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Produtividade e precocidade da soja estão entre os lançamentos da Embrapa no Show Rural

Durante o Show Rural, na próxima semana, em Cascavel (PR), serão lançadas duas novas cultivares de soja com a tecnologia Xtend®, que combinam a alta produtividade com tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba e, portanto, são opções para áreas de refúgio próximas às lavouras que utilizarem a tecnologia Intacta2 Xtend®.

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A Embrapa e a Fundação Meridional lançam no dia 07 de fevereiro, às 10h30, na Vitrine de Tecnologias da Embrapa, no Show Rural a ser realizado, em Cascavel (PR), duas novas cultivares de soja com a tecnologia Xtend® (XTD) que combinam a alta produtividade com tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba (BRS 2560XTD e BRS 2562XTD) e, portanto, são opções para áreas de refúgio próximas às lavouras que utilizarem a tecnologia Intacta2 Xtend® (I2X).

As cultivares Intacta2 Xtend® (I2X), além da tolerância aos herbicidas, agregam a resistência às principais lagartas da soja. Com o intuito de prolongar a vida útil dessa tecnologia e evitar a resistência das lagartas nas cultivares Intacta2 Xtend®, a Embrapa considera imprescindível a adoção do refúgio.

Na Vitrine de Tecnologias, a Embrapa Soja e a Fundação Meridional estarão demonstradas cultivares transgênicas com resistência ao herbicida glifosato (BRS 5804RR, BRS 5601RR e BRS 599 RR), cultivares com resistência ao glifosato e a algumas espécies de lagartas (BRS 1064 IPRO, BRS 1056 IPRO, BRS 1061IPRO, BRS 1003 IPRO, BRS 1054 IPRO) e cultivares com tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba (BRS 2553 XTD, BRS 256-XTD, BRS 2562XTD, BRS 2578 XTD).

Fotos; Divulgação/Embrapa

Lançamento BRS 2560XTD

Além de ser excelente opção de refúgio para áreas com cultivares com a tecnologia I2X (grupo de maturidade entre 5.8 e 6.2), a BRS 2560XTD é uma cultivar com alto potencial produtivo e arquitetura de planta que favorece a ramificação abundante. Outro diferencial, apontado pelo pesquisador Carlos Lasaro Pereira Melo,  da Embrapa Soja, é que a nova cultivar é adaptada à antecipação de semeadura, permitindo encaixe em sistemas de sucessão/rotação de culturas. A BRS 2560XTD é recomendada para Serra do Nordeste e Planalto Superior do Rio Grande do Sul (REC103); Centro-sul do Paraná (REC103) e Sul de São Paulo (REC103).

Quanto à reação das cultivares às doenças, a BRS 2560XTD é resistente ao cancro da haste, mosaico comum da soja e podridão radicular de Phytophthora e moderadamente resistente a mancha olho-de-rã, oídio. Também possui resistência ao nematoide de galha Meloidogyne javanica. “Esta cultivar é ainda tolerante a sulfoniluréias (grupo químico de herbicidas utilizado para o controle de plantas daninhas), portanto é seletiva a ação desses herbicidas, seja quando utilizados para o controle das plantas daninhas em pré ou pós emergência da cultura, bem como para o controle da soja voluntária”, explica Pereira Melo.

Lançamento BRS 2562XTD

Este lançamento também é excelente opção de refúgio para áreas com cultivares com a tecnologia I2X com grupo de maturidade entre 6.0 e 6.4, por sua precocidade. A BRS 2562XTD possui alta estabilidade e performance produtiva, adaptada a diferentes ambientes de produção. “Além disso, a cultivar permite semeadura antecipada, possibilitando o encaixe em sistemas de sucessão/rotação de culturas. Esses atributos de lavoura podem variar em razão do clima, solo e manejo, mas em geral seguem as características mencionadas”, destaca o pesquisador Marcos Petek, da Embrapa Soja.

Quanto à reação das cultivares às doenças, a BRS 2562XTD é resistente ao cancro da haste, mosaico comum da soja e podridão radicular de Phytophthora e moderadamente resistente à mancha olho-de-rã e ao oídio. Também possui resistência aos nematoides de cisto (raças 3 e 14). É indicada para o Paraná (REC 201), São Paulo (REC 201), Mato Grosso do Sul (REC 204 e 301) Goiás (REC 304 e 401), Minas Gerais (REC 304) e Distrito Federal (REC 304).

Segundo Ralf Udo Dengler, gerente executivo da Fundação Meridional, as duas cultivares já estão com campos de produção de sementes implantados na safra 22/23. “Nossos colaboradores, produtores de sementes, já estarão garantindo a oferta de sementes já na próxima safra, ampliando nosso portfólio inovador com a tecnologia Xtend® (XTD), que são as cultivares BRS 2560XTD e BRS 2562XTD. A disponibilidade pode ser consultada em nosso site: www.fundacaomeridional.com. É importante destacar que estas cultivares de soja XTD, não servem apenas para refúgio para I2X, pois com seu alto potencial de rendimento e suas excelentes características agronômicas, apresentam-se como uma ótima opção para regiões indicadas”, completa Dengler.

Proteção ampliada contra lagartas

A soja Intacta2 Xtend® reúne três proteínas (Cry1A.105 e Cry2Ab2 e Cry1Ac), o que proporciona proteção contra seis espécies de lagartas que incidem na cultura da soja: Helicoverpa armigera, Spodoptera cosmioides, lagarta falsa medideira (Chrysodeixis includens), lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), lagarta das maças (Chloridea virescens) e broca das axilas (Crocidosema aporema). “A piramidação de três proteínas nesta tecnologia reduz a probabilidade de quebra da resistência”, explica o pesquisador Daniel Sosa Gomez, da Embrapa Soja. “Porém, um aspecto fundamental para evitar a seleção de populações de lagartas resistentes nas lavouras com esta tecnologia é o plantio de áreas de refúgio estruturado”, explica Sosa Gomez.

A recomendação atual de refúgio para a cultura da soja é, no mínimo, 20% da área com tecnologia diferente da Intacta2 Xtend®. Segundo o pesquisador, esta é uma medida preventiva que consiste no plantio de parte da lavoura com a tecnologia Xtend® – ou outras opções de soja não-Bt (sem a toxina Bacillus thuringiensis – Bt) a uma distância máxima de 800 metros de lavouras com a tecnologia Intacta2 Xtend®. “A adoção da área de refúgio possibilita o acasalamento aleatório de mariposas oriundas das áreas com a tecnologia Intacta2 Xtend® e das áreas de refúgio, favorecendo a manutenção de populações suscetíveis e retardando a seleção de populações resistentes”, diz. A Embrapa defende ainda que o manejo de pragas nas lavouras com a tecnologia Intacta2 Xtend® siga as mesmas premissas do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Manejo de plantas daninhas

As cultivares de soja com tecnologia Intacta2 Xtend® e tecnologia Xtend® são tolerantes aos herbicidas glifosato e dicamba, cuja molécula  apresenta eficiência no manejo de plantas daninhas de folhas largas, como a buva, o caruru, a corda-de-viola, o picão-preto, dentre outras. “O dicamba é um herbicida recomendado para aplicação no pré-plantio da soja. É fundamental que sejam seguidas as informações contidas na bula, pois o uso em desacordo com as orientações técnicas pode ocasionar injúrias em culturas não-alvo da aplicação do herbicida”, conclui o pesquisador Dionísio Gazziero, da Embrapa Soja

Na avaliação do pesquisador, o agricultor deve estar atento quanto ao aparecimento ou disseminação de plantas daninhas resistentes. Além disso, lembra que a integração entre práticas de manejo envolve não só o controle químico, mas também a rotação dos mecanismos de ação dos herbicidas, a rotação de culturas – pelo menos na entressafra da soja – o uso de espécies para produzir uma boa palhada, a limpeza de máquinas e implementos agrícolas, o uso de sementes de qualidade e livres de infestantes resistentes para evitar a reprodução dessas espécies.

Fonte: Ascom Embrapa

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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