Avicultura
Produção de ovos cresce 65,7% na última década em Goiás
Com VBP estimado em R$ 1,6 bilhão para 2025, a avicultura de postura está presente nos 246 municípios do estado, fortalece o campo, gera renda e amplia a presença goiana no mercado internacional.

A avicultura de postura em Goiás segue em ritmo de expansão, fortalecendo a cadeia produtiva e contribuindo para a segurança alimentar. O setor se destaca pela produção e consumo crescente, além de ascensão estratégica no mercado interno e internacional. Na série histórica dos últimos 10 anos, a produção de ovos cresceu 65,7%, saltando de 152,3 milhões de dúzias em 2015 para 252,2 milhões de dúzias produzidas em 2024.

Foto: Rodrigo Fêlix Leal
O Valor Bruto de Produção (VBP) avançou 49,2% em comparação a 2020. Segundo o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a estimativa é que, em 2025, alcance R$1,6 bilhão. A atividade está presente em todos os 246 municípios goianos, com destaque para Inhumas, maior produtor e Cristalina, município que mais cresceu na avicultura de postura em 2024 em comparação ao ano anterior.
No mercado externo, Goiás exportou 902,9 toneladas de ovos férteis em 2024, totalizando US$ 4,5 milhões, ocupando a quarta posição no ranking nacional das exportações. De janeiro a agosto de 2025, essa categoria representou 45,3% do faturamento do setor.
Dinâmicas de produção
O produto também se destaca pela versatilidade industrial, sendo usado in natura, em ovo líquido ou em pó, na indústria de vacinas e suplementos proteicos, agregando valor e fortalecendo a cadeia produtiva. Os sistemas de criação de galinhas poedeiras vêm evoluindo para atender ao bem-estar animal e às demandas do mercado, com destaque para gaiolas mobiliadas, cage-free, caipira e orgânico. Apesar dos custos mais altos, esses modelos geram ovos de alto valor agregado.

Foto: Shutterstock
Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo Rezende, o crescimento da produção de ovos no estado não apenas garante alimento de qualidade para a população, como também promove desenvolvimento local e oportunidades de renda para os produtores. “Isso fortalece a rotina do produtor, permitindo que ele atenda à demanda crescente do mercado interno e amplie sua participação no comércio exterior. A avicultura, de forma geral, é um mercado em expansão em Goiás e políticas públicas como o FCO Rural, que aprovou mais de R$ 260 milhões em cartas-consulta para a atividade nos últimos seis anos contribuem para valorizar os produtores em todo o estado”, afirma o titular.
Panorama goiano
As informações completas desse segmento e das principais cadeias agropecuárias do estado, estão reunidas na 73ª edição do Agro em Dados, informativo mensal da Seapa. Todas as publicações estão disponíveis para consulta clicando aqui.

Avicultura
APA abre seleção para médicos veterinários no Programa Estadual de Sanidade Avícola
Processo busca profissionais com experiência comprovada em avicultura. Inscrições vão até 12 de dezembro.

A Associação Paulista de Avicultura (APA) anuncia a abertura do processo seletivo para médicos-veterinários que integrarão o Programa Estadual de Sanidade Avícola, executado com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio de Termo de Colaboração vigente entre as instituições. A iniciativa tem como objetivo fortalecer as ações de vigilância sanitária no estado e ampliar o suporte técnico às regionais.
O processo busca profissionais com notório conhecimento em avicultura, disponibilidade para viagens, possibilidade de mudança de endereço e experiência comprovada no setor. Os candidatos passarão por análise curricular e entrevista de avaliação.
De acordo com o diretor técnico da APA, José Roberto Bottura, a seleção representa um movimento estratégico de reforço institucional. “O Programa Estadual de Sanidade Avícola é fundamental para garantir que São Paulo mantenha seu padrão elevado de biosseguridade e resposta rápida frente aos desafios sanitários da cadeia produtiva. A contratação de profissionais qualificados é essencial para sustentar a vigilância ativa e fortalecer a defesa sanitária em todas as regiões do estado”, afirma Bottura.
Requisitos e envio de currículo
Os interessados devem enviar Curriculum Vitae para o e-mail josiane.meira.apa@gmail.com até 12/12/2025.
O currículo deve obrigatoriamente conter:
• Nome completo e endereço;
• Estado civil;
• Ano de graduação;
• Instituição onde concluiu a graduação;
• Cursos de especialização;
• Experiência profissional comprovada em avicultura.
Encerrado o prazo, a APA realizará análise curricular seguida de contato com os candidatos selecionados para entrevista.
A iniciativa reforça o compromisso da Associação Paulista de Avicultura com a qualificação técnica, a segurança sanitária e o desenvolvimento sustentável da avicultura paulista, setor que segue como referência nacional em produtividade e conformidade sanitária.
Avicultura
Submissão de trabalhos científicos ao 23º Congresso APA de Ovos entra na reta final
Pesquisadores e profissionais têm até 15 de dezembro para enviar estudos. Evento será realizado de 09 a 12 de março de 2026, em Limeira (SP).

A Associação Paulista de Avicultura (APA) reforça que está aberto o período de submissão de trabalhos científicos para o 23º Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos, considerado o principal encontro técnico da avicultura de postura no Brasil. O prazo final para envio é 15 de dezembro de 2025, exclusivamente pelo site oficial.
A edição de 2026 acontece de 09 a 12 de março, no Zarzuela Eventos, em Limeira (SP), e conta com apoio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP).

Professora e coordenadora dos Trabalhos Científicos, Sarah Sgavioli: “A submissão segue até 15 de dezembro” – Foto: Divulgação/APA
De acordo com a professora e coordenadora dos Trabalhos Científicos, Sarah Sgavioli, a chamada contempla temas que representam o eixo central da produção de ovos: manejo, nutrição, sanidade e outras áreas. “A submissão segue até 15 de dezembro. Nesta edição, serão selecionados 80 trabalhos, que serão publicados nos anais do congresso e apresentados em formato de pôster. Cada trabalho aprovado garante inscrição gratuita ao autor principal e a possibilidade de concorrer ao prêmio de melhor trabalho por área, no valor de um salário-mínimo”, destaca.
A avaliação será conduzida por uma comissão especializada, com foco em rigor técnico, relevância para o setor e aderência às normas do congresso. “Reconhecer a produção acadêmica é parte essencial do nosso papel como entidade técnica. Incentivar, avaliar e dar visibilidade a esses estudos fortalece toda a avicultura de postura”, complementa.
Avicultura
Paraná intensifica fiscalização e reforça biosseguridade em granjas avícolas do Sudoeste
Ação da Adapar vistoria estruturas, rotinas e protocolos sanitários para prevenir doenças de alto impacto e manter a credibilidade da cadeia produtiva de aves no Estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), por meio da Divisão de Sanidade Avícola (Disav) e do Escritório Regional de Dois Vizinhos, na região Sudoeste, promoveu entre os dias 24 e 28 de novembro, uma força-tarefa de fiscalização da biosseguridade em granjas avícolas da região. A iniciativa reforça o compromisso do Estado com a proteção sanitária do plantel paranaense e com a manutenção dos padrões da cadeia produtiva de aves, reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e segurança.

Fotos: Adapar
O objetivo a ação é a verificação rigorosa de práticas essenciais para a prevenção de enfermidades de grande impacto sanitário e econômico, como a Influenza Aviária e a Doença de Newcastle. Durante as fiscalizações, equipes técnicas da Adapar aplicam um checklist estruturado de biosseguridade, avaliando aspectos como o controle de acesso às propriedades, limpeza e desinfecção das instalações, manejo sanitário, uso adequado de equipamentos, barreiras de contenção e monitoramento dos plantéis.
Participam diretamente da operação 10 servidores. A atividade abrange estabelecimentos avícolas comerciais registrados na Adapar e localizados na área de atuação do Escritório Regional de Dois Vizinhos. O trabalho é conduzido de forma coordenada, padronizada, preza pela eficiência e pelo detalhamento no levantamento das condições estruturais, operacionais e sanitárias das granjas vistoriadas.
Parceria
A força-tarefa foi organizada com o setor produtivo. Em reuniões prévias com empresas integradoras e representantes da cadeia avícola regional, a Adapar apresentou os objetivos da ação e alinhou procedimentos para facilitar o processo de fiscalização.
Como resultado, os produtores puderam revisar previamente suas estruturas e rotinas, garantindo que as equipes fossem recebidas em melhores condições de avaliação. Esse diálogo facilita o cumprimento das exigências legais e reforça a cooperação entre a iniciativa privada e o serviço oficial de defesa agropecuária.
Histórico
As forças-tarefas promovidas pela Disav integram o conjunto de atividades permanentes da Adapar no âmbito da defesa sanitária animal. No Paraná, todas as granjas registradas devem cumprir os requisitos de biosseguridade previstos na Portaria Adapar nº 242/2022 e na Instrução Normativa MAPA nº 56/2007, normas que estabelecem padrões técnicos indispensáveis para garantir a sanidade dos plantéis, prevenir a entrada de agentes patogênicos e assegurar a conformidade dos estabelecimentos junto ao serviço oficial.
Desde o alerta nacional para a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em 2023, o Estado intensificou as ações de vigilância ativa e ampliou a periodicidade das fiscalizações, com foco na prevenção de riscos que possam comprometer a produção avícola. Esse trabalho contínuo contribui diretamente para a manutenção da saúde animal, a proteção econômica do setor e a credibilidade do Paraná como um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do país.



