Conectado com
VOZ DO COOP

Avicultura

Probióticos protegem aves da Salmonella

Salmonella Heidelberg (SH) é um agente de infecção alimentar em humanos cujos casos de isolamento em aves e derivados têm aumentado consideravelmente nos últimos anos, especialmente em lotes de frangos de corte e matrizes

Publicado em

em

Artigo escrito por Fabrizio Matté, coordenador técnico da Vetanco do Brasil

A Salmonella destaca-se como um dos mais importantes patógenos veiculados por alimentos. Dentre os sorotipos, a Salmonella Heidelberg (SH) é um agente de infecção alimentar em humanos cujos casos de isolamento em aves e derivados têm aumentado consideravelmente nos últimos anos, especialmente em lotes de frangos de corte e matrizes (1,2). Conhecendo a necessidade e a dificuldade de controlar a SH em plantéis avícolas, o experimento teve como objetivo avaliar a eficácia de um probiótico, que é constituído por 11 cepas de Lactobacillus, selecionados por sua capacidade de controlar enterobactérias em frangos e perus. O teste foi realizado em uma unidade experimental em Cascavel, PR, assim como as análises laboratoriais. As aves foram pintos de corte de um dia de idade da linhagem Cobb, não vacinados para S. Enteritidis (SE) e não tratados com antibiótico. O alojamento foi realizado dividindo as aves em quatro grupos, em salas separadas com cama de maravalha. A formulação da ração foi padrão inicial, sem adição de produtos antimicrobianos. Tanto a cama quanto o ambiente e a ração foram amostrados para descartar presença de Salmonella spp. Todos os grupos receberam as respectivas rações desde o primeiro dia até o final do experimento. As aves tiveram acesso livre à água. Para o desafio foi utilizada uma cepa de SH isolada de campo com uma concentração de 1x106UFC/mL que foi tornada resistente a antibióticos (ácido nalidíxico e novobiocina). Desta concentração foi inoculado via oral, 0,5 ml/ave nos grupos.

Aos 14 dias de idade, as aves foram sacrificadas para a coleta dos cecos. Estes foram submetidos individualmente a diluições seriadas e contagem em placa de ágar verde brilhante acrescido de ácido nalidíxico e novobiocina para inibir o crescimento de outras bactérias da microbiota intestinal e facilitar a contagem.

Os resultados foram submetidos à análise de variância (Anova), complementada com Teste Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro. Os resultados da contagem UFC/g de fezes cecais. Os resultados expressos em zero indicam o limite de detecção da técnica utilizada ( (<1,0 x 102 ou <100 UFC/g que pode ser considerado negativo).

Conclusão 

O probiótico demonstrou ser eficiente no controle de SH especialmente quando utilizado dentro do protocolo do Grupo 4, em que foram usadas três doses do produto, uma dose no alojamento e duas doses antes do abate, demonstrando a grande importância do uso do probiótico nos períodos neonatais (incubatório) ou no momento do alojamento dos pintinhos. Com este protocolo, 85% das amostras foram negativadas. Tomando como parâmetro de comparação o Grupo 1 (Controle Positivo), que apresentou 90% de positividade.

Mais informações você encontra na edição de aves de fevereiro/março de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Avicultura Defesa agropecuária

Prorrogado por mais 180 dias estado de emergência zoossanitária por gripe aviária

Até este momento, não há registro de circulação do vírus na criação comercial brasileira.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Mapa

Foi publicada nesta terça-feira (07) a Portaria nº 680, que prorroga por mais 180 dias a vigência do estado de emergência zoossanitária, em todo território nacional, em função da detecção da infecção pelo vírus da Influenza aviária H5N1de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.

“O Brasil é um dos quatro países do mundo que não tem gripe aviária no plantel comercial. O sistema de defesa agropecuária brasileiro é muito eficiente. Vamos manter o status de emergência para evitar uma possível crise que possa vir a acontecer”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A prorrogação acontece de forma preventiva com objetivo de manter as condições do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em adotar medidas de erradicação do foco de forma rápida e a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais.

A emergência zoossanitária foi decretada, pela primeira vez, em 22 de maio de 2023 e prorrogada, uma vez, em 07 de novembro do mesmo ano, como uma medida do Mapa para evitar que a doença, também conhecida como gripe aviária, chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

Até este momento, não há registro de circulação do vírus na criação comercial, o que mantem o Brasil com status de país livre de Influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), exportando seus produtos para consumo de forma segura.

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi registrado no dia 15 de maio de 2023, em aves silvestres. Perto de completar um ano da detecção, já foram identificados 164 focos, sendo apenas três em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Para saber mais informações sobre a gripe aviária, clique aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Avicultura

Especialista aponta desafios e novas estratégias na luta contra a Salmonella

Médico-veterinário Fernando Ferreira detalha fatores de risco a campo para controle de Salmonella spp., enfatizando a relevância da realização de estudos focados na prevenção da enfermidade.

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

Garantir a segurança alimentar e a sanidade das aves são prioridades da cadeia avícola brasileira. Durante o 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura, realizado em abril na cidade de Chapecó (SC), o médico-veterinário Fernando Ferreira, especialista em Saúde Pública e coordenador geral de Prevenção e Vigilância em Saúde Animal (CGVSA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), abordou os fatores de risco a campo para controle de Salmonella spp., enfatizando a relevância da realização de estudos focados na prevenção da enfermidade.

Médico-veterinário, especialista em Saúde Pública e coordenador da CGVSA do Ministério da Agricultura e Pecuária, Fernando Ferreira: “Só se controla o que se conhece e exatamente por isso é fundamental que ocorram investigações dedicadas com posterior aplicação de medidas de controle, que devem ser periodicamente reavaliadas” – Foto: Arquivo pessoal

Em sua palestra, Ferreira aprofundou os desafios do controle da bactéria na avicultura. Segundo ele, diversos aspectos podem contribuir para a contaminação dos lotes, desde a origem das aves até a higiene da granja: através da aquisição de animais contaminados oriundos de matrizes infectadas, infecção cruzada no incubatório e equipamentos contaminados, contaminação ambiental nos galpões de criação devido ao baixo nível de higiene na granja, presença de roedores e insetos, limpeza inadequada e falta de vazio sanitário entre lotes, além da contaminação dos alimentos e da água potável.

O profissional destaca ainda que foi realizado um trabalho de campo com a execução do Termo de Execução Descentralizada (TED/Embrapa/Mapa), cujo resultado será apresentado em sua palestra, envolvendo a aplicação de questionários para identificar os fatores de risco associados.

Conforme Ferreira, o estudo teve como objetivo promover a identificação dos fatores de risco avaliados por meio do caso-controle realizado em estabelecimentos avícolas de Santa Catarina. “O estudo buscou relacionar a presença de Salmonella spp. em granjas envolvidas em surtos identificados no período do desenvolvimento do estudo com variáveis associadas à biosseguridade, investigadas por meio de aplicação de questionário estruturado. Adicionalmente, buscou-se avaliar a presença deste agente em amostras de diferentes fontes potenciais de contaminação – poeira, bebedouro, comedouro e ambiente – obtidas nas granjas selecionadas para inclusão no estudo”, explicou, acrescentado que o estudo foi realizado em parceria com a Divisão de Sanidade das Aves do Mapa, com a Embrapa Suínos e Aves, e contou com apoio  da Universidade de São Paulo (USP), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) e do Centro de Diagnóstico de Saúde Animal (Cedisa).

Densidade populacional

A densidade populacional das aves em uma granja avícola desempenha um papel preponderante na disseminação de Salmonella spp. e de outras doenças. “Manejos com alta densidade de animais exigem uma maior dedicação na detecção de ocorrência de doenças, uma vez que a presença de um agente patogênico pode se propagar mais rapidamente em um ambiente com grande concentração de aves”, frisa Ferreira.

Nesse contexto, a atuação do responsável técnico se torna ainda mais fundamental, a fim de que se busque uma detecção rápida para ação precoce, visando promover um controle eficaz dos agentes em circulação nos sistemas de produção avícola. “Essa abordagem proativa é essencial para mitigar os riscos à saúde das aves e dos consumidores, garantindo a segurança alimentar e o bem-estar animal”, enaltece.

Qualidade da água

A água e a ração devem ser provenientes de fonte segura, na qual seja possível identificar a ausência de patógenos e contaminantes. “Tanto a ração como a água fornecidas às aves devem ser isentas de patógenos que ofereçam riscos à saúde dos animais, por isso é importante a realização de análises microbiológicas frequentes associadas a tratamento que promova a eliminação e/ou controle de patógenos que possam ser veiculados pela água e ração aos animais”, pontua.

Ferreira também reforça que os silos de ração devem estar localizados próximos às cercas, visando o abastecimento sem acesso à unidade de produção. “Os silos devem permanecer tampados de forma a impedir o acesso de moscas, ratos e pássaros ou outras aves de vida livre”, reforça.

Conforto térmico

Em relação aos efeitos do ambiente de criação, como temperatura e umidade, na sobrevivência e disseminação de Salmonella em frangos de corte, Ferreira destaca que esses dois fatores são frequentemente mencionados como predisponentes para ocorrência e sobrevivência de bactérias de maneira geral, sem mencionar os efeitos no animal. “Deve-se buscar o controle mais favorável possível, pensando na ave e na transmissão/disseminação dos agentes etiológicos. Manter condições ambientais adequadas, incluindo controle preciso de temperatura e umidade, é essencial para minimizar o risco de infecção por Salmonella e garantir o bem-estar das aves. Além disso, estratégias de manejo que promovam a higiene e a saúde das aves são fundamentais para reduzir a prevalência e a disseminação de Salmonella na produção avícola”, expõe.

Práticas de biossegurança

Programas de biosseguridade devem ser concebidos e implementados com base nos riscos de doença existentes e no status relacionado a estas. Isso inclui a revisão contínua da eficácia das medidas implementadas, a fim de identificar lacunas e adaptar os objetivos e métodos conforme necessário. Essa abordagem torna cada programa de biosseguridade único em sua aplicação.

No entanto, de maneira geral, se os estabelecimentos aplicarem as medidas previstas na Instrução Normativa nº 56/2007, podem obter redução do risco de ocorrência de Salmonella spp. e outros agentes etiológicos. Essas medidas estão divididas em três grandes dimensões: na primeira dimensão deve-se avaliar a localização geográfica e a proximidade com áreas de alta densidade produtiva, sítios de aves migratórias ou áreas urbanas e estradas; na segunda dimensão estão as questões estruturais, que compreendem as cercas, barreiras existentes, características internas do galpão e quaisquer equipamentos associados que possam contribuir na prevenção e adição de isolamento. E a terceira dimensão contempla as questões operacionais, que envolvem os protocolos e programas instituídos, ou seja, as atividades executadas com vistas à prevenção de patógenos. “Juntas, essas atividades podem contribuir com a prevenção, monitoramento e controle das diferentes doenças que acometem o sistema de produção avícola”, frisa o profissional.

Medidas de controle

Para o controle de Salmonella spp. o foco é sempre a prevenção, por meio da adoção de medidas de biosseguridade e procedimentos operacionais que visam prevenir, controlar e limitar a exposição das aves contidas em um sistema produtivo a agentes causadores de doenças. “A eficácia se dá justamente pela adoção conjunta, uma vez que é um agente etiológico de origem multifatorial”, menciona o médico-veterinário.

As ações com foco em biosseguridade estão previstas no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), que define, por meio da Instrução Normativa nº 56/2007, os procedimentos para o registro, a fiscalização e o controle sanitário dos estabelecimentos avícolas de reprodução, comerciais e de ensino ou pesquisa. “As monitorias periódicas vão sempre oferecer informações, acerca da presença do agente. Só se controla o que se conhece e exatamente por isso é fundamental que ocorram investigações dedicadas com posterior aplicação de medidas de controle, que devem ser periodicamente reavaliadas”, ressalta.

Além disso, há previsão de risco diferenciado contemplado na Instrução Normativa nº 10/2013, que define um programa de gestão de risco diferenciado, baseado em vigilância epidemiológica e adoção de vacinas para os estabelecimentos avícolas considerados de maior susceptibilidade à introdução e disseminação de agentes patogênicos no plantel avícola nacional, bem como para estabelecimentos avícolas que exerçam atividades que necessitam de maior rigor sanitário.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor da avicultura de corte e postura brasileiro acesse a versão digital clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Avicultura

Especialista aponta desafios e estratégias na nutrição para aumentar imunocompetência em frangos de corte

Estratégias de manejo alimentar, como a formulação de dietas balanceadas e enriquecidas de nutrientes específicos, uso de aditivos alimentares para promover a saúde intestinal, implementação de programas de vacinação e o monitoramento da qualidade da água de bebida são essenciais para fortalecer a imunocompetência em frangos de corte desde a fase inicial.

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

Em tempos em que a produção avícola enfrenta desafios complexos, compreender como a nutrição afeta diretamente a capacidade imunológica das aves desde os estágios iniciais pode representar um diferencial significativo para os produtores. As implicações dessas descobertas não apenas podem otimizar os resultados de produção, mas também contribuir para o bem-estar e a saúde das aves, garantindo um setor avícola mais resiliente e sustentável. A imunocompetência nas fases iniciais e sua relação com a nutrição foi tratada pelo médico-veterinário e professor de Vacinologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná, Breno Castello Branco Beirão, no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento realizado em meados de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Médico-veterinário e professor de Vacinologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná, Breno Castello Branco Beirão: “A qualidade da dieta da matriz afeta a transferência imune pelo ovo, ou seja, há efeitos indiretos da qualidade da dieta da matriz sobre a progênie” – Foto: Divulgação

Durante sua palestra, o profissional tratou sobre os desafios nutricionais, estratégias de manejo alimentar e os impactos na saúde e desempenho das aves, destacando a importância vital dessa abordagem para uma produção avícola resiliente e sustentável. “Uma nutrição adequada desempenha um papel fundamental na saúde e no desempenho das aves de corte, especialmente durante as fases iniciais de crescimento. Além disso, a prevenção de doenças através do fortalecimento do sistema imunológico é essencial para garantir a produtividade e a rentabilidade da produção avícola”, afirmou o docente.

A imunocompetência nos estágios iniciais da vida é um fator determinante que afeta diretamente a saúde e a produtividade das aves de corte. Beirão explica que as aves não nascem com o sistema imunológico totalmente desenvolvido, sendo que ele amadurece gradualmente nos primeiros dias de vida em contato com o ambiente. “Esse período inicial é crítico, pois as aves são mais suscetíveis a invasões por patógenos, exigindo atenção especial dos produtores para garantir sua saúde e bem-estar”, aponta.

Além disso, Beirão diz que é fundamental compreender que se o sistema imunológico for comprometido durante essa fase, seu amadurecimento pode ser prejudicado, resultando em um estado imunológico imaturo, que persistirá ao longo da vida da ave.

Em relação aos nutrientes essenciais para promover a imunocompetência em pintinhos de corte e sua influência na resistência a doenças, Beirão destaca que todos são fundamentais, no entanto, alguns se destacam por sua importância, uma vez que apresentam um impacto significativo na resposta imunológica. “A constituição proteica da dieta é considerada o principal fator, sendo indispensável para o desenvolvimento da imunidade. Sem uma quantidade adequada de proteínas na dieta, a imunidade fica comprometida. Além disso, outros nutrientes desempenham papéis essenciais, como os micronutrientes, incluindo o zinco, e as vitaminas, entre as quais a vitamina A, fundamental para a saúde das mucosas, uma barreira importante contra patógenos”, esclarece.

Importância da dieta materna

O papel da dieta materna na imunocompetência dos pintinhos de corte durante a fase de incubação e eclosão é de extrema importância. A qualidade e composição da dieta da matriz afetam diretamente o desenvolvimento do sistema imunológico dos pintinhos antes mesmo de eles eclodirem. “Vitaminas, minerais e antioxidantes presentes na dieta da matriz são transferidos para os embriões através dos ovos e desempenham um papel fundamental na formação e maturação do sistema imunológico dos pintinhos. Além disso, a qualidade da dieta da matriz afeta a transferência imune pelo ovo, ou seja, há efeitos indiretos da qualidade da dieta da matriz sobre a progênie”, ressalta.

Efeitos de dietas desequilibradas

Dietas desequilibradas ou deficientes em nutrientes essenciais podem ter impactos significativos na saúde das aves, especialmente em termos de imunidade e saúde intestinal. Embora seja verdade que na avicultura comercial os programas de alimentação sejam geralmente bem formulados para atender às necessidades nutricionais das aves, ainda existem situações em que desequilíbrios momentâneos podem ocorrer, especialmente durante períodos de estresse ou desafios imunológicos. “Um sistema imunológico enfraquecido devido à deficiência nutricional pode resultar em uma resposta imune inadequada às infecções, tornando as aves mais propensas a ficarem doentes e a experimentarem taxas mais altas de mortalidade”, expõe o médico-veterinário.

Além disso, dietas deficientes também podem afetar negativamente a saúde intestinal das aves. O intestino é um órgão crucial para a absorção de nutrientes, e qualquer perturbação em sua função pode levar a distúrbios digestivos e redução na absorção de nutrientes. Beirão diz ainda que é essencial garantir que as aves recebam uma dieta equilibrada e adequada em todos os estágios de seu ciclo de vida. “Isso não apenas vai promover a saúde e o bem-estar das aves, mas também vai contribuir para a produtividade e a rentabilidade da produção avícola”, pontua.

Estratégias de manejo alimentar

Estratégias de manejo alimentar, como a formulação de dietas balanceadas e enriquecidas de nutrientes específicos, uso de aditivos alimentares para promover a saúde intestinal, implementação de programas de vacinação e o monitoramento da qualidade da água de bebida são essenciais para fortalecer a imunocompetência em frangos de corte desde a fase inicial.

Os probióticos, por exemplo, são microrganismos benéficos que podem ajudar a restaurar e manter o equilíbrio da microbiota intestinal, contribuindo para uma melhor saúde digestiva e imunológica. Os prebióticos, por sua vez, são substâncias que estimulam o crescimento e a atividade desses probióticos no trato gastrointestinal, promovendo um ambiente intestinal saudável. Ácidos orgânicos e antioxidantes também podem desempenhar papéis importantes na redução da carga bacteriana patogênica e na proteção das células contra danos oxidativos, respectivamente, contribuindo para uma melhor saúde geral das aves.

Além disso, é essencial monitorar e garantir a qualidade da água de bebida fornecida às aves. “A água desempenha funções essenciais na fisiologia das aves e pode afetar diretamente a digestão e a absorção de nutrientes. Água contaminada ou de má qualidade pode comprometer a saúde das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e prejudicando a eficácia da nutrição fornecida através da dieta”, reforça Beirão.

Desafios nutricionais

Os desafios nutricionais enfrentados durante a fase inicial de crescimento das aves de corte são diversos e podem ter impactos significativos na imunocompetência e no desempenho geral das aves. “Um dos principais desafios é garantir que as aves recebam uma dieta balanceada e de alta qualidade desde o início. Isso envolve fornecer os nutrientes essenciais necessários para um crescimento saudável, bem como evitar deficiências ou excessos que possam comprometer a saúde das aves”, salienta o especialista.

Além disso, garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais é fundamental para promover a imunocompetência das aves. “Deficiências de nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e aminoácidos, podem enfraquecer o sistema imunológico das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e infecções”, menciona o profissional.

Segundo Beirão, outro desafio nutricional importante é lidar com fatores ambientais que podem afetar a ingestão de alimentos e a absorção de nutrientes pelas aves. “Mudanças na temperatura ambiente, estresse térmico, qualidade do ar e outros fatores ambientais podem influenciar o comportamento alimentar das aves e sua capacidade de absorver nutrientes adequadamente”, afirma o médico-veterinário.

Esses desafios nutricionais não apenas representam obstáculos para o crescimento e o desenvolvimento saudável das aves, mas também têm um impacto direto na imunocompetência das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e comprometendo seu desempenho geral. “É essencial adotar estratégias de manejo alimentar eficazes para enfrentar esses desafios e garantir a saúde e o bem-estar das aves desde as fases iniciais de crescimento. Isso inclui a formulação cuidadosa de dietas balanceadas, o uso estratégico de suplementos nutricionais, o monitoramento regular da saúde das aves e a implementação de medidas para mitigar os efeitos adversos de fatores ambientais sobre a ingestão de alimentos e a absorção de nutrientes”, evidencia.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo
CBNA – Cong. Tec.

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.