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Produção de safrinha deve ser 4% menor no Paraná

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Secretaria da Agricultura e do Abastecimento divulgou segunda-feira (22) a primeira previsão de produção para as culturas da segunda safra, que começam a ser plantadas em janeiro. Conforme a pesquisa mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), feita em dezembro, haverá redução de 4% na produção da safrinha, que cai de um volume total de 11,04 milhões produzidos no ano passado para uma expectativa de colheita de 10,55 milhões de toneladas esse ano. Com a incorporação da safrinha, a previsão da produção total de grãos no Paraná para o ano agrícola 2014/15 avança de um total de 22,15 milhões (da safra de verão), para 32,7 milhões de toneladas de grãos com a incorporação da previsão da safrinha. 
Milho
A queda na produção ocorre em função de uma ligeira redução na área plantada e de produtividade com milho safrinha, que cai de 1,89 milhão de hectares plantados no ano passado para 1,87 milhão de hectares que podem ser plantados esse ano. Se essa previsão de área se confirmar, a estimativa de produção também cai, passando de 10,4 milhões de toneladas colhidas no ano passado para 9,9 milhões de toneladas que podem ser colhidas esse ano. “A redução de área plantada pode ser explicada pelo atraso no plantio da soja durante a safra de verão, principalmente na região Norte do Estado”, explicou o diretor do Deral em exercício, Carlos Hugo Godinho. “Isso porque a colheita da soja também pode atrasar e o produtor perde a ‘janela’ ideal de plantio do milho safrinha, conforme recomenda o zoneamento agrícola para a cultura”, disse ele. 
Nas demais regiões, a situação é normal, o que leva a crer que a tendência para o plantio de milho safrinha só será confirmada com o início da colheita da soja da safra 14/15. Segundo Godinho, o produtor, principalmente da região Norte, pode ainda optar em pelo plantio do milho safrinha em função da melhora no preço, que aumentou 15% esse ano – de R$ 18,60 para R$ 21,40 a saca esse ano. “Entre plantar o milho safrinha ou o trigo, no inverno, o produtor paranaense opta pelo milho porque o grão tem mais liquidez no mercado”, explica o técnico. 
Mais grãos
Para o feijão da segunda safra, o Deral prevê uma redução de 18% na área plantada em função do preço do grão, que está desestimulando o produtor. A área ocupada com a cultura nesse período deve cair de 272.671 hectares plantados no ano passado para 223.365 hectares. 
Com perspectivas de preços melhores, o plantio da soja segunda safra deve crescer 1% – passando de 109.310 hectares plantados no ano passado para 110.690 hectares plantados esse ano. A previsão de produção aumenta 11%, passando de 196.628 toneladas colhidas no ano passado para uma estimativa de produção de 218.284 toneladas esse ano. 
A safra de grãos de verão 2014/15 vem se desenvolvendo bem, com a recuperação da regularidade do clima. O período de plantio foi prejudicado pela seca ocorrida em outubro, mas depois as chuvas voltaram e a normalidade na condução das lavouras, também. Se houver prejuízos em relação à produtividade, só serão conhecidos quando começar a colheita em meados de fevereiro. 
Por enquanto, a previsão de produção aponta para uma safra de 22,15 milhões de toneladas de grãos de verão, que corresponde a um aumento de 8% sobre a safra anterior que totalizou 20,5 milhões de toneladas de grãos. 
Neste ano, o plantio da safra de grãos de verão foi marcado pelo avanço da soja que está ocupando 87% de toda a área ocupada com grãos. Segundo o economista Marcelo Garrido, chefe da Conjuntura Agropecuária do Deral, de um total de 5,8 milhões de hectares ocupados com a produção de grãos no verão no Paraná, 5,06 milhões de hectares foram ocupados com o plantio de soja. 
A previsão de produção pode atingir um volume de 17 milhões de toneladas, se não houver prejuízos com o clima. Garrido explica que o avanço da soja no Paraná está ocorrendo por um conjunto de fatores, como a demanda chinesa aquecida que tornam as cotações do grão ainda atraentes, e a valorização do dólar, que acelera e valoriza as compras de grãos no Brasil. 
Em dezembro a cotação da soja fechou em R$ 58,27 a saca, ligeiramente inferior à cotação de junho, quando o grão foi comercializado a R$ 60,00 a saca. Mas a elevação do câmbio está compensando essa ligeira queda, explicou o técnico.

Fonte: AENotícias

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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