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Produção paranaense de frangos, suínos, ovos e leite cresce acima da média nacional

Desde 2019, os produtores paranaenses alcançaram resultados proporcionalmente maiores do que os números gerais Brasil na produção dessas quatro proteínas animais. Em todos estes segmentos, o Estado ocupa a liderança ou vice-liderança nacional na produção.

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Foto: José Fernando Ogura/AEN

O desempenho da agropecuária paranaense na produção de carne de frango e de suínos, ovos de galinha e de leite ficou acima da média nacional na comparação entre 2019 e 2024. O resultado fez com que o Paraná, que já ocupa a liderança ou vice-liderança nestes segmentos, ampliasse a sua participação na produção geral destes produtos no Brasil. As informações constam nos levantamentos oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção animal no País, cujos dados mais recentes foram divulgados na última semana. Na pesquisa mais recente, referente ao 2º trimestre de 2024, foi confirmado que o Paraná atingiu novos recordes na produção de carne suína e de frango.

Foto : Jonathan Campos/AEN

O segmento em que o Paraná tem se destacado mais nos últimos anos é na produção de carne de frango. No primeiro semestre de 2024, mais de 1,1 bilhão de aves foi abatida no Estado, um aumento de 24,2% em relação às 898 milhões abatidas nos seis primeiros meses de 2019.

No mesmo intervalo de tempo, a produção cresceu 12,3% em nível nacional (de 2,8 bilhões para 3,2 bilhões), enquanto em Santa Catarina, que é o segundo maior estado produtor, a variação foi de 7,4% (de 403 milhões para 433 milhões).

Há cinco anos, o Estado já era o maior produtor neste segmento, com 32% da produção nacional entre janeiro e junho de 2019. Apesar do bom número, o Paraná conseguiu ampliar ainda mais a sua liderança, sendo responsável por 35% de toda a carne de frango produzida no Brasil no primeiro semestre de 2024.

Também é com Santa Catarina que o Paraná divide as primeiras colocações na produção de carne suína, mas com papéis invertidos. Entre janeiro e junho de 2019, houve o abate de 4,6 milhões de suínos no Estado, contra 6,2 milhões abatidos no mesmo período deste ano, o que representa um avanço de 37%. O índice semestral é praticamente igual do que os 37,9% de variação positiva obtida pelos vizinhos catarinenses, que passou de 6,1 milhões para 8,4 milhões no mesmo intervalo.

Em todo o Brasil, o volume total de suínos abatidos passou de 22,7 milhões para 28,6 milhões no comparativo dos seis primeiros meses de 2019 e 2024, uma alta de 26%. Com isso, a participação do Paraná no resultado nacional, que era de 20% há cinco anos, chegou a 22% neste ano.

Ovos

Em relação à produção de ovos de galinha, a concorrência do Paraná pelo topo é com São Paulo. No primeiro semestre de 2024 os paulistas produziram 595 milhões de dúzias,

Foto: Gilson Abreu/AEN

contra 225 milhões dos paranaenses. Em 2019 eram 544 milhões dos paulistas contra 169 milhões dos produtores locais, ou seja, o Paraná agregou cerca de 56 milhões de dúzias à produção, enquanto São Paulo juntou outros 51 milhões.

Até 2019, os mineiros ocupavam o segundo lugar da produção nacional com 174 milhões de dúzias produzidas no 1º semestre, contra as 169 milhões de dúzias dos paranaenses. Em 2020, os granjeiros paranaenses ultrapassaram os mineiros na produção semestral e mantiveram a liderança desde então, chegando a 225 milhões de dúzias produzidas entre janeiro e junho de 2024, contra 213 milhões de dúzias dos concorrentes.

Nestes cinco anos, a produção de ovos de galinha aumentou 33,2% no Paraná, enquanto no Brasil o crescimento registrado foi de 20,5% – passou de 1,9 bilhão para 2,2 bilhões de dúzias. No período, os ovos produzidos em solo paranaense aumentaram de 9% para 10% da representação nacional.

Foto: Ari Dias/AEN

Leite

Na pecuária leiteira, o Paraná, que ocupa a vice-liderança nacional, conseguiu ampliar em 13,2% a sua produção entre 2019 e 2024, passando de 1,57 bilhão de litros naquele ano para 1,77 bilhão no atual ciclo produtivo.

A situação no Estado segue uma tendência inversa do líder nacional, Minas Gerais, cuja produção caiu 1,1% em cinco anos (de 3 bilhões para 2,99 bilhões) e também do Brasil, em que a média geral se manteve praticamente estável, com queda de 0,1% (de 12,05 bilhões para 12,04 bilhões de litros de leite). Com os recentes avanços, somados à retração de outros estados, o Paraná aumentou de 13% para 15% a sua participação no segmento.

Confira a Produção Semestral de Alimentos de Origem Animal.

Fonte: AEN-PR

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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