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Produtor deve aproveitar preço e câmbio favoráveis

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Os EUA previam pelo menos 91 milhões de toneladas de soja na safra que começa a ser colhida em setembro. Agora, essa previsão é de 85 a 86 milhões de ton. A produção de milho no país era esperada em pelo menos 354 milhões de toneladas, mas essa projeção já caiu para em torno de 349 milhões de ton. Essas previsões é que têm alimentado em agricultores brasileiros a expectativa de receberem mais pelo que ainda resta da soja e milho do ciclo 2012/2013 para comercializar, bem como segurarem as negociações futuras do próximo ciclo (2013/2014). Porém, esta pode não ser a decisão mais acertada. O Presente ouviu o ex-secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Eugênio Stefanello, que é doutor em Economia Rural. Ele analisa que, apesar da quebra, os EUA vai colher bem mais que no ano passado e o bastante para regular os estoques mundiais. “Estoques completos significa menor preço já a curto prazo”, alerta o especialista. 
O presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, está nos EUA participando da Expedição Soja Brasil. Ele explica que os três principais produtores de grãos do mundo – EUA, Brasil e Argentina – ficam de olho na produtividade um do outro, especialmente a soja. “Dependendo da safra destes três principais produtores, o preço da soja pode subir ou cair. Uma simples questão de oferta e demanda: quanto mais soja, menor o preço e se tiver menos soja, o preço sobe”, resume, e lembra: “Enquanto nos EUA os produtores têm um seguro de renda, no Brasil temos é falta de infraestrutura e na Argentina as ‘retenciones’ consomem 40% do preço da soja”.  Assim, definir o momento certo de comercializar faz toda a diferença.
Janelas
Stefanello explica que as janelas de negociação estão cada vez mais apertadas e o agricultor precisa programar melhor a comercialização de suas safras. Agora, por exemplo, seria um bom momento porque há um câmbio favorável e os preços também reagiram, após período de queda já esperado. “O problema é que muito agricultor ainda espera que a quebra de safra nos EUA seja ainda maior e, com isso, ele possa vender seus produtos a preços mais altos do que os atuais e aos mesmos níveis que já tivemos no ano passado e início deste ano”, explica. Porém, o economista avalia que um preços de R$ 75 a saca em Paranaguá para o soja e R$ 26 para o milho, mesmo que há alguns meses era bem superior a isso (milho chegou a R$ 30), já é um  preço muito interessante, inclusive para negociação de safra futura. Segundo ele, o produtor precisa ponderar o seu custo de produção e o lucro que já pode auferir. “Temos que escalonar nossos negócios, iniciar com a garantia da cobertura dos custos porque melhorar para o futuro somente será com uma grande ‘desgraça’ da safra Norte-americana”, justifica.
Os preços dos últimos dias, menciona Eugênio Stefanello, devem ser considerados. O soja, na segunda-feira (26) estava em cerca de US$ 14,5 o bushel, enquanto milho girou em cerca de US$ 5,5. A valorização já é em cerca de US$ 1 o bushel para o soja. “Dificilmente vamos encontrar o grão a preços muito superiores porque os EUA poderão não ter uma supersafra, mas vão colher o bastante para repor os estoques mundiais”, argumenta.
Retenção
Eugênio Stefanello acredita que o Paraná ainda tem em torno de 10% da safra da soja passada a ser comercializados. Da safra futura, ele acredita que o porcentual chegue a 85%. Quanto ao milho, mesmo com a geada que atingiu o Estado, pode ser considerada uma segunda safra cheia, girando em torno de 10,9 milhões de toneladas, sendo que menos 20% da produção está vendida e ainda há cerca de 15% a ser comercializado da primeira safra. “Ou seja, para um bom tanto da nossa safra de grãos já foram perdidas as melhores cotações”, lamenta, ao lembrar que a nova janela de comércio, aberta na semana passada, pode ser o grande momento para o produtor aproveitar. Isto porque nas próximas semanas os EUA já começam a colocar no mercado o seu grão.
Na opinião do economista paranaense, o agricultor deveria liquidar o estoque que tem da safra passada e ampliar os negócios da safra futura, garantindo a comercialização de pelo menos 25% a 30% do produto. “O produtor pode comprometer uma parcela maior, avaliando seus custos de produção. Os preços vão subir somente se acontecer alguma coisa muito grave nos países grandes produtores, inclusive o Brasil. Mas não devemos ficar apostando no ‘se’, é preciso analisar com os dados que temos nas mãos agora”, conclui.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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