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Produção de etanol de milho avança no país como opção sustentável e de valor agregado

Uso do produto é considerado primordial para que se alcancem as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa com as quais o Brasil se comprometeu em acordos internacionais.

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Fotos: Guilherme Montimon/Mapa

O etanol como combustível para automóveis é uma alternativa sustentável à mobilidade urbana, sendo uma resposta mais rápida e eficaz ao processo de descarbonização. O uso do produto é considerado primordial para que se alcancem as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa com as quais o Brasil se comprometeu em acordos internacionais.

Para a safra 2021/2022, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma produção de 29,2 bilhões de litros de etanol. No Brasil, o biocombustível, além de utilizar a cana-de-açúcar como matéria-prima, avança no uso do milho. São 3,36 bilhões de litros de etanol de milho estimados pela Conab para a temporada, aumento de 29,7% em relação ao período anterior, demonstrando o interesse das usinas em utilizar a matéria-prima, abundante no país, principalmente na região Centro-Oeste.

E a tendência é de um aumento ainda maior nos próximos anos. Nesta quinta-feira (28), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, esteve em Sorriso (MT)  participando da inauguração da expansão da Usina de Etanol de Milho FS Unidade Sorriso. Agora, a capacidade de produção da planta passará de 530 milhões de litros para 880 milhões de litros de etanol de milho por ano.

A indústria é a maior produtora de etanol do Brasil que utiliza 100% do milho na fabricação de seus produtos, somando ao etanol 212 mil toneladas de farelo de milho; 28 mil toneladas de óleo de milho e 190 mil MWh por ano de cogeração de energia.

Na avaliação de Tereza Cristina, esse modelo agrega valor para os produtos agropecuários. “O milho, que antes era um produto de baixíssimo valor, hoje tem um mercado firme não só para alimentação mas também para a produção desse combustível limpo que é tão importante hoje para essa pauta de sustentabilidade. Esse é um exemplo das boas coisas que o Brasil vem fazendo na agricultura”, disse a ministra.

Apesar de representar ainda 8% da produção total desse biocombustível, o etanol de milho “veio para ficar”, na visão de Tereza Cristina. “A complementariedade do etanol de milho é excelente para a agropecuária brasileira, porque produz o etanol, o DDG para uso em confinamento bovino e a biomassa para geração de energia”.

Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), entidade que representa 90% da produção do biocombustível no Brasil, a produção deve alcançar, em 2030, 9,65 bilhões de litros. O avanço significaria 185% a mais do que será produzido nesta safra. A previsão é feita com base em anúncios de investimentos em novas plantas de etanol de milho ou de expansão das já existentes como é o caso da indústria de Sorriso.

Valor agregado

O crescimento previsto na produção de etanol de milho para esta safra é de 29,7% sobre os 2,59 bilhões de litros produzidos na temporada anterior, 2020/2021. Em 2020, quando o país registrou a maior produção de etanol da história, a participação do etanol à base de milho mais que dobrou, saindo de 791,4 milhões de litros em 2018/19 para 1,61 bilhão de litros na temporada 2019/2020.

Daí para frente, o número registra avanço contínuo e vai ao encontro do interesse de grupos já consolidados na produção de etanol combustível que veem como principal vantagem na produção de etanol de milho o baixo investimento, uma vez que não há a necessidade de cultivar a matéria-prima como na lavoura da cana-de-açúcar. Ou seja, essa indústria apenas adquire a matéria-prima, no caso o milho, não se preocupando com a parte produtiva. É o que explica o coordenador-Geral de Açúcar e Agroenergia do Mapa, Cid Caldas.

“Nos últimos anos, grandes grupos realizaram investimentos pesados ao perceber a oportunidade de uso de uma matéria-prima que se encontrava em abundância no Centro-Oeste, principalmente em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e cujo custo de escoamento se apresenta muito elevado. Com a produção de etanol de milho, há a agregação de valor em todo o processo desta indústria”, destacou.

Essa é outra vantagem identificada pela indústria de etanol de milho. Os resíduos decorrentes do processo de esmagamento do milho, conhecidos como DDG ou WDG, também são aproveitados pelo próprio agronegócio para a nutrição dos animais, assim como o óleo de milho.

O DDG é o grão de milho seco por destilação que resulta em um farelo com alto teor de proteína (26% a 30%). Esse subproduto do etanol de milho é utilizado, há anos, por pecuaristas em países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Com a expansão do mercado do etanol de milho no Brasil, o DDG começa a ser ofertado também no mercado nacional com importante relevância para a nutrição do gado de corte.

A previsão é que a produção de DDG no Brasil ultrapasse 2 milhões de toneladas em 2021/22, valor 60% maior que as 1,3 milhão toneladas produzidas na safra anterior, de acordo com a Unem. A entidade também projeta alcançar 6 milhões de toneladas do farelo proteico até 2029.

Safra 2021/2022

A ministra Tereza Cristina também participou hoje da cerimônia do lançamento oficial da safra 21/22, em Sorriso (MT). Reconhecida como capital do agronegócio, Sorriso soma uma área produtiva de 600 mil hectares no meio-norte do estado de Mato Grosso.

A produção local se destaca pelas commodities como soja, milho e algodão, com estimativa de 2,1 milhões de toneladas, 3,5 milhões de toneladas e 167 mil toneladas, respectivamente, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), para a safra 2020/2021. O Mato Grosso é o maior produtor de soja do país, com cerca de 35 milhões de toneladas por safra.

A ministra agradeceu e parabenizou os produtores rurais pelo trabalho incessante no campo para produzir, abastecer e exportar. “O Brasil é o único país do mundo que tem duas safras tão importantes, a de verão e a de inverno, fazendo em uma mesma área uma agricultura de dar inveja a muitos países”.

Fonte: Mapa

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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