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Produtor deve ter calma para colher milho após chuva

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No mês de junho, choveu na região de Marechal Cândido Rondon uma média de 334 mm de chuva. Já é mais que a média do mês inteiro em 2012, quando foram 317 mm. Só na área da sede do município até agora choveu 328 mm, enquanto em 2012 foram 317,36 no mês de junho. A maior diferença não está nos milímetros de água, mas principalmente no fato que, em 2013, as chuvas estão mais concentradas em períodos de tempo, o que pode prejudicar lavouras de milho em estágio final, prontas para colheita. Conforme o engenheiro agrônomo da Cooperativa Copagril, Irineu Lorenzet, dependendo do híbrido ou da época em que a área foi semeada, o milho pode ter prejuízos com o excesso de chuva neste período. O risco maior é para as plantações em ponto de colheita, em que os grãos podem apodrecer ou até brotar na espiga.
Lorenzet explica que o milho plantado mais cedo já está maduro, no ponto de colheita, bem como há riscos haver penetração de água em espigas que ainda não fecharam bem a ponta, provocando também o apodrecimento e o brotamento. “É este que está sentindo um pouco mais. O reflexo é negativo, mas o produtor precisa ter calma, porque ainda não há nada extremo e a quebra, se houver, é muito pequena”, ressalta, lembrando que há híbridos mais resistentes, cuja espiga fica mais empalhada e a umidade penetra menos, portanto são menos afetados.
Apesar da situação, o conselho agronômico é para o produtor ter calma, até porque a previsão é de pelo menos dez dias de sol, a partir do dia 1º de julho. Ele expõe também que, para hoje (27) e amanhã (28) também é esperada uma “trégua” das precipitações. “Não adianta sair o sol e correr colher porque o excesso de umidade vai prejudicar a qualidade dos grãos”, expõe.
É preciso calma
Conforme Irineu Lorenzet, se o produtor precipitar em colher logo ao primeiro dia ensolarado, poderá gerar problemas em cadeia. Ele expõe que a umidade alta vai refletir em queda de qualidade e, portanto, menor remuneração ao produtor. Além disso, vai congestionar os armazéns para recebimento, provocando filas de caminhões. “Também vai precisar esperar na fila se a umidade estiver muito alta. Mas, se aguardar pelo menos mais dois ou três dias de sol, vai colher com grão mais seco, com menos umidade e melhor qualidade do grão, reduzindo os transtornos”, explica, e acrescenta: “Normalmente o produtor quando tem um dia de sol já quer colher, mas acaba perdendo por precipitação”, declara.
Vazio sanitário
A chuva também significa que o produtor que plantou soja safrinha deve redobrar atenção à possível rebrota. Como estamos em período de vazio sanitário, se isto acontecer, o agricultor pode ser sancionado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). “O agricultor deve fazer o monitoramento diário para coibir a germinação de soja. Se isto acontecer, é preciso fazer uma aplicação de defensivo”, orienta.

Fonte: O Presente Rural

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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Chuva eleva pressão de parasitas e exige reforço sanitário na pecuária

Alta umidade favorece verminoses e doenças como clostridioses e tristeza parasitária, aumentando riscos produtivos e a necessidade de vacinação e controle estratégico.

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Fotos: Shutterstock

O período das chuvas, que normalmente se estende do fim da primavera ao início do outono, representa uma fase de alta umidade e temperaturas elevadas nas principais regiões pecuárias do Brasil. Essas condições, embora benéficas para o crescimento das pastagens, favorecem a multiplicação de parasitas gastrointestinais e vetores de doenças, tornando indispensável a intensificação dos cuidados com vacinação e vermifugação do gado.

De acordo com Rodrigo Costa, que atua na área nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, essa combinação de fatores pode gerar prejuízos significativos. “A umidade favorece a sobrevivência de ovos e larvas de vermes no pasto, além de criar condições ideais para a disseminação de agentes infecciosos, como bactérias e vírus. Estes fatores elevam o risco de contaminações e comprometem o desempenho produtivo dos animais. Se não houver um bom controle sanitário, o produtor pode enfrentar queda na produção de leite e carne e aumento dos custos com tratamentos corretivos”, alerta.

Entre as doenças com maior incidência nessa época do ano estão as clostridioses, como o carbúnculo sintomático (manqueira) e as enterotoxemias, que tendem a se agravar com a ingestão de pastagens muito ricas, favoráveis ao desenvolvimento das bactérias clostridiais e à produção de toxinas.

Também merecem atenção a leptospirose, que se espalha em áreas úmidas através da urina de roedores e afeta a reprodução do rebanho, e as hemoparasitoses, como a anaplasmose (tristeza parasitária bovina) e a babesiose, transmitidas por carrapatos. Além delas, há o risco de verminoses gastrointestinais (principalmente Haemonchus contortus e Trichostrongylus spp.), que causam anemia, diarreia e perda de peso, e o aumento de moscas como a mosca-dos-chifres.

Segundo Costa, o calendário de vacinação é uma das principais ferramentas para preservar a saúde do rebanho e evitar prejuízos econômicos. “Manter o protocolo vacinal em dia é essencial para prevenir surtos de doenças que podem comprometer a rentabilidade da fazenda. Em regiões onde a vacinação é obrigatória, como no caso da febre aftosa, o não cumprimento pode gerar penalidades legais e restrições comerciais”, menciona.

O profissional reforça ainda que o controle parasitário deve ser feito conforme o perfil do rebanho e o histórico da propriedade. Bezerros e animais jovens, por exemplo, são mais vulneráveis e devem ser vermifugados a cada 60 a 90 dias. Já os adultos podem ter intervalos maiores, desde que o nível de infestação esteja sob controle. “O ideal é realizar exames de fezes (OPG – ovos por grama) para identificar o grau de contaminação e definir o vermífugo mais indicado. Também é importante alternar os princípios ativos, evitando o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos medicamentos”, orienta.

Entre os sinais de alerta para possíveis infestações estão diarreia crônica, emagrecimento, mucosas pálidas e pelos arrepiados. Em casos de falhas na imunização, podem surgir doenças em animais já vacinados, situação que pode indicar uso de vacinas malconservadas, vencidas ou aplicadas de forma incorreta. “Ao identificar qualquer anormalidade, o produtor deve buscar o suporte de um veterinário ou técnico para confirmar o diagnóstico por exame clínico e laboratorial, além de revisar os protocolos de vacinação e vermifugação”, ressalta Costa.

A escolha e aplicação corretas dos produtos também são determinantes para a eficácia dos tratamentos. É fundamental optar por vacinas e vermífugos registrados no Ministério da Agricultura, observar o armazenamento adequado (geralmente entre 2 e 8°C) e garantir que a aplicação seja feita com equipamentos limpos e calibrados. “Esses cuidados simples fazem toda a diferença. Aplicações malfeitas ou produtos malconservados podem comprometer a imunidade do rebanho e gerar desperdícios”, salienta.

Costa ainda destaca o papel da assistência técnica no planejamento sanitário das propriedades. “O apoio de profissionais capacitados ajuda o produtor a montar um cronograma eficiente de vacinação e controle parasitário, de acordo com a realidade de cada fazenda. Além disso, o acompanhamento especializado permite avaliar continuamente os resultados, ajustar as estratégias e auxiliar na seleção de produtos de melhor custo-efetividade para garantir a saúde e a produtividade do rebanho”, evidencia.

Fonte: Assessoria Axia Agro
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