Avicultura
Produção e consumo brasileiro de ovos bate recorde histórico em 2021 e crescimento tende a ser ainda maior em 2022
Presente em mais de 96% dos lares brasileiros, há anos o ovo deixou de ser vilão e passou a fazer parte da alimentação dos brasileiros com mais frequência. Esse comportamento se reflete no aumento do consumo, que em 2021 atingiu mais uma marca histórica.

Em franco crescimento, a produção brasileira de ovos alcançou outro patamar em 2021, com projeções de recordes históricos para o segmento. Conforme estimativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção deverá alcançar extraordinárias 54,5 bilhões de unidades ou o equivalente a 1.728 ovos por segundo, número 1,8% superior ao registrado no ano anterior, com 53,5 bilhões de ovos. Já o volume projetado para 2022 poderá chegar até 56,2 bilhões de unidades, ou seja, 3% maior em relação a 2021.
Enquanto o consumo per capita está previsto em 255 unidades, número 1,5% maior que o consumo registrado em 2020, quando chegou a 251 unidades por habitante/ano, e superior à média mundial que é de 230 ovos por habitante/ano. A mudança no perfil alimentar do brasileiro, a versatilidade do ovo e o aumento do preço de outras proteínas ajudaram a impulsionar o crescimento do setor. Tanto é que a ABPA projeta para este ano um aumento ainda maior: espera-se que cada brasileiro consuma 262 ovos, um incremento de 2,5% maior do que o esperado para o ano passado.
Uma das principais indústrias avícolas do país, a Katayama Alimentos, com sede em Guararapes (SP), estima um aumento de 15% na produção anual de 1,15 bilhão de ovos, com a construção de dois novos aviários com capacidade para adicionar 280 mil aves ao plantel existente – que hoje soma 4,4 milhões de aves, entre recria e postura. E para esse ano a previsão é de estabilidade no plantel, após incremento de 10% de aves de postura no ano passado. Em receita obteve aumento de 25% em relação a 2020 e para 2022 projeta crescimento 20% superior a 2021.

Engenheiro de produção e diretor comercial do Grupo Katayama, Gilson Tadashi Katayama: “Tivemos um crescimento no número de clientes, não tivemos nenhuma ruptura de fornecimento e conseguimos mesmo com a pandemia e com todos os custos entregar um produto com muita qualidade e segurança”
Apesar dos resultados positivos, o engenheiro de produção e diretor comercial do Grupo Katayama, Gilson Tadashi Katayama, relata que a alta nos insumos impactou bastante o segmento, que teve dificuldade para repassar os custos ao consumidor. “Nós tivemos um aumento considerável de custos de produção, principalmente em insumos e ração, onde o milho e a soja são os componentes principais, com uma valorização que nunca tínhamos visto antes, inclusive com falta em algumas vezes até de matéria-prima, principalmente importadas, o que fez com que tivéssemos que fazer algumas substituições. Tudo isso refletiu em um aumento drástico no custo da produção, o qual não conseguimos repassar nos preços ao consumidor. É claro que em 2021 tivemos um preço médio superior a 2020 mais, mesmo assim, esse acréscimo de crescimento na receita não foi suficiente para cobrir os custos da produção”, salienta
Referência no segmento, a Katayama Alimentos possui uma estrutura moderna, automatizada, habilitada para exportação, inclusive para o exigente mercado japonês, e um rigoroso sistema de biosseguridade, mantendo, desde 2013, todas as aves livres de antibióticos. Produz ovos brancos, vermelhos, enriquecidos, de codorna, líquidos pasteurizados e desidratados (em pó), mantendo todos os lotes rastreáveis, além de oferecer também ovos caipiras e ovos caipiras orgânicos. A produção está concentrada em uma área de 725 hectares, onde estão localizados 22 galpões com aves de postura e outros sete com aves de recria. Para a engrenagem rodar 365 dias por ano sem exceção conta com 430 colaboradores.
De acordo com o diretor comercial, a somatória de incertezas geradas pela pandemia do coronavírus desequilibrou toda cadeia produtiva, gerando muitas dificuldades para o setor. Mas a junção de esforços para a manter a atividade em pleno funcionamento foi essencial para fechar o balanço positivo. “Em razão da pandemia vivemos dias de preocupação com relação a saúde de todos os colaboradores, porque apesar de termos estabelecido protocolos sanitários bastante rigorosos dentro da empresa, não conseguimos controlar o que acontecia fora. Mas, felizmente, apesar de todo esse cenário ruim que atravessamos ao longo desse ano conseguimos superar todos esses desafios e fechamos o ano com números positivos e até mesmo com certo crescimento. Todos os colaboradores da Katayama foram fundamentais para que chegássemos no fim do ano ilesos diante de tamanha tempestade”, afirma.
Embora tenha sido um período de grandes desafios, a Katayama conseguiu se fortalecer no mercado, entregando produtos com qualidade e segurança ao consumidor final. “Conseguimos ao longo de 2021 fortalecer a nossa marca e ampliar a penetração no mercado do nosso segmento. Tivemos um crescimento no número de clientes, não tivemos nenhuma ruptura de fornecimento e conseguimos mesmo com a pandemia e com todos os custos entregar um produto com muita qualidade e segurança”, destaca.
Cenário promissor
Com perspectivas de uma supersafra de grãos 2021/2022, podendo chegar a 291 milhões de toneladas, Gilson demonstra otimismo frente as possibilidades desse cenário se concretizar, mas também um pouco de realismo, uma vez que a região Sul do país, que é a que mais contribui para a oferta da safra verão, mais uma vez enfrenta escassez hídrica ocasionada pela baixa precipitação pluviométrica, o que pode prejudicar os resultados nas lavouras.
“Eu acredito que 2022 traga melhores resultados que trouxe 2021. Temos perspectivas de uma safra melhor, apenas o que preocupa um pouco é a estiagem no Sul do país, no entanto temos uma safra em bom desenvolvimento nos Estados produtores do Centro-Oeste, do Norte e Nordeste, com a janela de plantio da soja dentro da normalidade e com a possibilidade de um plantio da safrinha de milho satisfatório, então as perspectivas e projeções são bastante positivas em termos de oferta para o ano que vem e isso se traduz em uma menor pressão em cima dos preços, aliado a isso tem outros insumos sinalizando uma certa estabilidade ou até mesmo queda”, avalia.
Conforme o engenheiro de produção, em decorrência da turbulência enfrentada pelo setor houve uma redução dos alojamentos e o ano de 2021 tende a fechar com número menor do que no ano anterior e isso pode trazer uma certa redução na oferta de ovos. “Esse cenário pode fazer com que tenhamos uma maior capacidade para estabelecer um patamar de preços mais compatível com o custo da atividade”, pondera.
Aumento de consumo
Presente em mais de 96% dos lares brasileiros, há anos o ovo deixou de ser vilão e passou a fazer parte da alimentação dos brasileiros com mais frequência. Esse comportamento se reflete no aumento do consumo, que em 2021 atingiu mais uma marca histórica, com previsão de fechar o ano em 255 unidades por pessoa. Gilson diz que esse aumento tem duas vertentes: aumento da oferta doméstica e prazo de validade do produto. “Quando aumenta o consumo quer dizer que vamos ter maior oferta de produto para abastecer a população brasileira. Porém, o consumo per capita não se pode traduzir numa pressão sobre preços. O ovo é um produto que não tem como armazenar por muito tempo, tem que ser consumido logo, então com certeza isso vai se traduzir em números altos per capita, mas será que isso vai ser sustentado? Imagino que pela história de 2021 e pelo sofrimento que os produtores passaram não creio que acontecerá esse aumento tão comentado pela ABPA”, opina.

Comportamento do setor
De acordo com Gilson, na avicultura de postura o produtor quando tem resultado positivo se mantém, do contrário reduz a produção. “É sempre assim na avicultura, se o produtor ganha dinheiro ele fica feliz e aloja bastante, se não ganha reduz o plantel. Olhando para o cenário atual a perspectiva é que uma redução na produção em 2022, porque ano passado todo mundo tirou o pé do acelerador. Nós mesmos tínhamos projetos de expansão e aguardamos para investir. É um momento de cautela, antes de investir precisamos ver como esse cenário econômico e político vai se desdobrar nos próximos três primeiros meses do ano”, pondera.
Exportações
Em exportações, as projeções apontam para embarques totais de 9,5 bilhões de toneladas, número 52,9% superior ao alcançado em 2020, com 6,2 bilhões de toneladas. Para esse ano, as vendas no mercado externo poderão chegar a 10,2 bilhões de toneladas, volume que supera em 6,5% as exportações projetadas para 2021. De janeiro a novembro, as exportações de ovos atingiram 8,8 bilhões de toneladas, o que representa um crescimento de 84,2%, gerando uma receita de R$ 14 milhões no período, conforme informações da ABPA. “No entanto tivemos muita dificuldade na exportação de ovos in natura pela falta de contêiner refrigerado, somado a isso os fretes marítimos subiram absurdamente”, expôs Gilson.
Projetos de expansão
Com um dos sistemas de produção mais modernos da América Latina, totalmente integrado, com tecnologia de ponta na higienização, seleção, classificação e processamento de ovos e instalações aviárias, onde é mantida de forma padronizada as condições ideais de isolamento sanitário, conforto térmico, alimentação e bem-estar das aves, a Katayama Alimentos projeta investimentos audaciosos ao longo de 2022, os quais ainda estão em fase embrionária e deverão ser executados a depender do cenário econômico nos próximos meses para a avicultura no Brasil.
Para alcançar uma penetração ainda maior no mercado brasileiro, a Katayama Alimentos projeta. “São investimentos que estão sendo projetados para aumentar consideravelmente a nossa produção a partir de 2023, alguns ainda em ‘gestação’, aguardando o desenrolar do cenário da avicultura para serem executados”, ressalta Gilson.
Entre eles estão a implantação da nova Unidade Pé de Galinha, que terá investimento na ordem de R$ 80 milhões. A estação terá capacidade inicial para alojar 1,5 milhão de aves de postura, com produção estimada em 450 milhões de ovos por ano, com início da produção previsto para o segundo semestre deste ano.
Ainda em análise está um investimento de R$ 20 milhões para a construção de uma unidade de galinha caipira, com capacidade para 120 mil aves, prevista para entrar em operação até o fim de 2022.
Outro investimento está projetado para a expansão da Terra Nascente Fertilizantes, empresa do Grupo Katayama criada para transformar o dejeto das galinhas poedeiras em fertilizante orgânico. O projeto visa ampliar a estação de produção e de automação para produção de novos produtos, com investimento estimado em R$ 24 milhões.
“Não queremos ser a maior, queremos é fazer o melhor! Dentro dessa filosofia de trabalho temos caminhado bem firmes neste ideal”, evidencia Gilson, salientando que a empresa foi certificada no nível máximo de excelência com a certificação Brand Reputation through Compliance (BRCGS) – norma global que visa garantir a segurança dos alimentos e tem aprovação da GFSI (Global Food Safety Initiative), sendo a primeira do segmento de avicultura de postura no Brasil a obter o certificado para o processo de classificação dos ovos in natura. “É a mais rigorosa certificação em produtos alimentares que existe no mundo e reforça o excelente padrão de qualidade do nosso sistema produtivo”.
Mais informações sobre o cenário nacional de grãos você pode conferir na edição digital do Anuário do Agronegócio Brasileiro.

Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

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Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

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Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




