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Bovinos / Grãos / Máquinas

Produtor de leite recupera preços no mercado catarinense

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A conjugação de
vários fatores – como o fim do verão, a volta às aulas nas redes pública e
privada de ensino, a sazonal redução da oferta e o natural aumento do consumo –
repercutiu no aumento dos preços pagos pelos laticínios na aquisição de leite
dos produtores rurais.

Os preços começam
lentamente a reagir no mercado primário de produção de leite: os valores de
referência para o leite padrão pagos pelas indústrias aos produtores rurais,
projetados para este mês de março pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de
Leite do Estado (Conseleite), apresentam um expressivo aumento de 6,2%. Os novos
valores anunciados ficaram assim: leite padrão R$ 0,8358 o litro; acima do
padrão R$ 0,9612 e abaixo do padrão R$ 0,7598. Esse valor refere-se ao leite
posto na propriedade com Funrural incluso. A matéria-prima já havia subido 1,5%
em fevereiro.

O presidente do Conseleite e
vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária de SC (Faesc)
Adelar Maximiliano Zimmer observa que “há um claro viés de alta no
mercado que deve se manter nos próximos meses”. O término das férias e o início
do ano letivo levarão a um aumento no consumo de
lácteos.

Zimmer aponta o caráter cíclico
da atividade leiteira e realça que os preços continuarão subindo e melhorando a
remuneração do produtor rural. A tendência é uma escalada de recuperação até
setembro.

O dirigente observa que os
reajustes nos custos – especialmente o preço da energia elétrica – também
contribuem com a necessidade de majoração da produção de leite, “caso contrário
a atividade ficaria inviabilizada”.

Embora tenha esses
valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando
preços levemente superiores, em torno de R$ 0,92 a R$ 1 real o litro, valores que
proporcionam lucratividade ao criador com sistema tecnificado de produção (com
sala de ordenha e tanque de resfriamento) e aqueles com produção a
pasto.

Na segunda quinzena
de abril, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números
definitivos
de março e a nova projeção mensal.

Criado em 2006, o
Conselho Paritário Produtor/Indústria do Estado de Santa Catarina (Conseleite) –
é constituído pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa
Catarina (Faesc) e pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados de SC
(Sindileite). Sua estruturação teve a assessoria da Universidade Federal do
Paraná, que ajudou a constituir o Conseleite daquele Estado. Há nove anos, a
UFPR faz o levantamento e o cálculo dos preços de referência do leite,
utilizando metodologia definida e aprovada pelo
Conselho.

Santa Catarina é o
quinto produtor nacional, o Estado gera 2,8 bilhões de litros/ano. Praticamente,
todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal
às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste
catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos
quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia.  

Fonte: MB Comunicação

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Atraso no plantio da soja pode impactar outras culturas

Falta de chuvas que atinge grande parte do Brasil está afetando os rios desde a Amazônia até a Região Sul, com isso, apesar do encerramento do vazio sanitário da soja, não devemos observar grande avanço do plantio em setembro.

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Foto: Gilson Abreu

Na atualização de setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve a produtividade das lavouras americanas em 3,6 t/ha (59,7 sc/ha). A falta de chuvas que atinge grande parte do Brasil está afetando os rios desde a Amazônia até a Região Sul. Apesar do encerramento do vazio sanitário da soja, não devemos observar grande avanço do plantio em setembro. O atraso da soja pode gerar consequências para outras culturas, como algodão e milho safrinha.

Balanço global de soja, em milhões de toneladas. Fonte: USDA

A produção dos EUA foi reduzida em 100 mil toneladas, enquanto os estoques americanos projetados para 2024/25 caíram 200 mil toneladas, para 15 milhões de toneladas. Ainda assim, o incremento sobre a safra passada é de 61,7%. O estoque final global sofreu leve reajuste para cima, +300 mil t ante agosto, enquanto as projeções de produção para Brasil e Argentina foram mantidas sem 169 e 51 milhões de toneladas, respectivamente.

Os rios Paraná e Paraguai estão próximos dos níveis mínimos do ano, o que tem atrapalhado a navegação e o transporte de grãos. O impacto nesse momento é limitado, por conta da sazonalidade dos embarques, mas as barcaças estão navegando com menor capacidade e maior tempo.

A perspectiva de atraso na consolidação do regime de chuvas no Brasil não deve permitir um plantio acelerado para a safra 2024/25. Os modelos apresentam alguma divergência em relação a entrada das frentes frias, porém o consenso é de que isso aconteça de forma irregular. Apesar da possibilidade de atraso, o cenário para a safra brasileira segue positivo, uma vez que a expectativa é de que, quando estabelecidas, as chuvas aconteçam dentro da normalidade.

A depender do atraso, podemos ver alguma migração da soja para algodão 1ª safra, diante da janela bem apertada de plantio da safrinha da fibra no Mato Grosso (MT). Além disso, o atraso da soja acaba retardando o plantio do milho segunda safra, aumentando os riscos climáticos para o desenvolvimento do cereal. Podemos ver também uma logística mais ociosa em janeiro, com a entrada mais tardia da soja.

Projeção da anomalia da precipitação para setembro. Fonte: NOAA (CFSv2)

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Com demanda externa forte e menor oferta de fêmeas, mercado de boi gordo ganha impulso em setembro

Nos últimos dias o animal tem sido negociado próximo de R$ 255/@. Com isso, apesar da reação do animal, o spread da indústria no MI voltou a se recuperar após dois meses de acomodação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado do boi gordo, em agosto e na primeira quinzena de setembro, continuou o movimento de recuperação iniciado em junho, ganhando um impulso extra neste mês. Do lado da oferta, as escalas de abate reduziram um pouco, com sinais de moderação do excesso de fêmeas enviadas à indústria que marcou o primeiro semestre do ano, isso além da seca forte que atinge a maior parte das regiões pecuárias brasileiras.

Além disso, a demanda externa continuou vigorosa e, mesmo no mercado interno, os preços das carcaças bovinas também subiram com maior ímpeto desde o início de setembro.

 

Spread da indústria no mercado interno (carcaça casada/boi gordo) – Fonte: Cepea, Itaú BBA

A alta do boi em São Paulo, entre o início de agosto e 16 de setembro, foi de 8,8%, enquanto a carcaça casada no estado subiu 13% no mesmo período. Nos últimos dias o animal tem sido negociado próximo de R$ 255/@. Com isso, apesar da reação do animal, o spread da indústria no MI voltou a se recuperar após dois meses de acomodação.

Os dados mais recentes dos abates do Mato Grosso (Imea), referentes a agosto, embora recordes para o mês, mostraram que a participação de fêmeas foi, pelo terceiro mês consecutivo, menor em relação ao ano passado.

Além disso, o deságio da arroba da vaca em agosto no Mato Grosso (MT) veio de -13% em agosto de 2023 para -9% em agosto de 2024, refletindo esta moderação do excesso de fêmeas abatidas.

Do lado das exportações, agosto marcou novo recorde histórico para o mês, com envios de 217 mil t in natura, 17% acima de agosto de 2023, acumulando crescimento de 30% no ano, até o referido mês. Entretanto, o forte volume embarcado não tem vindo acompanhado de melhora do preço médio da carne, que segue relativamente de lado.

Com o boi subindo em dólares nos últimos três meses e a carne estagnada, o spread das exportações acomodou um pouco.

Preços do boi gordo (SP) e do bezerro (MS) – Fonte: Cepea

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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ExpoLeite terá feiras do Pró-Genética e Pró-Fêmeas

Programa facilitará acesso de pequenos e médios produtores à genética superior durante evento, em Uberaba (MG)

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Foto: Divulgação/ABCZ

Durante a ExpoLeite, realizada pela ABCZ entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), produtores terão oportunidade de adquirir animais comprovadamente superiores, potencializando o melhoramento genético dos rebanhos nas fazendas. Nos dias 23, 24 e 25, as Feiras Pró-Genética e Pró-Fêmeas irão ofertar machos e fêmeas de alto valor genético.  Vale ressaltar que os animais comercializados através do programa são atestados pela ABCZ, com registro genealógico, exames reprodutivos e de saúde.

Criado em 2006 pela ABCZ, com apoio dos governos federal, estaduais e municipais, além de órgãos de extensão rural, o programa é voltado para pequenos e médios produtores e já comercializou milhares de animais melhoradores em todo o país, contribuindo para o aumento da produção sustentável de carne e leite bovinos. Os animais oferecidos podem ser financiados no próprio local da feira, com condições de pagamento e juros especiais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

“Os técnicos da Emater-MG e nossos outros parceiros no programa identificam, dentre os produtores assistidos por eles, a demanda de animais, entre machos e fêmeas, além de que raças os produtores têm interesse.  A ABCZ e a Associação de Girolando entram em contato com seus associados, que disponibilizam os animais de acordo com o padrão de qualidade exigido pelo Pró-Genética e pelo Pró-Fêmeas. Todo esse processo é chancelado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG (Seapa)”, detalha o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

Para participar do Pró-Genética e Pró-Fêmeas durante a ExpoLeite, enquanto comprador ou vendedor, procure o setor do Pró-Genética na sede da ABCZ, ou entre em contato pelo telefone: (34) 3319-3883.

A 2ª ExpoLeite é uma realização da ABCZ, com apoio do Sebrae, BB Seguros, e CNA/FAEMG/SENAR. A feira é patrocinada por NEOGEN e Troncos Romancini, com assessoria de DBarros Rural. Itaipava é a cerveja e Dona Nenem é o café oficial da ExpoLeite.

Confira a programação completa, clicando aqui.

Fonte: Assessoria ABCZ
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