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Primeira ExpoMAR supera todas as expectativas e se consolida como vitrine da pesca e da maricultura
Congregando feira e congresso técnico, evento reuniu as principais lideranças dos setores da pesca e da maricultura, pescadores artesanais, armadores, maricultores, indústrias de processamento de pescados, pesquisadores, estudantes e fornecedores da cadeia de suprimentos.

Realizada nos dias 29 e 30 de junho, em Itajaí-SC, maior polo da pesca brasileira, a primeira edição da ExpoMAR – Pesca, Maricultura & Logística, reuniu mais de 2.200 participantes e 18h de conteúdo no Seminário Internacional da Pesca e Fórum de Maricultura.
Congregando feira e congresso técnico, a ExpoMAR reuniu as principais lideranças dos setores da pesca e da maricultura, pescadores artesanais, armadores, maricultores, indústrias de processamento de pescados, pesquisadores, estudantes e fornecedores da cadeia de suprimentos. A feira reuniu o que tem de melhor em tecnologias para a pesca e maricultura, com 50 empresas apresentando as novidades do mercado, além de realizar negócios.
A abertura oficial da ExpoMAR foi no dia 29 de junho, Dia do Pescador, e recebeu prefeitos, deputados e outra lideranças de todo o país. André de Paula, Ministro da Pesca e da Aquicultura, participou da abertura da ExpoMAR e se reuniu com pescadores artesanais. “A ExpoMAR chega pra ficar. É o maior evento, o maior fórum de debate das questões da pesca e da maricultura no nosso país. Em sua primeira edição já mostrou a que veio, estreou com chave de ouro. Não tenho dúvida de que se consolidou e que será realizada a cada ano de forma crescente”.
O Ministério da Pesca, ressaltou o Ministro, esteve presente como patrocinador e com todo o seu corpo técnico, ouvindo, planejando em conjunto, debatendo as principais questões do setor. “O Ministério da Pesca está presente porque entende que a ExpoMAR, em Itajaí, é um evento fundamental para o país”, finalizou André de Paula.
Correalizador do evento, o presidente do Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Agnaldo Hilton dos Santos, destacou que a ExpoMAR veio para ficar. “Já marcou na primeira edição”, frisou.
Para ele, a ExpoMAR deu nova dinâmica à região. “Itajaí voltou para o foco no Estado, no Brasil e no Exterior. O mais importante são as junções que aqui ocorreram, congregando pesca artesanal, industrial e a maricultura. É isso que a gente precisa fazer, todos num só caminho, que é a pesca. Isso vai nos unir cada vez mais e fortalecer, tornando o Estado uma referência cada vez maior no setor”, afirmou Santos.

Presidente da ExpoMAR, Altemir Gregolin: “A ExpoMAR não é um evento isolado, veio pra ficar. Será realizada todo ano porque nós queremos que este setor seja protagonista e construa um processo de desenvolvimento sustentável” – Fotos: Divulgação/ExpoMAR
O ex-ministro da pesca e presidente da ExpoMAR, Altemir Gregolin, agradeceu a todos que acreditaram na realização da primeira edição da ExpoMAR. “A ExpoMAR não é um evento isolado, veio pra ficar. Será realizada todo ano porque nós queremos que este setor seja protagonista e construa um processo de desenvolvimento sustentável”, destacou.
A ExpoMAR, continuou Gregolin, abre o debate para que os setores da pesca e da maricultura pensem os seus desafios, monte estratégias e busque soluções pensando no longo prazo. “Que o setor seja propositivo do ponto de vista de ações de políticas públicas, do setor privado e que atue de forma articulada”. Organizado em pouco mais de 90 dias, a ExpoMAR tem propósitos como construir o protagonismo da pesca brasileira. “Precisamos pensar no desenvolvimento sustentável no longo prazo porque queremos ter peixe, camarão, ostras, mariscos, mexilhão, daqui a cinquenta anos, mais do que temos hoje”, salientou.

Organizadora da ExpoMAR, Eliana Panty: “Estamos unidos por uma pesca e maricultura competitiva e sustentável”
A organizadora da ExpoMAR, Eliana Panty, destacou que o evento abriu espaço para que todos compartilhassem sua expertise e tecnologias. “Estamos unidos por uma pesca e maricultura competitiva e sustentável, visando cumprir a crescente demanda por alimentos saudáveis no Brasil e no mundo”.
Lindolfo Rosa, proprietário da Radionaval, considerou a feira muito proveitosa. “Fechamos bons negócios e queremos participar das próximas. A vantagem da Expomar é que é uma feira direcionada e foi muito bom porque veio gente do Brasil inteiro”, afirmou.
Sobre a ExpoMAR
A ExpoMAR – pesca, maricultura e logística, foi promovida pelo IFC Brasil – International Fish Congress & Fish Expo Brasil com a correalização da Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (Fundep), Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar SC) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE ) patrocinaram o evento.
ExpoMAR recebeu o apoio de instituições como o Ministério da Pesca, Governo do Estado de Santa Catarina, Prefeitura de Itajaí, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Associação Brasileira da Indústria de Pesca (Abipesca), Conselho Nacional de Estudos Pesqueiros (Conepe), Federação dos Pescadores de Santa Catarina (Fepesc), Instituto Rumo ao Mar (Rumar), Instituto Federal de Santa Catarina e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional
Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.
Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves
A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.
A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.
Fatores que influenciam mercado
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.
1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves
Fatores de alta:
- Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
- Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.
Fatores de baixa:
- Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
- Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
- Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
- Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.
2. Oferta e mercado interno
Fatores de alta:
- Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
- Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.
Fatores de baixa:
- Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.
3. Safra e clima
Fatores de baixa:
- Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

Foto: Claudio Neves
ciclo 2025/26;
- Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.
Acordo China-EUA
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.
Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.
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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra
Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.
No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.
Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.
No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon
lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.
O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.
No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.
A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro
Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.
No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.
No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.
Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.
A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil
Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.
Planilha de Custos
Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS








