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Produção, consumo e exportação devem aumentar, aponta ABPA

Avaliação é do presidente da entidade, Ricardo Santin

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Arquivo/OP Rural

Em 2020, a competitividade da carne de frango bateu recorde, e, para 2021, a expectativa é de que a diferença entre os preços da proteína avícola e os das carcaças bovina e suína continue elevada. Segundo o Cepea, a retomada do crescimento econômico tende a ocorrer de forma gradual, e, com isso, o poder de compra dos consumidores deve continuar enfraquecido, o que, por sua vez, pode favorecer as vendas de carne de origem avícola, que é negociada a valores mais baixos que os das concorrentes.

Segundo dados do Boletim Focus, publicados no dia 31 de dezembro, a economia brasileira deve crescer 3,4% em 2021. Contudo, fatores como taxa de desemprego ainda bastante elevada e o fim dos repasses emergenciais do governo federal podem limitar a massa de renda familiar, especialmente nas regiões que concentram os maiores índices de pobreza. Cenário que, portanto, pode favorecer as vendas de carne de frango.

De acordo com projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2021, a produção nacional de carne de frango deverá crescer cerca de 5,5% frente ao previsto para 2020, atingindo 14,5 milhões de toneladas. O consumo per capita está previsto em 47 quilos, 4,4% a mais do que o estimado em 2020, de 45 quilos. Já as exportações deverão chegar a 4,35 milhões de toneladas, superando em até 3,6% o total exportado pelo Brasil em 2020.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em 2021 o comportamento do setor será ditado pelas altas nos custos, que podem influenciar no volume total produzido ao longo do ano; pelas oscilações cambiais, que podem ter efeito sobre os preços do setor; a manutenção da demanda chinesa por proteína animal, um quadro esperado pelos próximos três a quatro anos; e pela retomada econômica do Brasil, que deve influenciar não apenas os níveis de consumo, como também o perfil de consumo, com incremento das vendas para food service.

“Há, ainda, expectativa de retomada por importadores relevantes, como é o caso das Filipinas. Também é esperada a renovação da cota de importação pelo México no próximo ano. O efeito “Olimpíadas” também deve favorecer as vendas para o Japão, país que é presença constante entre os três principais destinos de carne de frango”, comenta.

Além disso, para este ano, Santin conta que há expectativa de abrir o mercado mexicano para carne suína. Também é esperada abertura de suínos para a União Europeia, destrava tarifária de aves e suínos para o mercado da Índia, abertura de Taiwan para aves, conclusão de painel da Indonésia e abertura do mercado nigeriano para frangos.

Quanto às vendas externas, segundo o Cepea, apesar do empenho da China (maior comprador da carne brasileira) em aumentar a produção interna de frango, em 2021, as exportações brasileiras para esse destino devem continuar crescentes.

Além disso, espera-se que outros países também elevem as aquisições, como é o caso do Japão, terceiro maior parceiro comercial do Brasil nesse segmento, que irá sediar os Jogos Olímpicos em 2021 – caso maiores agravamentos sanitários provocados pela pandemia covid-19 não resultem em novo cancelamento do evento. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam crescimento das exportações brasileiras de 2,1% frente a 2020.

Como se comportou a proteína em 2020

Em 2020, a redução do poder de compra da população, devido aos impactos econômicos da pandemia de covid-19, favoreceu as vendas da carne de frango em detrimento das principais substitutas, a bovina e a suína. Além disso, agentes do setor da avicultura de corte indicam que o auxílio emergencial do governo federal também contribuiu para impulsionar as vendas de carne avícola. Com isso, as diferenças entre os preços do frango inteiro e os das carcaças bovina e suína atingiram recordes em 2020, segundo apontam dados do Cepea.

A dificuldade de escoar a produção no mercado nacional – principalmente por conta da diminuição e/ou suspensão da demanda de escolas e serviços de alimentação, como hotéis e restaurantes – pressionou os valores de todo o setor. Com a produção, tanto de aves quanto de carne, acima da demanda, os ajustes negativos nos preços de comercialização ocorreram com a finalidade de aumentar a liquidez interna.

Além da menor procura, a oferta de carne também aumentou. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção brasileira de frango nos nove primeiros meses do ano cresceu 2,5% frente ao mesmo período de 2019, o que reforçou a pressão sobre as cotações do setor.

De acordo com Santin, a covid-19 foi e tem sido ainda o maior desafio. “Os esforços setoriais foram imensos, e se deram muito antes do início da crise em nosso território. Logo no início do ano, as indústrias em todo o país já realizavam afastamento de grupos de risco, distanciamento e outras medidas que foram se aprimorando com o tempo, com base nos protocolos setoriais que desenvolvemos conjuntamente. Três empresas do setor, por exemplo, informaram investimentos superiores a R$ 400 milhões para a proteção dos colaboradores e preservação do abastecimento”, comenta.

Ele explica que a economia foi severamente impactada, com custos históricos, elevações especulativas sobre o preço do milho e da soja em patamares sem precedentes e houve perdas de postos de trabalho em diversos setores, com perdas também na renda média do trabalhador e em sua capacidade de compra. “Em nosso setor produtivo, entretanto, vimos um quadro mais positivo. Ao mesmo tempo em que contribuímos para o abastecimento de alimentos, geramos empregos (cerca de 20 mil postos de trabalho apenas no segundo semestre) e renda, divisas e contribuímos para a diminuição dos impactos econômicos da pandemia no Brasil”, afirma.

Para ele, neste contexto, foram determinantes as ações de governo para a manutenção da renda por meio de programas de auxílio à população mais afetada, assim como o apoio à manutenção das atividades essenciais, como a indústria de alimentos. “Como resultados do enfrentamento deste grave quadro de crise, avançamos no amadurecimento de estratégias ainda mais sólidas de garantia de qualidade e de abastecimento, de preservação da saúde dos trabalhadores e de fomento ao crescimento da produção de proteína animal no país”, diz.

Santin comenta que foi possível perceber também algumas migrações e substituições de proteínas por conta de dificuldades financeiras que podem se tornar hábitos alimentares, consolidando mais ainda o consumo de proteínas como aves, suínos e ovos.

Mercado externo

De acordo com o Cepea, em 2020 as exportações cresceram, ajudando a enxugar a sobreoferta da carne no mercado doméstico. Apesar de os embarques de carne de frango não terem alcançado um protagonismo tão grande quanto os de carne bovina e suína, que atingiram recordes, as exportações da proteína avícola in natura aumentaram 1,1% entre janeiro e dezembro de 2020 frente ao ano anterior, segundo dados da Secex.

Com o passar dos meses e a retomada das atividades econômicas, além do auxílio emergencial, que estimulou o consumo, os preços da carne de frango reagiram no mercado interno. O produto, porém, se valorizou menos do que as principais carnes concorrentes, bovina e suína, resultando em aumento de competitividade. Segundo colaboradores do Cepea, o menor poder de compra da população brasileira diante da crise gerada pela pandemia de covid-19 levou demandantes a migrarem para proteínas mais baratas, como o frango.

“A crise sanitária de Peste Suína Africana que impactou o rebanho suíno da Ásia, de parte da Europa e da África seguiu impulsionando as exportações brasileiras, consolidando as nações asiáticas como principais importadoras das carnes de aves e de suínos do Brasil, e foram os principais vetores do resultado do ano nos dois setores”, sustenta Santin.

Neste sentido, explica, as vendas internacionais de carne de frango de 2020 alcançaram 4,230 milhões de toneladas, superando em 0,4% o total embarcado em 2019, com 4,214 milhões de toneladas. A receita das exportações do ano chegou a US$ 6,123 bilhões, desempenho 12,5% menor em relação aos 12 meses de 2019, com US$ 6,994 bilhões.

Poder de compra

O produtor amargou fortes prejuízos em 2020. Isso porque tanto o farelo de soja quanto o milho, importantes insumos da alimentação do setor avícola, registraram intensa escalada nos preços. Os valores do frango vivo, por sua vez, também avançaram, mas com menor intensidade. Esse contexto pressionou o poder de compra da avicultura de corte em 2020.

Na média de 2020, considerando-se o frango vivo comercializado no estado de São Paulo e o milho no mercado de lotes da região do Indicador de Campinas (SP), foi possível ao avicultor a compra de 3,76 quilos do cereal com a venda de um quilo de animal, 24,9% abaixo da quantidade observada no mesmo período de 2019. Trata-se, também, do ano mais desfavorável ao avicultor desde 2011. Frente ao farelo de soja negociado na região de Campinas, foi possível ao avicultor a aquisição de apenas 1,95 quilo do derivado com a venda de um quilo de frango, recuo de 25,5% frente ao observado em 2019 – esta foi a quantidade mais baixa já registrada na série histórica do Cepea.

Outras notícias você encontra na edição de Avicultura de janeiro/fevereiro de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Influenza aviária deixa de ser exótica no Brasil, alerta auditora fiscal do Mapa

Com o avanço dos casos em aves silvestres e de subsistência, o Brasil deixa de ser território livre da Influenza aviária, reforçando a urgência de vigilância constante e biosseguridade rigorosa em toda a cadeia avícola.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Influenza aviária de Alta Patogenicidade se tornou uma das maiores emergências sanitárias do mundo. O vírus, que já provocou a morte ou o sacrifício de mais de 630 milhões de aves ao redor do globo desde 2021, deixou um rastro de impactos sanitários, ambientais e econômicos em praticamente todos os continentes. A doença, que antes atingia principalmente aves silvestres, passou a circular com força na avicultura comercial, acelerando a disseminação e trazendo novos desafios para a saúde animal e para a segurança alimentar global. Casos crescentes em mamíferos ampliam a preocupação, reforçando a dimensão de emergência sanitária.

No Brasil, o primeiro registro ocorreu em maio de 2023, em aves silvestres no Espírito Santo. Desde então, foram identificados focos em aves de subsistência em diferentes estados, até que, em maio de 2025, surgiu o primeiro e único caso, até o momento, em um plantel comercial, rapidamente contido pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Denise de Magalhães Viégas, auditora fiscal federal agropecuária do Mapa: “Estamos diante de uma emergência global que ameaça a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Até 10 de setembro deste ano, o Brasil já havia realizado 1.256 coletas de amostras e conduzido mais de 4,7 mil investigações relacionadas à Influenza aviária. No momento, quatro investigações seguem em andamento: duas em criações domésticas, nos municípios de São Paulo de Olivença (AM) e Mirante da Serra (RO), e duas em aves silvestres, em Selvíria (MS) e Guarujá (SP). Desde a primeira detecção, foram confirmados 185 focos da doença no país, sendo um em aves comerciais e 12 em aves não comerciais, além dos registros em populações silvestres.

No Brasil, a Influenza aviária deixou de ser considerada uma doença exótica, após registros de surtos do vírus em aves residentes de diversas regiões do país. Quem chama a atenção para essa mudança é a médica-veterinária Denise de Magalhães Viégas, mestre em Medicina Veterinária e auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “O desafio, agora, é garantir vigilância contínua, medidas de biosseguridade cada vez mais robustas e resposta ágil a qualquer foco. Para isso, o Mapa reforça a necessidade de responsabilidade compartilhada entre o Serviço Veterinário Oficial e toda a cadeia avícola”, expôs a profissional durante sua participação no Avicultor Mais 2025 – Frangos, Ovos & Peixes, evento que reuniu especialistas e lideranças do setor em meados de junho, em Minas Gerais.

Para enfrentar e conter a disseminação da doença, o Brasil conta com diretrizes claras de vigilância ativa e passiva, que sustentam o Plano Nacional de Vigilância para Influenza aviária e Doença de Newcastle (DNC). O objetivo principal é fortalecer a capacidade de detecção precoce da infecção nessas duas doenças, tanto em aves domésticas quanto em aves silvestres. “Além disso, o sistema busca demonstrar a ausência de Influenza aviária e Newcastle nas populações comerciais, requisito essencial para a manutenção dos mercados internacionais, e monitorar o surgimento de novas cepas virais, com implicações diretas para a saúde animal e pública”, sustenta Denise.

O plano é estruturado em diferentes componentes de vigilância. Ele inclui a investigação de casos suspeitos de síndrome respiratória nervosa (SRN) em aves domésticas, a análise de eventos excepcionais de mortalidade em aves silvestres, a vigilância ativa na avicultura industrial e em aves de subsistência localizadas em áreas de maior risco, além do monitoramento em compartimentos oficialmente reconhecidos como livres de Influenza aviária e Newcastle.

A preparação para possíveis emergências sanitárias também é prioridade. Denise ressaltou que o trabalho do Mapa vai além da estruturação técnica e inclui ações de comunicação com o setor e com a sociedade. Campanhas de conscientização sobre biosseguridade e sobre a obrigatoriedade da notificação de casos suspeitos são ferramentas indispensáveis para ampliar a vigilância e garantir respostas rápidas. “A comunicação de riscos é parte essencial do processo. Precisamos que produtores, trabalhadores e a comunidade entendam que cada notificação é uma peça-chave na defesa sanitária do país”, afirmou.

Para a auditora fiscal, o enfrentamento da Influenza aviária só será possível com a união de esforços. “Estamos diante de uma emergência global que ameaça a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas. O vírus já está aqui e a defesa depende de vigilância ativa, biosseguridade rigorosa e, acima de tudo, da responsabilidade compartilhada entre produtores, técnicos e Serviço Veterinário Oficial”, enfatizou.

versão digital está disponível gratuitamente no site oficial de O Presente Rural. A edição impressa já circula com distribuição dirigida a leitores e parceiros em 13 estados brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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