Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Produtividade das lavouras aumenta em até 30% com regulagem e manutenção das plantadeiras

Especialista diz que a semeadura representa 70% do sucesso de uma lavoura.

Publicado em

em

Foto: Divulgação

A agricultura brasileira vive um momento áureo, com a produção total de grãos estimada em 312,3 milhões de toneladas nesta safra, mesmo diante das adversidades climáticas. O mais impressionante é que este desempenho está aquém do seu potencial, com as perdas de produtividade geradas por falhas em linhas ou competições por população, condições indesejáveis que começam no momento da semeadura. Quando não germinam, a qualidade das sementes é colocada em xeque, mas poucos se dão conta de que a hipótese mais provável é a falta de manutenção e regulagem das plantadeiras, segundo constatou o agrônomo e professor de Mecanização da Uneso de Botucatu (SP), Paulo Arbex.

“A semeadura representa 70% do sucesso de uma lavoura. Afirmo, sem medo de errar, que é possível elevar o potencial produtivo em até 30% apenas capacitando os operadores quanto à regulagem adequada do maquinário. E não me refiro a tecnologias avançadas e, sim, a algumas medidas simples que, quando deixadas de lado, geram um prejuízo amargo”, afirmou o professor. A Unesp é uma das poucas instituições públicas que oferecem serviços de extensão rural, considerado pelo professor fator primordial à qualificação dos estudantes de Ciências Agrárias.

Os recursos captados e administrados pela universidade através da Fepaf (Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais) ainda auxiliam o custeio de equipamentos e até mesmo de bolsas de estudo aos alunos. Através de programas de grupos de pesquisa, como o Grupo de Plantio Direto (GPD) e o de Inspeção Periódica de Semeadoras (IPS), Arbex e sua equipe percorreram aproximadamente um milhão de hectares em 281 propriedades espalhadas pelo Brasil, além das incontáveis horas de palestras. “Uma das coisas que mais me realiza na vida é fazer parte da extensão rural, de estar junto com os alunos, produtores e operadores, e levar o nome da instituição aos mais diferentes rincões do País”, comenta Arbex.

Enquanto as tecnologias que possibilitam intervenções imediatas na semeadura não saltam dos campos das grandes propriedades, o rendimento das lavouras de pequenas e médias permanece nas mãos dos operadores, que por razões distintas, como janelas curtas de plantio, escassez de maquinário e até mesmo falta de conhecimento, em muitos casos, deixam de vistoriar componentes básicos da plantadeira, comprometendo a produtividade.

Por mais simples que pareçam, descuidos como estes não se restringem a pequenas e médias propriedades. A diferença é que a produção em larga escala camufla os prejuízos. Entre as falhas corriqueiras, Arbex apontou no podcast do MF Rural o desgaste dos discos de corte e componentes (molas e rolamentos), o plantio em condições adversas de umidade do solo e a falta de capacitação dos funcionários envolvidos nas operações, sendo essa última um gargalo provocado pela alta rotatividade de mão de obra no campo.

“Quando o operador fica bom, vem alguém e leva ele embora, razão pela qual a capacitação deveria ser algo constante, como já ocorre no Centro-Oeste, uma das regiões que mais contratam serviços de extensão rural”, explica o professor.

Com duas polegadas a menos, os discos já não cortam direito a palhada de cobertura, com o arrasto, embuchando-os e envelopando as sementes. Ao fazer “vista grossa” à substituição, muitas pessoas compensam o desgaste acentuado dando pressão na mola além do indicado, deixando-a dura e fazendo com que os discos cortem na pancada, comprometendo o chassi da plantadeira.

A escolha do disco de corte ideal (corrugado, liso ou ondulado) dependerá das condições do terreno e do volume de palhada. E o mesmo vale para o sulcador, que pode ser o disco duplo ou a “botinha”. Exigindo menos potência do trator e ajudando no corte da palhada, a primeira opção pode ser interessante, todavia, não é recomendada em lavouras que tenham compactação superficial, cenário que dificulta a emergência da planta e diminui o sistema radicular, razão pela qual a botinha é melhor opção.

Outra medida preventiva é a limpeza do dosador de fertilizante. Com o tempo, os resíduos que ficam depositados no fundo empedram e desgastam as roscas helicoidais, comprometendo a distribuição.

Aumentar a velocidade da operação para além das especificações também costuma ser um erro grave. No caso do milho e da soja, é indicado a velocidade média de 5,5 km/h para semeadoras mecânicas e 6,5 km/h para os modelos pneumáticos. Acima disso, as sementes chicoteiam no tubo, aumentando o percentual de falhas ou competição por população ao caírem em dupla. Logicamente, essas perdas dependem da tecnologia das máquinas e das características do solo (umidade, textura e declividade).

“Muitos relutam em fazer a manutenção do maquinário, por causa dos custos, contudo, não fazem ideia de quanto deixam de ganhar, com o desgaste dos componentes. Se um agricultor plantar milho com espaçamento de 50 cm, ele terá, por exemplo, 20 mil metros lineares por hectare. Se houver uma única falha a cada quatro metros, considerando uma colheita de 100 sacas por hectare, o prejuízo estimado é de 25%. Com a saca negociada a R$ 40, os lucros caem R$ 1 mil por hectare”, esclarece Arbex.

Atenção redobrada na compra de plantadeiras usadas

Plantadeira pequenas custam, em média, R$ 35 mil por linha, enquanto as maiores, de 62 linhas, chegam a R$ 1,5 milhão. Com a elevação dos preços nos últimos anos, vários agricultores estão recorrendo ao mercado de usados. Em plataformas de marketplace como o MF Rural, considerado o mais completo no segmento, plantadeiras e outros maquinários usados chegam a custar até 50% menos. Em seu catálogo estão mais de 650 anúncios das mais variadas marcas e modelos de plantadeiras, sendo ainda reduto de peças de reposição, como discos de corte, molas, reservatórios de adubo e de semente, rodas compactadoras, ponteiras, buchas, bandas e outros insumos.

Uma dica valiosa à compra de plantadeiras usadas é observar as condições do chassi, dosadores e reservatórios de semente e adubo, que são os componentes mais onerosos. “Aqui no MF Rural, a recomendação aos vendedores é que façam um checklist completo, especificando as reais condições do maquinário. Aos compradores, oferecemos um chatbot ao esclarecimento de dúvidas e também um serviço opcional, o MF Pago, que assegura as transações até o recebimento da mercadoria”, informa Roberto Fabrizzi Lucas.

Fonte: Assessoria
Continue Lendo

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

Publicado em

em

Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

Publicado em

em

Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo
IMEVE BOVINOS EXCLUSIVO

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.