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Produção de trigo no Brasil deve ser 22,8% menor na safra 2023/24

Esse cenário é resultado especialmente da menor produtividade, que está estimada em 2,35 toneladas/hectare, redução de significativos 31,3% em relação à de 2022 (3,42 t/ha).

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Foto: José Fernando Ogura

No início de 2023, a disponibilidade doméstica de trigo estava elevada, devido à produção recorde em 2022 (segundo a Conab, foram colhidas no Brasil 10,55 milhões de toneladas do cereal). A oferta nacional compensou a queda na disponibilidade de trigo argentino, importante fornecedor externo do cereal ao Brasil. No mercado externo, a produção também cresceu.

Diante desse cenário, levantamento do Cepea mostra que os preços domésticos do trigo praticamente atravessaram 2023 em queda – o movimento de baixa, iniciado em dezembro de 2022, se persistiu até outubro de 2023. Nesse período, também pesaram sobre os preços internos o baixo interesse na realização de negócios e a expectativa de boa safra no segundo semestre de 2023.

Fotos: Arquivo/OP Rural

O mercado passou a reagir apenas em meados de outubro, quando a colheita avançou e as menores qualidade e quantidade nesta safra foram confirmadas no Paraná e no Rio Grande do Sul, os dois mais importantes produtores do País. A queda na produção e a demanda mais ativa por parte de moinhos mantiveram em alta os preços do cereal no último bimestre de 2023.

Produção

Segundo a Conab, a produção no Brasil deverá somar 8,14 milhões de toneladas na safra 2023/24, queda de expressivos 22,8% frente ao recorde da temporada anterior.

Esse cenário é resultado especialmente da menor produtividade, que está estimada em 2,35 toneladas/hectare, redução de significativos 31,3% em relação à de 2022 (3,42 t/ha).

Já a área com trigo no Brasil avançou 12,3% frente à da temporada anterior, para 3,46 milhões de hectares.

Valores

Dados do Cepea mostram que, de 2022 para 2023, os valores médios do trigo no mercado de lotes (negociação entre empresas) caíram 28,2% no Rio Grande do Sul, 23,1% em Santa Catarina, 26,5% no Paraná e 24,3% em São Paulo. O valor pago ao produtor recuou 29,5% no ano.

Em São Paulo, a média mensal de setembro foi a menor desde outubro de 2017, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI). Em outubro, no Rio Grande do Sul, a média mensal foi a mais baixa desde novembro de 2019, em termos reais.

Já em Santa Catarina, a média mensal de outubro foi a menor desde novembro de 2018, em termos reais. No Paraná, foi a mais baixa desde outubro de 2017, em termos reais.

Balança comercial

O volume exportado de trigo em 2023 foi significativo, mas ainda ficou inferior ao de 2022 (3,21 milhões de toneladas). De acordo com a Secex, no primeiro semestre, foram embarcadas 2,09 milhões de toneladas e, no segundo semestre, apenas 304,83 mil toneladas, totalizando 2,4 milhões de toneladas no ano.

Em relação à importação, o volume total somou 4,18 milhões de toneladas, abaixo do de 2022 (de 5,72 milhões de toneladas). Ressalta-se que a balança comercial do trigo foi superavitária de janeiro a março de 2023.

Derivados

Os preços médios das farinhas e farelos de trigo recuaram em 2023 acompanhando a desvalorização da matéria-prima e o baixo interesse de compra. As variações mais representativas ocorreram nos farelos, que, de 2022 para 2023, se desvalorizaram 24,6% no caso do granel e 18% para o ensacado.

Internacional

Agentes estiveram monitorando os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia, que se acirrou após o fim do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro em julho.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reduziu a estimativa de safra de trigo no país para 14,7 milhões de toneladas. Apesar disso, a produção ainda será superior à da temporada 2022/23, quando foram colhidas 12,2 milhões de toneladas. Os preços FOB no porto de Buenos Aires caíram 18,7% no ano.

Em termos mundiais, dados do USDA estimam produção de 783 milhões de toneladas em 2023/24, baixa de 0,8% frente à safra anterior. O consumo mundial está previsto em 794,65 milhões de toneladas em 2023/24, elevação de 0,3% em relação a 2022/23 e acima da produção global.

Os preços nas bolsas norte-americanas encerraram 2023 em baixa. De 2022 para 2023, o primeiro vencimento do trigo Soft Red Winter negociado na CME Group caiu 28,6%. Na Bolsa de Kansas, os futuros do trigo Hard Winter recuaram 19,9%.

Fonte: Assessoria Cepea

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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