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Produção de ração cresce 1,84% no Brasil em 2023 e supera 83 milhões de toneladas métricas

Líder na América Latina e terceiro colocado no ranking mundial, País se destacou positivamente na 13ª edição anual da pesquisa Alltech Agri-Food Outlook, enquanto a produção global estabilizou

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Divulgação Alltech

O Brasil fechou 2023 com crescimento de 1,84% na produção de ração animal, que atingiu 83,32 milhões de toneladas métricas (MMT), de acordo com o levantamento Perspectivas do Setor Agroalimentar 2024 (Alltech Agri-Food Outlook 2024),,divulgado hoje (29) no Brasil pela Alltech. Com acréscimo de 1,51 MMT em relação ao resultado de 2022, o Brasil liderou o aumento da produção na América Latina e segue em terceiro lugar no ranking mundial. Já a produção global de ração ficou estável em 1,29 bilhão de toneladas métricas (BMT), uma ligeira queda de 140 mil toneladas métricas (MT) (-0,01%) em relação às estimativas de 2022. A 13ª edição da pesquisa anual incluiu dados de 142 países e mais de 27 mil fábricas de ração.

O incremento na produção brasileira de ração no último ano foi impactado por altas em: animais de estimação/pets (6,18%), frangos de corte (3%), aquicultura (2,55%), suínos (2,53%), aves de postura (0,99%) e equinos (0,78%). Conforme a pesquisa da Alltech, o desafio sanitário global da influenza aviária tem influenciado a produção brasileira de frangos de corte de forma positiva, por meio do crescimento das exportações. Além disso, o setor de aves de postura registrou taxas excepcionalmente elevadas de exportação de ovos, compensando as perdas de produção globais causadas pela gripe aviária. O levantamento aponta ainda que a produção de ração para bovinos de corte deve crescer no Brasil em 2024, com a expectativa dos produtores de que os preços da carne bovina subam no segundo semestre.

Segundo o relatório, uma desaceleração na produção geral de proteína animal, em resposta às margens apertadas experimentadas por muitas empresas de ração e produtos de origem animal, contribuiu para uma menor demanda global por ração. Além disso, a mudança nos padrões de consumo causada pela inflação e tendências alimentares, custos de produção mais altos e tensões geopolíticas também influenciaram a produção mundial de ração em 2023.

Top 10

De acordo com a pesquisa da Alltech, os dez principais países produtores de ração são: China (262,71 MMT, +0,76%), EUA (238,09 MMT, -1,13%), Brasil (83,32 MMT, +1,84%), Índia (52,83 MMT, +13,43%), México (40,42 MMT, +0,02%), Espanha (36,22 MMT, -3,28%), Rússia (35,46 MMT, +3,83%), Vietnã (24,15 MMT, -9,63%), Japão (23,94 MMT, -1,15%) e Turquia (23,37 MMT, -11,48%). Juntos, esses dez países responderam por 63,1% da produção mundial de ração (igual a 2022). Quase metade da produção mundial de ração está concentrada em quatro países: China, EUA, Brasil e Índia.

Resultados e perspectivas por espécies: 

  • O setor avícola experimentou um aumento na produção de ração para frangos de corte (386,33 MMT, +12,81 MMT, +3,43%), que agora representa 29,8% da produção total de ração no mundo, e permaneceu estável para aves de postura (171,293 MMT, +0,001 MMT, 0%).
    • O setor está preparado para manter sua trajetória de crescimento constante, impulsionado por uma mistura de sucessos regionais e dinâmica do mercado global. A previsão para a avicultura de corte permanece otimista graças aos menores custos de insumos, ao aumento das margens industriais e à mudança de comportamento do consumidor. Para a avicultura de postura, os desafios persistem, mas há áreas que demonstram resiliência e crescimento.
  • O setor global de produção de ração para suínos enfrentou muitos desafios em 2023, o que levou a uma queda de 1,26% na produção de ração para a espécie (323,04 MMT, -4,14 MMT).
    • A América Latina se destacou como a única região que alcançou um aumento na produção de ração para suinocultura em 2023, enquanto Europa, Ásia-Pacífico e América do Norte – que, tradicionalmente, são as principais regiões produtoras de ração para o setor do mundo – enfrentaram desafios.
    • As tendências destacam a complexa relação entre fatores econômicos, dinâmica de oferta e manejo sanitário na indústria global de ração para suínos. Enfrentar esses desafios será crucial para alcançar uma produção sustentável e garantir a segurança do alimento.
  • A tonelagem de ração para bovinos de leite diminuiu 1,12% (127,92 MMT, -1,45 MMT), principalmente devido ao alto custo da ração combinado com os baixos preços do leite, o que levou os produtores a fazerem ajustes estratégicos, como reduzir o número de vacas e/ou depender mais de fontes de ração não comerciais.
    • A Ásia-Pacífico conseguiu contrariar a tendência de queda e emergiu como a única região que aumentou sua produção de ração para bovinos de leite em 2023. Esse crescimento foi impulsionado por um aumento contínuo no consumo de produtos lácteos, bem como uma expansão da produção de ração nas cooperativas.
    • Custos mais baixos de ração e preços mais altos do leite ajudariam a recuperar o segmento.
  • A produção de ração para bovinos de corte diminuiu 3,78% (119,56 MMT, -4,70 MMT) globalmente – a queda mais significativa entre todos os setores de espécies no ano passado. As mudanças no ciclo pecuário nos Estados Unidos e políticas de sustentabilidade mais rígidas na Europa tiveram grande impacto, com o setor de pecuária de corte da Ásia-Pacífico superando notavelmente o da Europa em 2023.
    • Embora as indústrias de bovinos de corte europeia e norte-americana devam continuar em declínio em 2024, espera-se crescimento na China, Brasil e Austrália.
  • O setor aquícola teve queda de 4,41% (52,09 MMT, -2,40 MMT).
    • Este declínio foi impulsionado em parte por uma queda significativa na oferta de ração para aquicultura da China devido aos preços mais baixos do pescado.
    • A América Latina cresceu 0,27 MMT (3,87%). Apesar das condições climáticas adversas, a demanda por peixes e frutos do mar ainda é forte na região. 
  • A indústria global de ração para animais de estimação continua a crescer, embora a um ritmo mais lento, de 2,66% (35,44 MMT, +0,92 MMT) em 2023. A demanda por produtos e serviços de alta qualidade para animais de estimação continua elevada por parte dos tutores de pets que querem apenas o melhor para seus fiéis companheiros.
    • Os mercados da América Latina e da Europa foram os principais impulsionadores desse crescimento.
  • A indústria de ração para equinos experimentou queda de 4,69% (7,98 MMT, -0,39 MMT) em 2023.
    • Os principais desafios no setor equestre incluem os altos preços da mão de obra e dos materiais.
    • Espera-se que a ração para equinos diminua tanto em preço quanto em volume durante o próximo ano.

 Resultados regionais de destaque: 

  • A América do Norte viu uma queda de 2,8 MMT (259,26 MMT, -1,1%), com a produção de ração para bovinos de corte caindo significativamente. Os setores de suínos e de bovinos de leite também caíram ligeiramente, mas os setores de frangos de corte, aves de postura e animais de estimação mais do que compensaram a diferença. A tonelagem de ração no setor de frangos de corte subiu quase 2,9%.
  • A América Latina experimentou um crescimento em 2023 de 2,46 MMT (200,67 MMT, +1,24%). Apesar dos altos custos de produção, das tensões geopolíticas e da mudança de comportamento do consumidor devido a razões econômicas, a região continua entre os líderes globais de crescimento, principalmente devido aos seus mercados de aquicultura, aves e suínos impulsionados pela exportação. 
  • A Europa manteve sua tendência de queda na produção de ração, com uma redução de 7,59 MMT (261,89 MMT, -2,82%) devido a questões que incluíram a invasão na Ucrânia e a disseminação de doenças nos animais de produção, como a peste suína africana (PSA) e a influenza aviária (IA). 
  • A Ásia-Pacífico liderou o crescimento da produção de ração em 2023, com um aumento de 6,54 MMT (475,33 MMT, +1,4%). O crescimento da produção de ração para ruminantes da região compensou um revés no setor de aquicultura. A região abriga vários dos dez principais países produtores de ração, incluindo China, Índia, Vietnã e Japão.
  • A África experimentou um crescimento contínuo, mas mais lento, com um aumento de 1,94%, correspondente a quase 1 MMT, para um total de 51,42 MMT. 
  • O Oriente Médio teve uma leve queda de 0,12 MMT (35,93 MMT, -0,32%).
  • A Oceania cresceu 3,71% ou 0,39 MMT para totalizar 10,78 MMT.

A Alltech trabalha em conjunto com fábricas de ração e entidades industriais e governamentais em todo o mundo para compilar dados e insights a fim de fornecer uma avaliação da produção de ração a cada ano. A produção e os preços das rações foram coletados pela equipe global de vendas da Alltech e em parceria com associações locais de ração no primeiro trimestre de 2024. Estes números são estimativas e destinam-se a servir como um recurso de informação para as partes interessadas do setor.

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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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Empresas

Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

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Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor

Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal 

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Divulgação Hercules Energia em Movimento

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.

Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.

Manutenção e ventilação: aliados da produtividade

A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.

Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.

Motor Air Over ventilação – Divulgação Hercules

Alta nas temperaturas exige preparação antecipada

De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.

Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

Fonte: Ass. de Imprensa
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