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VOZ DO COOP

Notícias Em fevereiro

Pressionados pela baixa demanda, preços dos derivados de soja caem no Brasil

Consumidores de óleo de soja afastados do mercado, indústrias alimentícias ausente das aquisições em fevereiro e enfraquecimento da demanda pelo setor de biodiesel também pressionaram as cotações.

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Os prêmios de exportação de soja no Brasil caíram em fevereiro, registrando, inclusive, patamares negativos – esse cenário não era visto desde junho de 2021, considerando-se um contrato de primeiro vencimento. Essa queda esteve atrelada à baixa demanda externa e às estimativas de produção recorde no Brasil na safra 2022/23 e de maior área de cultivo nos Estados Unidos em 2023/24.

As quedas foram acentuadas pela desvalorização do dólar frente ao real – que reduz a competitividade da soja brasileira e, consequentemente, leva o demandante ao maior concorrente do Brasil, os Estados Unidos. Em fevereiro, o dólar teve a menor média desde agosto de 2022, que foi de R$ 5,1792, quedas de 0,3% sobre o mês anterior e de 0,2% se comparado há um ano.

No caso das vendas externas, de acordo com a Secex, saíram dos portos brasileiros 5,19 milhões de toneladas de soja em grão em fevereiro. Embora este volume seja seis vezes maior que a quantidade escoada em janeiro, ainda é 17% inferior ao exportado há um ano.

Com isso, o Indicador Cepea/Esalq – Paraná teve preço médio de R$ 165,56/sc de 60 kg em fevereiro, o menor desde julho de 2020, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI), sendo também 3,1% inferior ao de janeiro/23 e 14,9% abaixo do registrado há um ano, em termos reais.

O Indicador Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou 2,5% entre os meses de janeiro e fevereiro e expressivos 12,8% se comparado há um ano, registrando a menor média desde julho/20, em termos reais.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as quedas entre janeiro e fevereiro foram de 2,2% no mercado de balcão e de 3,1% no mercado de lotes.

Derivados

Os preços dos derivados caíram no Brasil em fevereiro, pressionados pela baixa demanda, sobretudo, doméstica. Consumidores de óleo de soja estiveram afastados do mercado, com dificuldades em obter margem de lucro ao repassar o preço para o produto refinado.

Além disso, parte das indústrias alimentícias esteve ausente das aquisições em fevereiro, indicando estar abastecida para médio prazo. O enfraquecimento da demanda pelo setor de biodiesel também pressionou as cotações.

Com isso, o preço do óleo de soja bruto degomado (com 12% de ICMS incluso), na região de São Paulo (SP), foi de R$ 6.526,94/tonelada em fevereiro, a menor média desde julho de 2020, em termos reais, com quedas de 6% em relação ao mês passado e de 25% frente ao de fevereiro de 2022.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Para o farelo de soja, a liquidez esteve maior na primeira quinzena de fevereiro, visto que os estoques dos consumidores estavam diminuindo. Assim, parte desses agentes precisou estar ativa no spot, visando garantir novos lotes.

A demanda externa pelos derivados brasileiros também esteve aquecida, acirrando a disputa entre consumidores domésticos e externos.

Já na segunda quinzena do mês, os compradores domésticos se ausentaram das aquisições, mostrando preferência por aguardar a intensificação da safra de soja para adquirir novos volumes do derivado. Com isso, os preços se enfraqueceram.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja caíram 1% em relação ao mês de janeiro/23 e 1,2% se comparadas há um ano, em termos reais.

Campo

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab ), até 26 de fevereiro o Brasil havia colhido 34% das 152,88 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/23, menos que os 42,1% colhidos em igual período do ano passado.

Dentre os estados, 77,1% foram colhidos em Mato Grosso, abaixo dos 80,5% na temporada passada; 40% em Goiás, contra 55% há um ano; 21% em Minas Gerais, contra 26% neste mesmo período da temporada passada; 10%, no Paraná, inferior aos 29% há um ano; e apenas 2% em Santa Catarina, contra 17% na safra passada.

Em São Paulo, a colheita atingiu apenas 25% da área, e em Mato Grosso do Sul, 24%, significativamente abaixo dos respectivos 31% e 47% colhidos há um ano. No Tocantins, foram colhidos 35%, abaixo dos 60% há um ano.

Já na Bahia, foram colhidos 8% da área de soja, acima dos 7% no mesmo período da safra passada; 27% no Maranhão, também superior aos 19% há um ano; e 15% no Piauí, acima dos 13% na safra passada, ainda de acordo com a Conab.

Front externo

Nos Estados Unidos, embora os embarques de soja tenham diminuído nas últimas semanas, na parcial do ano-safra (de agosto/22 a 23 fevereiro/23), as exportações somam 42,08 milhões de toneladas, 3,38% superior ao volume escoado no mesmo período da temporada passada. Assim, na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de março da soja teve preço médio de US$ 15,2761/bushel em fevereiro, o maior desde agosto de 2022.

A maior procura por farelo de soja nos Estados Unidos e as expectativas de aumento da demanda global por esse subproduto, devido à possível menor oferta na Argentina, impulsionaram os contratos futuros do derivado e da matéria-prima.

Vale lembrar que o clima seco e quente predomina em áreas de produção de soja na Argentina, resultando em incertezas quanto à produtividade da safra de soja na temporada 2022/23.

Com isso, o contrato de março do farelo de soja foi de US$ 492,91/tonelada curta (US$ 543,3/t) em fevereiro, o maior patamar nominal desde setembro de 2012, sendo 1,8% maior que o de janeiro e 9,4% superior ao de fevereiro de 2022.

Diante da valorização do farelo de soja, os preços do óleo de soja recuaram. O contrato de março caiu 2,3% frente ao de janeiro e 8,9% em relação ao de fevereiro de 2022, cotado a US$ 0,6096/lp (US$ 1.338,99/tonelada), a menor média desde janeiro de 2022.

Fonte: Assessoria Cepea

Notícias

Frísia envia 33 toneladas de alimentos e mais de 3,3 mil litros de leite ao Rio Grande do Sul 

Logística de entrega está sendo auxiliada pela Ocergs e visa atender a população gaúcha atingida pelas chuvas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Cooperativa Frísia está doando para a população do Rio Grande do Sul atingida pelas fortes chuvas 18 toneladas de feijão, 15 toneladas de farinha de trigo e mais de 3,3 mil litros de leite. As doações serão enviadas a partir deste sábado (11) por caminhões. Os alimentos são produzidos por cooperados na região dos Campos Gerais (PR).

Ao todo, são 300 sacas de feijão, de 60 quilos cada, que partirão amanhã, seguidos de 3.315 caixas de leite que irão sair do Paraná a partir de segunda-feira (13). Ainda serão enviados, até segunda-feira, um caminhão misto, com cargas de farinha de trigo e leite. A farinha será paletizada em embalagens de 1 kg cada.

O Sistema Ocergs, entidade que reúne as cooperativas gaúchas, está auxiliando na entrega das doações, já que as cooperativas locais são pontos de distribuição dos alimentos.

As últimas informações apontam para mais de 400 mil pessoas desalojadas e desabrigadas. São 437 municípios do estado, dos 497, afetados pelas chuvas, atingindo 1,9 milhão de pessoas.

Fonte: Assessoria Frísia
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Notícias

Governo Federal debate medidas para fortalecer vigilância contra PSC

Dezesseis estados brasileiros são classificados como Zona Livre de Peste Suína Clássica, enquanto outros 11 ainda são Zona não Livre da doença. Ministério da Agricultura prevê o desenvolvimento de um programa de vacinação regionalizado na Zona não Livre.

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Fotos: Divulgação/Mapa

Dando continuidade as ações do mês da Saúde Animal, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou na última quinta-feira (09) o evento Avanços do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC), com o objetivo de debater medidas para fortalecer a vigilância contra a doença e o desenvolvimento de um programa de vacinação regionalizado na Zona não Livre.

Promovido pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), a iniciativa foi realizada em conjunto com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e a Secretaria de Estado da Agricultura do estado de Alagoas (Seagri-AL).

O secretário da SDA, Carlos Goulart, destacou em seu discurso as ações que estão ocorrendo neste mês e o anúncio feito pelo ministro Carlos Fávaro, na última semana, sobre o Brasil estar livre de febre aftosa. “Será um grande avanço para a produção de suínos no Brasil e para o mercado externo”, pontuou.

Ainda, afirmou que o Mapa está empenhado no trabalho de identificação da doença, a fim de não ter qualquer comprometimento na capacidade produtiva dos suínos.

Foram apresentados no evento assuntos sobre a geração de emprego na suinocultura em 2023, resultados da campanha de vacinação contra a PSC em Alagoas, os avanços do Plano Estratégico e debates sobre temas pertinentes ao assunto. No ano passado, foram movimentados cerca de R$ 371,6 milhões na cadeia.

O evento contou com a participação do diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota; o conselheiro presidente da ABCS, Marcelo Lopes; o representante do IICA no Brasil, Christian Fischer; o diretor administrativo e financeiro da ABPA, José Perboyre; o presidente da Adeal, Marco Albuquerque; entre outros.

Peste Suína Clássica

É uma doença de alto impacto econômico, caracterizada por sua capacidade de disseminação e gravidade, apresentando alto grau de contágio entre os suínos, sem tratamento e cura. Nos últimos seis anos, houve a confirmação de 87 focos foram confirmados, em que a maioria desses focos ocorreu nos estados do Ceará, Piauí e Alagoas, mas foram resolvidos devido a atuação do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Atualmente, o Brasil está dividido em Zona Livre (ZL) de PSC, abrangendo 16 estados e a Zona não Livre (ZnL) de PSC, abrangendo 11 estados.

Em resposta aos focos da doença, o Mapa, em parceria com associações privadas estruturou o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, que inclui ações para fortalecer a vigilância contra a doença e o desenvolvimento de um programa de vacinação regionalizado na ZnL, com o objetivo de erradicação, reduzindo as perdas diretas e indiretas causadas e gerando benefícios pelo status sanitário de país livre da doença.

O estado de Alagoas foi escolhido para a implementação do plano piloto da campanha de vacinação, devido ao apoio dos parceiros locais, à sua extensão geográfica e ao rebanho de suínos. As 5 etapas da campanha de vacinação promoveram a mobilização de equipes de vacinação nos 112 municípios alagoanos, atingindo altas coberturas vacinais nas várias etapas. Ao total, alcançou mais de 640 mil imunizações contra a PSC (2021 a 2023), levando a vacinação de forma gratuita a mais de 5.500 propriedades rurais, vacinando em média 130 mil suínos por etapa da campanha de vacinação.

As etapas da campanha de vacinação, contaram com um investimento próximo a R$ 7 milhões, e essa ação é um resultado de uma importante parceria público privada que envolve diversas instituições que representam o setor suinícola, os quais uniram esforços junto ao Governo de Alagoas na defesa da saúde animal e no fortalecimento da suinocultura brasileira.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Seguro rural

Ministério da Agricultura elabora proposta para atender produtores gaúchos

Além da suspensão imediata das parcelas vincendas do crédito rural gaúcho e de um novo programa de renegociação de dívidas, Mapa trabalha em uma proposta extraordinária para o Programa de Subvenção do Seguro Rural que atenda especificamente aos produtores do Rio Grande do Sul.

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Foto: Divulgação/Mapa

Para apresentar medidas céleres e efetivas para socorrer a agropecuária do Rio Grande do Sul, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, mantem um canal de diálogo constante com representantes do setor no estado.

Na última quinta-feira (09), voltou a se reunir com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e representantes de 122 sindicatos rurais dos municípios gaúchos e também do Ministério da Fazenda parar avaliar o impacto das ações já apresentadas e debater novas medidas.

Além da suspensão imediata das parcelas vincendas do crédito rural gaúcho e de um novo programa de renegociação de dívidas que já estão sendo elaborados, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está trabalhando em uma proposta extraordinária para o Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR) que atenda especificamente aos produtores do Rio Grande do Sul. “Há três anos, a safra do Rio Grande do Sul vem sofrendo com estiagens e chuvas intensas. É fundamental que tenhamos um amplo programa de Seguro Rural porque o seguro vai significar garantia de renda”, explicou o ministro.

Outra proposta que está sendo estruturada é a de um Fundo Garantidor de Operação de Crédito Rural, para que os produtores continuem tendo acesso às linhas de crédito para a reconstrução e retomada de suas atividades agrícolas. Também está sendo tratada, junto ao Ministério da Fazenda, a possibilidade da operacionalização de linhas de créditos por parte das cooperativas financeiras.

Visando dar mais agilidade ao processo de reconstrução, a equipe técnica de 15 engenheiros do Mapa foi disponibilizada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) para atuar na avaliação dos projetos.

Fonte: Assessoria Mapa
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CBNA – Cong. Tec.

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