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Previsão de safra da Seab avalia impacto das chuvas nas lavouras

Maior impacto foi sobre trigo e cevada, que tiveram recuos importantes de produtividade. No caso do trigo, a estimativa de produção apontada no relatório deste mês reduziu em 300 mil toneladas comparativamente à previsão divulgada em setembro. No Norte, de maneira geral, as lavouras apresentam bom estado.

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Foto: José Fernando Ogura/AEN

As chuvas volumosas de outubro tiveram impacto principalmente nas lavouras do Sul do Paraná. Já na região Norte, onde a maior parte das principais culturas da safra 2022/2023 está colhida, não há registros significativos de perdas até o momento. As informações estão na Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada na quinta-feira (26) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.

Na região Sul do Estado, o impacto foi percebido especialmente na produção de cereais de inverno da safra 2022/2023, como o trigo e a cevada. De acordo com o Deral, esses cereais tiveram recuos importantes de produtividade. No caso do trigo, a estimativa de produção apontada no relatório deste mês reduziu em 300 mil toneladas comparativamente à previsão divulgada em setembro. Agora, estima-se a produção de 3,86 milhões de toneladas. A redução no potencial refletiu nos preços.

No Norte, de maneira geral, as lavouras apresentam bom estado. É o caso da mandioca e da cana-de-açúcar, por exemplo, que já têm aproximadamente 89% das áreas colhidas, e mais de 90% das áreas em boas condições. “Isso mostra uma situação que não foi crítica para o Norte do Estado até o momento, apesar das chuvas volumosas de outubro”, diz o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

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A economista e chefe do Deral em exercício, Larissa Nahirny, destaca que, apesar da redução na produção de cereais de inverno, a safra 22/23 atingiu um bom desempenho, somando 45,9 milhões de toneladas. “Da mesma forma, são boas as perspectivas para o ciclo 2023/2024, se tivermos boas condições climáticas, pois até o momento a soja e o milho não apresentaram alterações significativas no potencial produtivo”.

Safra 2023/2024

Nas culturas da safra 2023/2024 também foram registrados mais problemas nas lavouras do Sul do Estado, enquanto que a região Norte praticamente não sofreu impactos das intempéries climáticas. “Porém, os dados das perdas ainda não foram quantificados neste relatório”, completa Godinho.

Na região Norte, por exemplo, cerca de 81% do arroz irrigado está plantado e 100% das lavouras estão em boas condições, assim como a sericicultura. Já no Sul, onde se concentram culturas importantes como o feijão, a situação é menos positiva. Cerca de 79% do feijão estão plantados na região, com 83% das lavouras em boas condições, 17% em condições medianas e 1% em condições ruins, principalmente na região de União da Vitória. Neste último caso, de acordo com os técnicos do Deral, a redução na qualidade pode exigir que alguns produtores façam o replantio para recuperar as lavouras, ou mesmo deixem de produzir nessas áreas, o que poderia refletir em perda de produtividade.

Trigo 2022/23

A estimativa da safra de trigo sofreu novo corte em outubro. Os números do Deral apontam que serão produzidas neste ano 86 milhões de toneladas na área de 1,41 milhão de hectares (já 84% colhida). Comparativamente, este volume é 17% inferior ao potencial inicial, de 4,6 milhões de toneladas e aproximadamente 300 mil toneladas inferior ao que apontava a estimativa de setembro.

De acordo com o Deral, as doenças foram determinantes para a queda da produtividade. Além disso, o excesso de chuvas em outubro colaborou para que não se atingissem produtividades melhores. Além da queda de volume produzido, houve perda de qualidade. “Com chuvas recorrentes e poucos dias de sol, foram poucos os produtores que conseguiram colher o trigo com a umidade de campo ideal, fator que resultou em grãos com aplicações mais restritas pela indústria moageira, ou mesmo trigos que serão direcionados para a alimentação animal”, diz o agrônomo do Deral.

Esse cenário teve pequenos reflexos no preço do trigo. O preço pago ao produtor pela saca de trigo de boa qualidade no dia 25 de outubro foi de R$54,00, especialmente nas regiões do Estado que encerraram a colheita. Este valor é 10% superior ao praticado há um mês (R$49,00) e mostra uma busca pelos trigos colhidos antes da chuva. Já os trigos para ração competem pelo mesmo mercado que o milho, que não teve alteração de preço no mesmo período.

Cevada

As lavouras de cevada, que apresentavam boas condições, foram prejudicadas pelas chuvas. Na última semana, as condições das lavouras foram rebaixadas de 83% boas e 17% médias para 67% boas, 29% médias e 4% ruins, o que deve interferir na qualidade do produto a ser colhido. Atualmente, 32% da área está colhida. Praticamente metade do colhido foi retirada na última semana, em um momento que não era ideal, devido à umidade dos grãos nas lavouras. As produtividades também foram afetadas, e espera-se uma produção de 355,6 mil toneladas atualmente, 10% menor frente às 397 mil toneladas potenciais, segundo o Deral.

Milho e soja 2023/24

O relatório mensal do Deral manteve praticamente inalterados a área e o volume de produção esperados para a primeira safra de milho e soja de 2023/2024. A expectativa é de que sejam plantados 314 mil hectares de milho e que resultem numa produção de 3,1 milhões de toneladas. O plantio chegou a 91% da área e a maioria das lavouras tem condição boa no campo.

Já na safra de soja são esperados o plantio de 5,8 milhões de hectares, com uma produção de 21,9 milhões de toneladas. “O plantio também avançou consistentemente e atingiu 58% da área total no Estado. As regiões Oeste e Centro-Oeste do Estado praticamente finalizaram o plantio, enquanto que a região Norte está a pleno vapor e o Sul começa a ganhar intensidade a partir desta última semana de outubro”, explica o analista do Deral Edmar Gervásio.

Frutas

No caso das frutas, os danos causados pelas chuvas nos pomares paranaenses já são observados pelos técnicos de campo, associados à dificuldade no controle de doenças, especialmente nas uvas, maçãs e tangerinas. “A expectativa de um comportamento mais regular do clima pode minimizar estes impactos para as próximas semanas, possibilitando na época oportuna a oferta de frutas de qualidade para o consumidor e remunerando satisfatoriamente os fruticultores”, diz o engenheiro agrônomo do Deral Paulo Andrade.

Hortaliças

Até esta semana, cerca de 97% das lavouras da segunda safra de batata já foram colhidas, faltando apenas algumas áreas na região de Cornélio Procópio. “Nesta safra, não houve impacto do clima, porque as áreas a colher não sofreram tanto com as chuvas como a Região Metropolitana Curitiba, o Centro Sul e o Sudeste, por exemplo”, explica o engenheiro agrônomo Paulo Andrade.

A área da primeira safra de batata do próximo ciclo (2023/24) manteve-se em 14,6 mil hectares, e 94% já está plantada. Com relação à situação das lavouras, houve mudanças no último mês. Enquanto, no final de setembro, aproximadamente 98% da área tinha boas condições e somente 2% estavam em condições médias, com as chuvas, 4% das lavouras estão em condições ruins, 24% médias, e 72% estão boas. “Isso pode comprometer a cultura, mas como a safra ainda está em evolução, é preciso aguardar o comportamento do clima”, completa Andrade.

De acordo com o Departamento, a cebola também sentiu os efeitos da chuva. Cerca de 2% da área está em condições ruins, principalmente em Guarapuava, onde a colheita já iniciou. Os preços do produto no atacado tiveram um aumento de 122% neste mês, uma alta que supera apenas a da alface.

A segunda safra de tomate 22/23 está totalmente plantada e a colheita evoluiu 3% nesta semana. A produção, estimada em 93,9 mil toneladas, está próxima da expectativa inicial. O plantio da primeira safra evoluiu e chegou a 77% da área. A colheita também já iniciou, principalmente nas regiões Apucarana e Cornélio Procópio.

Boletim

Nesta quinta-feira foi divulgado também o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 20 a 26 de outubro. Além de analisar as principais culturas de grãos a campo, o documento trata da fruticultura paranaense, da produção de ovinos e dos custos de produção do frango.

Fonte: AEN-PR

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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