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Notícias Apesar da recuperação no 2º semestre

Preço do milho encerra ano 30% menor que em 2022

Com estoques sendo reduzidos conforme as exportações cresceram, os preços domésticos encontraram sustentação a partir de setembro, puxados também pela taxa de câmbio favorável e pela maior paridade de exportação, mas ainda assim ficaram 21% abaixo do primeiro semestre de 2023.

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Foto: Wenderson Araujo/CNA/Trilux

Os preços do milho iniciaram 2023 em patamares firmes, sustentados pelo menor estoque de passagem e por preocupações com o clima no Sul do País, que já vinha prejudicando a primeira safra do cereal. Porém, apesar de um cultivo mais tardio na segunda safra, o clima favoreceu o desenvolvimento das lavouras, resultando em oferta recorde no agregado do ano-safra. Com isso, de abril a junho, as cotações recuaram com força, mas, no trimestre seguinte, se mantiveram estáveis.

Somente a partir de setembro que, com o ritmo acelerado das exportações e com agentes preocupados com a safra de 2024, os preços do milho registraram reações, e uma parte das perdas do ano foi recuperada. Segundo a Conab, a produção da primeira safra foi de 27,37 milhões de toneladas, 9% acima da de 2022.

Foto: Gilson Abreu

Nos primeiros três meses do ano, a média o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) foi de R$ 85,58/sc de 60 kg, alta de apenas 0,5% frente ao último trimestre de 2022. Já em abril, os preços do milho atravessaram o mês em queda consecutiva e, em maio, chegaram a operar nos menores patamares desde 2020.

Nesse período, os valores foram influenciados pelo clima favorável ao desenvolvimento da segunda safra. Além disso, no primeiro semestre, as negociações para exportação estavam lentas, com compradores postergando as aquisições e à espera de desvalorizações mais intensas, fundamentados no avanço da colheita de segunda safra, que foi iniciada em maio no Brasil.

No balanço do primeiro semestre (de 29 de dezembro de 2022 a 30 de junho de 2023), o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas –SP) teve forte queda de 35,7%. A média de R$ 74,13/saca de 60 kg no primeiro semestre foi 20% inferior à do mesmo período de 2022 – em termos nominais.

Diante do clima favorável ao desenvolvimento das lavouras de segunda safra, a oferta de milho somou 102,36 milhões de toneladas, quantidade 19% superior à da temporada anterior e um recorde.

Para terceira safra, foram colhidas 2,2 milhões de toneladas, recuo de 4,2% frente a 2021/22. Assim, a colheita das três safras somou 131,94 milhões de toneladas, um recorde. Somando a produção com o estoque inicial, de 8,1 milhões de toneladas, e importação, de 1,9 milhão de toneladas, a disponibilidade total da safra 2022/23 foi de 141,8 milhões de toneladas.

Consumo interno e exportações

O consumo interno ficou em 79,59 milhões de toneladas, gerando excedente de 62,16 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fotos: Cláudio Neves/Portos do Paraná

De fevereiro a junho de 2023, as exportações somaram 5,5 milhões de toneladas, acima das 3,5 milhões embarcados no mesmo período de 2022, conforme dados da Secex. Entretanto, de julho até dezembro, foram embarcadas 44,26 milhões de toneladas, acumulando 49,8 milhões de toneladas no ano-safra (de fevereiro até a dezembro).

A China foi o principal destino do milho brasileiro, se aproximando de 10 milhões de toneladas embarcadas ao país asiático entre fevereiro e novembro de 2023, de acordo com dados da Secex.

Sustentação dos preços domésticos

A Conab estima que, de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, o Brasil possa exportar 56 milhões de toneladas. Caso as exportações atinjam esse volume e o consumo interno fique em 79,59 milhões de toneladas, os estoques finais, em janeiro, devem ser de 6,3 milhões de toneladas, representando apenas 8% do consumo anual e a menor relação desde a temporada 2011/12.

Com estoques sendo reduzidos conforme as exportações cresceram, os preços domésticos encontraram sustentação a partir de setembro, puxados também pela taxa de câmbio favorável e pela maior paridade de exportação.

Em outubro, os valores voltaram aos patamares de maio deste ano, e o movimento de alta seguiu firme neste último bimestre. Assim, no segundo semestre de 2023 (de 30 de junho até o dia 28 de dezembro), o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 25%, fechando a R$ 69,21/saca de 60 kg no dia 28.

A média do segundo semestre, de R$ 58,25/sc, ficou 21% abaixo do semestre anterior e 30% inferior ao do mesmo período de 2022. Em termos mundiais, a produção na safra 2022/23 foi de 1,16 bilhão de toneladas, quantidade 5% inferior à da temporada passada, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Produção mundial

Entre os principais produtores, Estados Unidos, Argentina e Ucrânia, o USDA estimou fortes cortes na produção em relação à temporada anterior, de 9%, 31% e 36%

respectivamente. No entanto, Brasil e China aumentam a produção, em 18% e 2% respectivamente.

O consumo mundial da temporada foi estimado pelo USDA também em 1,17 bilhão de toneladas, redução de 1,6% em relação à temporada anterior.

Com a queda na produção mundial, os estoques finais da temporada caíram 3%, estimados em 300 milhões de toneladas, gerando uma relação estoque/consumo de 25,9% em 2022/23, contra 26,4% em 2021/22.

As transações internacionais são estimadas pelo USDA em 180,5 milhões de toneladas, recuo de 12% em relação às da temporada anterior.

Na safra 2022/23, o Brasil veio a se tornar o maior fornecedor de cereal ao exterior, superando os embarques norte-americanos, com 53,29 milhões embarcados pelo país sul-americano e 42,83 milhões de toneladas pelos Estados Unidos, segundo estimativas do USDA.

Fonte: Assessoria Cepea

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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