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Presidente da Abrapos encerra Simpósio de Pós-Colheita com palestra sobre classificação de grãos

Qualidade do grão é parâmetro relevante para a comercialização e o valor final do produto.

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Presidente da Abrapos, José Ronaldo Quirino - Foto: Divulgação

O presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita de Grãos (Abrapos), José Ronaldo Quirino, encerrou o V Simpósio de Pós-Colheita de Grãos do Mato Grosso do Sul, na última sexta-feira (22), em Maracaju (MS), com a palestra Classificação Comercial de Soja e Milho. Quirino mostrou que a qualidade dos grãos é um parâmetro bastante relevante para a comercialização e processamento, podendo afetar o valor final do produto.
“É por meio da classificação que será determinado o grupo, a classe e o tipo dos grãos avaliados. Isso envolve a análise de diversos critérios, como umidade, impurezas, defeitos, peso e tamanho dos grãos”, explicou.

De acordo com ele, a qualidade do grão é assegurada ao fazer a classificação dos lotes. “O uso do grão vai depender da classificação. Assim, o principal objetivo é identificar qual o tipo de grão que está entrando na sua unidade compradora, nas fábricas, nas indústrias para saber onde esse grão será utilizado”, acrescentou Quirino.

O presidente da Abrapos destacou ainda que a classificação de grãos é importante tanto para os produtores, que podem obter melhores preços e condições de mercado, quanto para os compradores, que podem exigir um produto de acordo com suas especificações e necessidades.
“Por isso, é fundamental que os produtores e compradores conheçam as normas e as legislações vigentes sobre a classificação de grãos, bem como os seus direitos e deveres na hora de comercializar os grãos”, enfatizou.

A palestra teve a moderação de José Alberti, da Alberti Consultoria.

Medidas preventivas contra incêndios e explosões

O coordenador de Segurança do Trabalho da Coamo, Jorge Lapezack, palestrou sobre as medidas preventivas que todas as unidades armazenadoras de grãos devem adotar para evitar riscos de incêndios e explosões, principalmente nos locais de confinamento. Utilizando uma maquete que simula um ambiente confinado, Lapezack demonstrou como acontecem as explosões em silos.

Segundo ele, na maioria das vezes, os acidentes ocorrem pelo acúmulo indevido de pó proveniente dos grãos armazenados, pois o confinamento em si torna o pó em suspensão passível de explosão à medida que tem contato com, por exemplo, faíscas de equipamentos.

“Uma das principais medidas preventivas é a limpeza constante do ambiente. Se o trabalho é feito em três turnos, a cada troca de turno, antes de sair, a equipe tem que deixar a área limpa para o próximo turno e, assim, sucessivamente. Além disso, o encarregado deve descer nos ambientes confinados, para checar se as manutenções preventivas estão ok. Porque o rolete de carga não para de funcionar de repente, do dia para a noite. Ele anuncia uma semana, duas semanas antes, pois começa a engripar. Então é preciso fazer a manutenção, não esperar que ele pare, pois neste momento já é perigoso, se torna um ponto quente, propício para causar um incêndio ou até mesmo uma explosão. Daí a importância de manter a ordem e a manutenção preventiva”, explica Lapezack.

Em caso de incêndio, Lapezack afirma que a primeira medida a ser tomada é desligar o exaustor, a corrente de energia do local e chamar a brigada de combate a incêndio da unidade.

Entre os problemas que mais causam as explosões em unidades armazenadoras, estão o centelhamento (faísca elétrica), em cerca de 30% dos casos, e atrito, estática e pontos quentes, em 9%. “Para reduzir o perigo de uma explosão é preciso a conscientização de todos os funcionários, aplicando o método de prevenção de incêndio, dando atenção especial ao atendimento da NBR 16.577 sobre prevenção de acidentes em ambientes confinados e da norma NR 33, que define os requisitos para caracterização dos espaços confinados e medidas de prevenção para o trabalho nesses espaços”, frisa o especialista.

Entre os métodos atenuadores dos riscos, estão a segregação da área de risco, seccionamento do processo, construção à prova de explosão, sistema de alívio de pressão, como se tem em alguns elevadores, e sistema de supressor de explosão.

Ao final da palestra, Lapezack relatou também uma experiência da Coamo que vem dando bons resultados que é a substituição do óleo mineral pelo óleo vegetal levemente hidrogenado, além de reduzir consideravelmente a suspensão de pó, diminui também a periodicidade de manutenção de duto de elevador de um para até quatro anos, pois reduz o desgaste dos dutos ao quase eliminar a fricção do produto.

Ainda dentro do tema segurança no trabalho e operação de unidades armazenadoras de grãos, o engenheiro de segurança do trabalho da Coamo Cooperativa Agrícola, que atua no estado do Mato Grosso do Sul, Marcos Vinicius Silva Antonio, abordou diversos aspectos relacionados aos riscos e prevenção de acidentes.

Os riscos podem ser de natureza física, química, biológica ou de acidentes. “Para controlar esses riscos é preciso conscientizar os trabalhadores sobre a importância de manter o ambiente de trabalho organizado e limpo, além de usar os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados”, afirmou o engenheiro de segurança.

Ele mencionou que existem novas tecnologias que podem ajudar na prevenção, como sistemas de exaustão e monitoramento em ambientes confinados. “O ramo de cooperativa é complexo, pois tem períodos de safra e entressafra, que exigem diferentes cuidados”.

Segundo ele, na safra, por exemplo, há mais chances de ocorrerem mais acidentes por ato inseguro, quando o trabalhador se expõe a um risco mesmo tendo conhecimento dele. “Por exemplo, não usar o capacete ou fumar em um ambiente confinado pode ter consequências graves”, concluiu.

Fonte: Assessoria Abrapos

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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