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Primeira raça genuinamente paranaense, Purunã se destaca na pecuária de corte

O bovino desenvolvido no Estado é formado a partir do cruzamento de outras quatro raças – Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Chanchin

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A qualidade da carne, a precocidade sexual e de acabamento e a adaptação aos diferentes climas, principalmente aos mais quentes, são algumas das características que têm agradado aos pecuaristas que criam o gado Purunã, a primeira raça genuinamente paranaense e também a primeira no Brasil desenvolvida por um instituto de pesquisa. O Purunã é resultado de mais de 30 anos de estudos na Estação Experimental Fazenda-Modelo, mantida pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. 

O bovino paranaense, apresentado pelo Iapar também na última edição da Expolondrina, é resultado do cruzamento de outras quatro raças – Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Canchim. O nome é uma homenagem à Serra do Purunã, que separa o primeiro e o segundo planaltos do Paraná, uma região com forte tradição pecuária no Estado. 

O pecuarista e veterinário Piotre Laginski, de Cascavel, no Oeste do Estado, começou a criar o Purunã em 2007 e hoje tem um rebanho de aproximadamente 400 cabeças. “É uma raça que está ganhando muito espaço, principalmente pelo seu potencial de produtividade. Acredito que é uma das raças do futuro, que tem um grande desempenho e pode trazer um importante retorno ao pecuarista”, afirma. 

Lagiski conta que já comercializa a carne em alguns frigoríficos e supermercados e que a aceitação é grande. “Os elogios dos açougueiros são os melhores possíveis, comprovam que o Purunã vem produzindo carne de alta qualidade, que é o que o mercado busca”, disse. “É uma carne que poderia ser usada para acessar o mercado europeu, por exemplo, que é superexigente. É uma raça que vem para somar na pecuária brasileira”, avalia. 

Além de conquistar pecuaristas paranaenses, o gado Purunã vem ganhando notoriedade e já ultrapassou as fronteiras do Paraná, com criadores no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia e até no Amazonas. A raça ainda precisa do registro definitivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que deve ser emitido neste semestre. Entretanto, desde 2012, o Iapar tem a autorização do Ministério para emitir o Certificado Especial de Identificação e Produção (Ceip) do Purunã, documento que permite sua apresentação e comercialização em todo o Brasil. 

Processo

O zootecnista e pesquisador do Iapar José Luís Moletta está envolvido desde o início da década de 1980 nos estudos que chegaram ao Purunã, desenvolvido a partir do melhoramento genético das raças puras para chegar às características do animal. Além de Moretta, o pesquisador Daniel Perotto também liderou os estudos, que contaram ainda com a participação de técnicos agrícolas e de outros profissionais. 

“Foram vários estudos entre 1981 e 1995 para a avaliação dos cruzamentos, indicativos e ganhos genéticos das raças. Ao final do processo, chegamos à conclusão de que esses cruzamentos produziam animais superiores”, conta o pesquisador. “Então, propusemos ao Iapar a continuidade da pesquisa para a formação de rebanho. Foi um processo quase 100% financiado pelo Estado”, destaca. 

Em 2012, o Iapar liderou a criação de uma associação de produtores para iniciar os trâmites junto de reconhecimento da raça junto ao Ministério da Agricultura. Hoje, o rebanho está em expansão e conta com cerca de 3 mil matrizes envolvidas na criação de bezerros. 

“Nossa expectativa é que isso se amplie ainda mais com o reconhecimento do Ministério. Na Expolondrina, por exemplo, muitos criadores se mostraram interessados em criar os bovinos, mas ainda não temos capacidade de fornecer o sêmen em grande quantidade, o que será possível após essa chancela”, afirma o pesquisador. 

Características

Moletta explica o papel de cada raça nas características do Purunã. O Charolês contribuiu com a velocidade de ganho de peso, grande rendimento de carcaça e elevado porcentual de carnes nobres. O Angus conferiu precocidade, tamanho adulto moderado e temperamento dócil, além de carne macia e com alta qualidade de marmoreio (acumulação de gordura intermuscular na carne). 

Já as raças Caracu e Canchim transmitiram rusticidade, tolerância ao calor e resistência aos parasitas. As vacas Purunã se destacam também pela habilidade materna e boa produção de leite, características herdadas de Caracu e Angus. 

Além do bom acabamento da carcaça, Moletta salienta que os animais Purunã vêm se destacando pela precocidade sexual. “Novilhas e tourinhos criados em sistema extensivo com suplementação estão chegando à idade reprodutiva em torno de 14 a 15 meses”, aponta o pesquisador. 

Outra característica favorável da nova raça é o bom desempenho dos touros em regiões de clima mais quente. Segundo o pesquisador, a raça Purunã pode ser adotada tanto para criação exclusiva quanto em cruzamentos com vacas Nelore e aneloradas, visando terminação. 

Fonte: ANPr

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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