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Suínos / Peixes Crise mercadológica

Prejuízos passam de R$ 300 por suíno no Rio Grande do Sul

Com um crescimento próximo de 40% nos últimos seis anos, o setor suinícola se viu imerso neste início de 2022 em uma profunda crise financeira em decorrência do excesso de produção, elevação dos preços dos insumos que compõem a ração e a queda consecutiva dos preços pagos aos produtores.

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Fotos: Arquivo/OP Rural

A suinocultura brasileira atravessa uma das suas fases mais difíceis. Com um crescimento próximo de 40% nos últimos seis anos, se viu imersa neste início de 2022 em uma profunda crise financeira em decorrência do excesso de produção, elevação dos preços dos insumos que compõem a ração e a queda consecutiva dos preços pagos aos produtores.

Presidente da Acsurs, Valdecir Luis Folador

Os prejuízos ultrapassam os R$ 300 por animal vendido pelo suinocultor independente de acordo com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). “O que mais tem impactado e pesado no bolso dos produtores elevando o custo da produção é a alimentação. O custo médio de produção varia entre R$ 7,5 e R$ 7,8 para cada quilo de suíno, mas este mesmo quilo está sendo comercializado a R$ 5,28. O produtor vende em média um animal de 125 quilos, o que gera para ele um prejuízo acima de R$ 300 por suíno, então essa discrepância entre os preços pagos pelos insumos e o recebido pelo animal vivo que desencadeou a crise no setor suinícola independente”, lamenta o presidente da Acsurs, Valdecir Luis Folador.

Em entrevista ao jornal O Presente Rural, Folador afirma que essa crise que “explodiu” no início de 2022 já vinha dando sinais desde o segundo trimestre do ano passado, quando iniciou uma série consecutiva de quedas no valor pago pelo quilo do suíno vivo junto com a elevação dos preços do milho, do farelo de soja, das vitaminas e minerais usados na ração. “Essa situação começou a se agravar com a quebra das safras de soja e milho no Sul do Brasil e pela quebra da segunda safra de milho no Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso do Sul, quando o preço desses grãos aumentou bastante, fazendo com que os suinocultores autônomos enfrentassem dificuldades econômicas desde então. Se nós tivéssemos tido uma boa safra de verão teríamos um pequeno recuo de custo, os prejuízos agora estariam sendo menores, mas isso não aconteceu”, pontua Folador.

O presidente da Acsurs ressalta que o país vive uma crise mercadológica, que apesar do consumo interno e das exportações serem em volumes bastante expressivos não são suficientes para dar conta do aumento de produção. Nessa situação, diz Folador, quem mais sente os reflexos do mercado são os produtores fora do sistema de integração, que representam 15% do setor suinícola no Estado gaúcho.

Somente em 2021 os suinocultores autônomos abasteceram a pequena e média agroindústria com quase um milhão de suínos dos cerca de dez milhões que são enviados anualmente para abate no RS. “Estamos em uma situação muito crítica de preços pagos ao produtor e o custo de produção continua subindo, esse é o cenário que nos levou à crise que estamos vivendo. O produtor está tendo prejuízo de 50% em seu negócio”, elenca Folador.

Momento de incertezas

A curto e médio prazo não se vislumbra uma recuperação mercadológica que possa beneficiar o setor suinícola independente, o que deixa os produtores autônomos ainda mais apreensivos, porque não conseguem enxergar luz na imensidão da escuridão que a atividade se encontra. “Não consigo visualizar nenhuma solução de curto e médio prazo, principalmente na recuperação mercadológica dos suínos, porque lá na ponta, no mercado interno, as informações que se têm é que não se consegue repassar preço ao consumidor, visto que nas exportações está sendo pago um valor muito abaixo do necessário para ter uma remuneração melhor do suíno no mercado interno. Caso conseguisse vender com valores bons um grande volume de carne suína para fora poderia trazer um suspiro para o setor, fora isso não vejo nenhuma perspectiva de melhora deste cenário dentro do primeiro semestre de 2022”, pontua o presidente da ACSURS.

Folador diz que os produtores que entraram nesta crise capitalizados estão conseguindo trabalhar de forma mais tranquila, mas não menos apreensivos. Por outro lado aquele que por algum motivo está sem dinheiro busca crédito para seguir na atividade. “São esses que estão pensando mais o seu negócio agora, se continuam, se reduzem a produção ou se param. Como cada produtor está passando por essa crise depende muito do quanto está capitalizado dentro do seu negócio”, afirma.

“Corrida” pelo milho

Neste momento, o Rio Grande do Sul está colhendo o milho que foi plantado mais cedo, com isso os produtores buscando abastecer seus armazéns dentro dos limites que seu bolso suporta. “Estão se prevenindo o máximo para tentar chegar até a metade do ano, quando começa a entrar a segunda safra do milho do Centro-Oeste. O produtor que tiver recurso vai conseguir buscar milho em qualquer lugar pagando o preço que tiver. Faltando milho não está, está escasso, é preciso correr atrás daquele pouco que está sendo colhido”, aponta Folador.

A boa safra de cereais de inverno como trigo, triticale e triguilho garantiu os grãos para as fábricas produzirem ração, o que desafoga um pouco a pressão pela busca do milho.

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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