Peixes Prêmio IFC Amazônia
Premiação reconhece iniciativas do setor da pesca na região amazônica
Reconhecimento estimula a inovação e a sustentabilidade na cadeia produtiva do pescado na Amazônia, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Para reconhecer e valorizar a atuação das empresas e entidades em defesa do setor foram anunciados os vencedores da primeira edição do Prêmio IFC Amazônia durante a solenidade de abertura do evento, no último domingo (03), no Hangar – Centro de Convenções, em Belém, no Pará. Personalidades e produtores do setor também foram reconhecidos por meio de premiações.
Para Eliana Panty, CEO da Fish Expo, a premiação é uma forma de reconhecer os trabalhos e iniciativas inovadoras no desenvolvimento da cadeia do pescado na região amazônica. “São contribuições que vão assegurar segurança alimentar e um futuro mais sustentável nos pilares econômicos, sociais e ambientais”, acredita.
Em Inovação em Aquicultura, a Associação de Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar) foi a grande reconhecida pelo papel desempenhado no desenvolvimento da piscicultura, transformando o estado no maior produtor de peixes nativos do país.
Na categoria Inovação em Pesca na Amazônia, o manejo e o transporte sustentável do caranguejo-uçá foi o vencedor. O projeto, apoiado pelo governo do Pará em parceria com diversas associações de extratores de caranguejo, resultou na diminuição da mortalidade no transporte e armazenamento do crustáceo em 80%. Com isso, diminuiu o esforço de pesca, contribuindo para a preservação da fauna.
No reconhecimento da Pesquisa na Amazônia, a Embrapa pesca e aquicultura foi o destaque da categoria pelo trabalho que visou o desenvolvimento de pacotes tecnológicos para espécies nativas, como: modelo integrado de produção de pescado, banana, açaí e outras culturas agrícolas; utilização de populações monosexo de tambaquis; desenvolvimento de tecnologias de edição genômica em peixes tropicais da aquicultura nacional; produção de tambaqui em sistemas multitrófico; ações de pesquisa e transferência de tecnologias para pirarucu; sistema de inteligência territorial estratégica da aquicultura.
Na categoria Sustentabilidade na Amazônia, a Norte Energia foi a premiada pelo desenvolvimento de atividades ligadas à proteção ambiental do Rio Xingu e os projetos de descarbonização da matriz energética. São mais de 100 planos, projetos e programas que mostram o compromisso da Companhia com o desenvolvimento da região onde está instalado o Complexo Hidrelétrico Belo Monte e mostra o propósito da Norte Energia de ser agente de transformação do território onde atua.
Já o Prêmio Latino Americano de Pescado na Amazônia foi para o Rainforest Aquafarm, do Peru. A iniciativa abriu o mercado gastronômico americano para as espécies amazônicas, com um árduo trabalho comercial com todos os atores da cadeia de valor: produtores, importadores, canais de vendas, chefs, formadores de opinião e consumidores, destacando, entre outras questões, as propriedades gastronômicas dos peixes de água doce. Também desenvolveu ações de recuperação de áreas degradadas com reflorestamento e aquicultura na Amazônia.
O Governo do Pará ganhou destaque no reconhecimento de políticas públicas na Amazônia pela implementação de ações visando o desenvolvimento da pesca e aquicultura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), em especial, a Sanção da Lei 9.665/ 2022, e do Decreto 3385/ 2023 que dispõe sobre a política de desenvolvimento sustentável da aquicultura.
Homenagens – O empresário Gilberto Vaz recebeu uma homenagem póstuma pelo pioneirismo e pelas inovações na piscicultura sustentável paraense. Falecido em outubro deste ano, Alessandra Vaz, filha dele, foi quem o representou neste momento. Orlando Lobato, presidente da Federação de Pesca (Fepa), também teve seu trabalho reconhecido, são 40 anos de luta pelo desenvolvimento da pesca artesanal brasileira e pela defesa do meio ambiente, em especial do período de defeso de 15 estados durante atuante trabalho à frente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores.
Peixes
Com novas quedas, preços da tilápia voltam aos níveis de 2022
Esse cenário é reflexo da oferta elevada de peixes e da demanda enfraquecido.
Em outubro, os preços da tilápia continuaram em queda em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea, voltando aos patamares observados em 2022.
Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário é reflexo da oferta elevada de peixes e da demanda enfraquecida.
Diante da alta disponibilidade interna, as exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários) aumentaram de forma expressiva.
Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, foram 1,7 mil toneladas embarcadas em outubro, elevação de 8,1% frente ao mês anterior.
Em relação ao mesmo período de 2023, o volume quase dobrou.
Peixes
Governo federal paga auxílio para pescadores da Região Norte
Benefício no valor de R$ 2.824 é destinado para atender famílias que tiveram suas atividades gravemente afetadas pela seca e a estiagem nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.
O governo federal paga nesta segunda-feira (04) o Auxílio Extraordinário para aproximadamente 148 mil pescadores e pescadoras da Região Norte afetados pela seca histórica deste ano. O benefício, no valor de R$ 2.824, será depositado na Caixa Econômica Federal para atender famílias que tiveram suas atividades gravemente afetadas pela seca e a estiagem nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia
Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a parcela única será paga diretamente na conta que o beneficiário tem na Caixa – ou em conta poupança social digital aberta automaticamente pelo banco. No total, serão pagos mais de R$ 418 milhões.
Tem direito ao auxílio, os pescadores e pescadoras que receberam o seguro-desemprego do pescador artesanal e que moram em municípios da Região Norte em situação de emergência, reconhecida pelo governo federal e cadastrados pelo município até o dia 08 de outubro.
O Amazonas é o estado com maior número de beneficiários, quase 79 mil pessoas, em 49 municípios. Já no Acre e em Rondônia, essa espécie de seguro da seca vai beneficiar pescadores de 22 municípios cada. No Pará, além da capital Belém e de Muaná, na Ilha de Marajó, trabalhadores de outras 19 cidades poderão sacar o montante.
O auxílio foi instituído pelo governo federal por meio da Medida Provisória (MP) 1.263/2024 para atender as famílias de pescadores artesanais afetadas pela seca extrema e prolongada que está afetando a Região Norte, desde o início em junho deste ano. A lista com os municípios atendidos e a quantidade de beneficiários pode ser acessada clicando aqui.
Peixes
UPA Copacol completa um ano de inovação tecnológica
Com tecnologia inovadora na América Latina, a Unidade de Produção de Alevinos (UPA) da Copacol, em Quarto Centenário, completa o primeiro ano de funcionamento pleno, com significativos resultados, que geram oportunidades para milhares de famílias no campo e na cidade.
O sistema implantado possui uma característica exclusiva, unindo sustentabilidade e biossegurança, com um modelo inspirado no sistema israelense, com baixa utilização de água e controle de acesso rigoroso. “É um orgulho vermos que todo esse processo aqui se transforma em garantia de qualidade, sanidade e biossegurança dos alevinos que vão para as propriedades cooperadas. Nossa UPA toda a tecnologia que precisamos para continuar evoluindo com genética e acompanhamento próprios, o que reflete em avanços contínuos, tornando nossa região um verdadeiro exemplo nesta diversificação”, destaca o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, que esteve na estrutura para comemorar o primeiro ano de funcionamento da UPA.
A primeira UPA da Copacol fica em Nova Aurora e completa em dezembro uma década de existência, com resultados extremamente elevados: a produção supera 50 milhões de alevinos/ano. Além de ampliar as oportunidades a campo, a nova UPA consolida o pioneirismo da Copacol na atividade e faz com que ela tenha o domínio de toda a cadeia produtiva, garantindo a autossuficiência na produção de alevinos.
A água utilizada nos sistemas tem como origem poços artesianos e tem total reutilização. Além disso, o volume de água representa apenas 10% do que é utilizado no método convencional. “A sustentabilidade é um princípio essencial para a atividade, por isso, buscamos um modelo inovador, que conservasse nosso bem maior, a água. Tivemos muitos desafios neste primeiro ano, no entanto, cada etapa foi superada proporcionando uma experiência de toda a nossa equipe técnica”, afirma o gerente da Integração Peixes, Nestor Braun.
Estrutura
A UPA em Quarto Centenário possui 22 mil metros de área construída, com tanques exclusivos para o sistema reprodutivo, além de banco genético exclusivo. A primeira etapa do processo de produção ocorre no acasalamento das tilápias. Os ovos são coletados nas bocas das fêmeas e passam para a incubação artificial. Dentro de sete dias ocorre a eclosão: após o nascimento, as larvas se alimentam do saco vitelino até a formação completa do trato digestório.
Quando esse processo termina naturalmente, elas são levadas para a primeira fase de crescimento, em sistema simbiótico, quando as bactérias boas entram em simbiose com o meio, com alimentação de ração farelada.
Após 15 dias elas são transferidas para a segunda fase de crescimento, em sistema de recirculação de água, até atingirem o peso para despesca, e serem enviados para as propriedades dos cooperadores. “Essa unidade representa o futuro, não só para a produção de alevinos, mas também para juvenis e quem sabe para a engorda na terminação também. Os sistemas produtivos nos permitem trabalhar com altas densidades, proporcionando altas produtividades de espaços reduzidos combinando com uso racional de água, isso é perfeito”, destaca o supervisor da Unidade, Diego André Werlang.
Banco genético
No setor de banco genético, os peixes são reproduzidos e classificados. Após os ciclos de acasalamento, incubação e larvitura, ocorre a alevinagem: as larvas alojadas em hapas – dentro das estufas – quando atingem 30 gramas, são microchipadas, pesadas/medidas e transferidas para as lagoas de ranking, onde são avaliadas em condições semelhantes das propriedades dos cooperados, com aeração, densidade e manejo. Quando chega o ponto de abate, é feita a biometria final.
Os peixes são identificados, medidos e sexados, garantindo uma nova seleção genética para futuros acasalamentos. O banco genético conta ainda com o avozeiro onde as tilápias com alto valor genético, sem grau de parentensco, passam a gerar ovos em tanques, que resulta em de futuras matrizes e reprodutores: ao atingirem 350 gramas os peixes machos são separados das fêmeas e transferidos para produção.