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Produção aumenta, mas preço tem estabilidade

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Mesmo
estando em um período de alta produção, o pecuarista de leite está recebendo
mais pelo seu produto nas últimas semanas. Pode até estar além do desejável,
mas tem dado condições de lucro ao produtor. No Paraná, o Conseleite apontou
para janeiro o valor de R$ 0,75 por litro. A estimativa para fevereiro era de
que a média seria de R$ 073 por litro pago ao produtor, mas as médias apontaram
para um valor um pouco melhor. Na região Oeste, informa o presidente da
Cooperativa Agroindustrial Leite Oeste (Coopermilch), Ademir Adamczuk, litro de
leite esteve valendo entre R$ 0,75 e R$ 0,80, conforme a qualidade. “Como nesta
época do ano temos maior volume, se os preços médios forem mantidos,
conseguimos ter lucro”, diz, explicando que no verão há aumento de produção,
porém, a demanda diminui devido às férias escolares e a redução de consumo de
lácteos em geral neste período.

Conforme
levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o
preço do leite recebido pelo produtor em fevereiro (referente à produção de
janeiro) aumentou 1,35%  no Brasil em
relação ao mês anterior. A cotação média do litro em fevereiro foi de R$ 0,8219
(preço líquido). Esse valor refere-se à média ponderada pelos volumes captados
nos Estados do Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
São Paulo e Bahia. Ainda conforme o Cepea, o  preço bruto, ou seja, quando se consideram
frete e impostos, subiu para R$ 0,8941 por litro. Este valor, se comparado ao
do mesmo período do ano passado, está levemente superior (0,6%) em termos
reais, levando em conta a inflação (IPCA) do período.

O
Paraná foi o único Estado que efetivamente teve aumento de produtividade entre
janeiro e fevereiro. Conforme o Índice de Captação de Leite do Cepea
(ICAP-Leite), o volume recebido por laticínios e cooperativas de sete Estados
recuou 2,67% de dezembro para janeiro. O Paraná, no entanto, aumentou sua
produção em 6,1%, colaborando para que a media de crescimento do Sul do país
fosse positiva (0,76%).

Alimentação

Adamczuk
observa que o Conseleite/PR havia projetado baixa dos preços em fevereiro para
o Paraná. Ele explica que uma gama de fatores colaboraria para isso, mas
principalmente a redução do consumo de lácteos no verão. “O insumo continua
muito caro, então o limite de lucro do produtor é muito pequeno ou apenas
empata”, lamenta.

De
acordo com presidente da Coopermilch, a partir de março os preços tendem a
melhorar e, ao contrário das outras regiões, no Oeste do Paraná a produtividade
se mantém em bons patamares. Ele aconselha o produtor a ter cautela em seus
investimentos.  Ele menciona que a
preocupação deve ser redobrada para oferecer nutrição de qualidade e
potencializar o retorno. “Pecuarista que tem investido em alimentação de
qualidade no verão, fazendo bons silos de silagem, por exemplo, consegue manter
boa produtividade em períodos de seca, ou mesmo com geadas”, pontua.

Os
pesquisadores do Cepea explicam que a menor captação reflete as dificuldades
para o produtor manter os investimentos na atividade. Insumos importantes, como
concentrado e fertilizantes, ficaram levemente mais baratos no início deste
ano. Em compensação, conforme esperado, o custo de produção aumentou com o
reajuste do salário mínimo, que tem impacto direto nas despesas com mão de obra
e levando-se em conta que no Oeste do Paraná a mão de obra é na maioria das
vezes familiar, há de se esperar um retorno maior ao produtor.

(O Presente Rural)

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Boletim do leite de novembro

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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Cotações do trigo se estabilizam no Brasil

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

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Foto: Divulgação/Pixabay

Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.

Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.

Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

Fonte: Assessoria Cepea
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