

Doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou vai palestrar no evento dia 11 de abril.

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Doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou, integra o time de especialistas que vão estar em Chapecó (SC) no mês de abril para um dos principais eventos técnicos do setor avícola latino-americano - Foto: Arquivo pessoal

Componente fundamental para o sucesso da avicultura de corte, a cama aviária influencia tanto no desempenho zootécnico das aves quanto nas características de carcaça. O manejo correto para a obtenção de animais saudáveis, com menos custo de produção, maior bem-estar animal e qualidade da carne, será apresentado no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), pela doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou. A profissional vai ministrar a palestra “Manejo de cama de frangos de corte”, no dia 11 de abril (quinta-feira), às 08 horas, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Connie Mou é gerente técnica de serviços na Danisco Animal Nutrition and Health (IFF). Possui mestrado em Nutrição Avícola pela Virginia Tech e doutorado em Manejo Ambiental Avícola pela Universidade da Geórgia.

Possui experiência na avaliação de ambientes de aviários, na busca por maneiras inovadoras de gerenciar a cama e no uso/análise de dados de sensores para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar das aves. Seus principais interesses incluem trabalhar no terreno com os produtores de aves, ouvindo os seus problemas e descobrindo como resolver os seus desafios através de um raciocínio científico sólido.

Um dos principais eventos técnicos do setor avícola latino-americano, o 24º SBSA será realizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) entre os dias 09 e 11 de abril. O Simpósio é referência na disseminação do conhecimento, na inovação tecnológica e no intercâmbio de experiências. A programação reunirá profissionais qualificados de renome nacional e internacional.

Inscrições

Para acompanhar as colocações da especialista e demais palestrantes é necessária inscrição no 24º SBSA. As inscrições para o Simpósio e a 15ª Poultry Fair estão no último lote. O investimento é de R$ 850,00 para profissionais e de R$ 480,00 para estudantes.

Os ingressos para acessar somente a feira, sem participar da programação científica, podem ser adquiridos por R$ 200,00. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSA serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria Nucleovet
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Avicultura

Simpósio Frangos de Corte discute atual cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas

Salmonella e antimicrobianos serão debatidos por Ricardo Hummes Rauber, nos dias 26 e 27 de março

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Ricardo Hummes Rauber é médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal - Foto: Divulgação/Assessoria FACTA

Nos dias 26 e 27 de março, a cidade de Maringá (PR) será palco do Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo, organizado pela FACTA. O evento reunirá especialistas dos setores público e privado com o intuito de encontrar soluções eficazes para os desafios enfrentados pela avicultura nacional.

Ricardo Hummes Rauber, médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal, será um dos palestrantes do Simpósio e conduzirá uma discussão aprofundada sobre a Salmonella, no primeiro dia do evento. Rauber abordará o cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas, destacando a importância da prevenção e do controle dessa bactéria por meio de práticas consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte.

“Levando em conta o cenário regulatório no Brasil e as demandas dos principais mercados importadores de produtos avícolas brasileiros, que estabelecem critérios baseados em análises qualitativas dos lotes, fica evidente para as empresas que a prevenção é a estratégia mais eficaz para o controle da salmonela. Isso significa que todos os esforços devem ser direcionados para impedir a contaminação dos lotes por qualquer sorotipo desse agente. Procedimentos consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte, controle rigoroso da qualidade de pintos de 1 dia e de rações são alguns  pontos de atenção importantes para a efetividade dos programas de controle de salmonela no Brasil”, adianta o especialista.

No segundo dia, o foco estará na palestra sobre a retirada de antimicrobianos das dietas, tema em destaque diante das crescentes preocupações com a resistência bacteriana. “Em resposta a essa questão, diversas restrições têm sido aplicadas à produção animal, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Isso inclui, por exemplo, a proibição de certas moléculas usadas como promotoras de crescimento”, explica Rauber.

Ainda, segundo o médico veterinário, esse cenário de debates e limitações, juntamente com as restrições já em vigor e outras em análise, obriga o setor de produção animal a revisar seus processos. O objetivo é atender às exigências atuais e se preparar para futuras demandas. A implementação e/ou aprimoramento de protocolos rigorosos de biosseguridade, o estabelecimento de critérios para o uso de antibióticos baseados em evidências científicas e a aplicação desses critérios com rigor técnico são exemplos de medidas que precisam ser adotadas para responder a essas necessidades.

Com a participação de especialistas e profissionais, o Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo será um importante espaço de troca de conhecimento e busca por soluções que impulsionem o desenvolvimento sustentável da avicultura brasileira.

Fonte: Assessoria FACTA
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