Conectado com

Notícias No Rio Grande do Norte

Prédio da Superintendência de Agricultura expõe trabalhadores a riscos e compromete atuação de auditores agropecuários

Situação tem afetado diretamente a saúde e segurança dos auditores agropecuários, estagiários e funcionários terceirizados, além de comprometer a prestação dos serviços essenciais para o setor agropecuário do estado.

Publicado em

em

Foto: Mapa

Foto: Divulgação/Anffa Sindical

O prédio da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Norte (SFA-RN), construído nos anos 1930 e localizado em área de interesse histórico de Natal, enfrenta um estado crítico de deterioração. A situação tem afetado diretamente a saúde e segurança dos auditores agropecuários, estagiários e funcionários terceirizados, além de comprometer a prestação dos serviços essenciais para o setor agropecuário do estado. Com goteiras, infiltrações, banheiros interditados e infraestrutura comprometida, o ambiente se tornou um risco diário para os trabalhadores.

O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Janus Pablo Macedo, tem defendido com veemência a necessidade de uma reforma urgente. “Estamos em uma situação limite. Há mofo em várias salas, rachaduras nas paredes e marquises que podem desabar a qualquer momento. Profissionais que trabalham pela segurança agropecuária do Brasil não podem ser submetidos a condições tão precárias e indignas”, afirmou.

Conforme relatórios técnicos anexados ao processo de reforma que tramita no Ministério da Agricultura desde 2023, a última manutenção completa do prédio ocorreu há mais de uma década. O desgaste do edifício é acentuado pela localização exposta à salinidade da brisa marítima, o que exige ainda mais atenção.

No entanto, os esforços da superintendência para viabilizar a reforma e liberar recursos necessários têm sido infrutíferos até o momento, segundo o sindicato. Atualmente, os servidores, terceirizados e estagiários enfrentam a escassez de recursos básicos, com apenas um banheiro feminino e um masculino em funcionamento, rodízio de funcionários de limpeza por falta de pagamento e constante ameaça de demissão dos vigilantes.

Além disso, a superintendência abriga ainda outros órgãos públicos, como a Superintendência de Pesca e Aquicultura e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que compartilham do ambiente deteriorado, aumentando o fluxo de pessoas e a pressão sobre a infraestrutura já fragilizada.

Segundo Macedo, a precarização das condições de trabalho é fruto de sucessivos cortes de orçamento e falta de suporte administrativo. “Temos alertado continuamente sobre o impacto negativo dessas condições para a saúde dos servidores e a continuidade dos serviços prestados. O que estamos vendo é uma desvalorização da carreira, onde auditores agropecuários estão expostos ao risco por falta de uma estrutura mínima e decente”, completou o presidente.

O Anffa Sindical solicita urgência na liberação de recursos, contratação de engenheiros e a realização de concurso para suprir a defasagem de servidores administrativos. Sem tais ações, o sindicato alerta para a possibilidade de interdição do prédio, o que causaria sérios impactos na fiscalização agropecuária e afetaria diretamente o setor produtivo do estado.

Fonte: Assessoria FSB Holding/Anffa Sindical

Notícias

Sindirações participa em novembro do Encontro Anual da IFIF/FAO-ONU e da Comissão do Codex Alimentarius

Coordenador de Assuntos Regulatórios do Sindirações, Bruno Caputi, será o representante da entidade nas discussões em Roma e na Suíça.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) vai estar em dois importantes eventos mundiais durante o mês de novembro. O coordenador de Assuntos Regulatórios da entidade, Bruno Caputi, participará dos debates da Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais (IFIF) e encontros na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, na Itália, entre os dias 20 e 22 de novembro. Na sequência, estará em Genebra, na Suíça, na 47ª Sessão da Comissão do Codex Alimentarius (CAC47), de 25 a 30 de novembro.

A reunião anual da IFIF terá debates sobre temas relacionados à sustentabilidade e legislação na produção de alimentos para animais de todo o mundo, e será seguida pela Assembleia Geral da IFIF, na qual os membros da entidade debaterão os rumos e assuntos que serão objetos de estudos e debates no próximo ano de vigência da diretoria. Bruno, que na última reunião foi aprovado por unanimidade para chefiar o pilar regulatório global da IFIF, irá comandar os debates sobre o assunto, com representantes de associações e empresas dos cinco continentes. Na ocasião também ocorrerá o encontro anula da IFIF/FAO onde serão debatidos os temas de interesses das duas entidades.

A Comissão do Codex Alimentarius, ou CAC, é o órgão responsável por todos os assuntos relacionados à implementação do Programa Conjunto de Normas Alimentares da FAO/OMS. A comissão é composta por representantes dos países membros da FAO e da OMS interessados em padrões alimentares internacionais. A Comissão se reúne em sessão ordinária uma vez por ano, alternadamente entre Genebra e Roma. Nos encontros são apresentados trabalhos multidisciplinares que apontam tendências e novidades que podem melhorar os processos e normas para a alimentação humana e animal em todo o mundo.

Na reunião anual da Comissão do Codex Alimentarius que será em Genebra (Suíça) serão apresentados os assuntos relacionados à implementação do Programa Conjunto de Normas Alimentares da FAO/OMS, que tem como objetivo debater e determinar os padrões alimentares internacionais.

Fonte: Assessoria Sindirações
Continue Lendo

Notícias

Vice-governador do Rio Grande do Sul vai palestrar na abertura da Conbrasfran 2024

Experiências e lições aprendidas com as enchentes no estado gaúcho serão o tema central da palestra de Gabriel Souza.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Asgav

O presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs) e da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), José Eduardo dos Santos, se reuniou na quinta-feira (17) com o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, para entrega do convite oficial para palestrar no evento, que será realizado de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, também participou do encontro.

Souza confirmou sua participação como palestrante na cerimônia de abertura que será realizada no dia 25 de novembro, ocasião em que estará como governador em exercício. Ele vai abordar o tema “Uma experiência, um desafio e a superação! O desafio que a natureza nos trouxe: como estamos superando, como evoluímos e os caminhos para o fortalecimento”.

Durante a visita, Souza recebeu um kit composto por cortes de frango, quindins e camiseta da campanha de valorização da carne de frango produzida no estado gaúcho como forma de agradecimento à participação na Conbrasfran 2024.

Na ocasião, o presidente da Asgav antecipou ao vice-governador que a cerimônia de abertura será especial, uma vez que o evento marcará a superação e a união da avicultura gaúcha e brasileira.

Fonte: Assessoria Asgav
Continue Lendo

Notícias

Brasil tem área equivalente à cidade de São Paulo em restauração ecológica, aponta Coalizão

Área é 90% maior do que a identificada em 2021 por observatório mantido pela rede.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Brasil registra um crescimento expressivo nas iniciativas de restauração ecológica, com 150 mil hectares em processo de restauração, uma área equivalente à da cidade de São Paulo. Trata-se de um aumento de 90% em relação a 2021, quando foram mapeados 79 mil hectares. O avanço se deu particularmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Os dados, anunciados nesta quinta-feira (17), são do Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR) da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Os biomas mais beneficiados com projetos de restauração no período foram a Mata Atlântica (com 117 mil hectares, 77% do total) e o Cerrado (19,6 mil hectares, ou 13%). Na Amazônia, foram identificados 14,5 mil hectares em restauração (9,5%). No fim do ranking estão a Caatinga (114 hectares em restauração, ou 0,08% do total) e o Pampa (11,3 hectares, equivalente a 0,07%). A coleta de informações ainda está em estágio inicial no Pantanal.

A restauração é uma fonte potencial para a geração de emprego e renda, tanto por meio das atividades diretas e indiretas envolvidas na cadeia da atividade, quanto nas oportunidades geradas após o plantio inicial. É, ainda, um elemento-chave para que o país cumpra suas metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, em 2015, quando o Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares até 2030.

A meta foi reforçada pelo governo federal em 2017, no Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg). “O levantamento de dados de monitoramento da restauração é essencial por várias razões. Traz informações cruciais para orientar políticas públicas e atrair investimentos tanto do governo quanto do setor privado para projetos na área. Além disso, garante visibilidade e transparência às iniciativas, permitindo seu reconhecimento por um público amplo”, explica Tainah Godoy, secretária-executiva do ORR, acrescentando: “Nossa plataforma destaca quem está promovendo essas ações, com que técnicas e em quais regiões do Brasil, fortalecendo a rede de projetos em andamento.”

A Mata Atlântica, um hotspot de biodiversidade, tem sido o principal foco dos esforços de restauração, em grande parte devido ao trabalho do Pacto pela Mata Atlântica, coletivo que trabalha na região há 15 anos. Em quatro biomas — Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal —, os esforços de restauração têm sido relativamente negligenciados. Eles são formados por tipos de vegetação que não são compostos principalmente por florestas densas — e, por isso, são comumente vistos como menos importantes para a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

“Os esforços de restauração na região Sudeste são mais concentrados devido aos níveis históricos de desmatamento e a uma base econômica mais forte, mas esse foco tem sido criticado por negligenciar outros biomas e perpetuar desigualdades regionais”, alerta Godoy, ressaltando: “Para atingir as metas de restauração do Brasil e garantir ecossistemas sustentáveis, é necessária uma estratégia nacional que aloque recursos de forma equitativa entre todos os biomas, respeitando suas especificidades. Apoiar iniciativas locais de restauração com treinamento personalizado, financiamento e assistência técnica também é fundamental. Ao enfrentar essas disparidades, o Brasil pode proteger sua biodiversidade e garantir um futuro sustentável.”

Restauração e reflorestamento

Lançado em 2021, o ORR é uma plataforma independente e multissetorial dedicada ao mapeamento de áreas em restauração, reflorestamento e regeneração de vegetação secundária. Seu comitê gestor é formado por Coalizão Brasil, WWF, WRI, Imazon e The Nature Conservancy.

A restauração é a recomposição de paisagens e habitats para espécies de fauna e flora nativas. Essa atividade tem sido motivada por diversos fatores, como benefícios socioambientais, geração de emprego e renda e mitigação das mudanças climáticas.

O reflorestamento é o plantio e cultivo de árvores para uso econômico. A vegetação secundária, por sua vez, corresponde a áreas que voltam a se regenerar após terem passado por um processo total ou parcial de destruição.

Nos últimos três anos, o grupo gestor do ORR dedicou-se à qualificação dos dados compilados na primeira versão da ferramenta, à coleta de novas informações e ao estabelecimento de parcerias com grupos atuantes no setor de restauração nos seis biomas brasileiros, conhecidos como coletivos biomáticos. São eles: Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Rede pela Restauração da Caatinga, Pacto pela Restauração do Pantanal, Articulação pela Restauração do Cerrado (Araticum), Aliança pela Restauração da Amazônia e Rede Sul — esta última, com atuação no Pampa.

A parceria com os coletivos biomáticos permitiu que o ORR ganhasse capilaridade e, assim, reproduzisse com maior fidelidade o avanço da restauração no Brasil. “As organizações dos biomas são fortes parceiras na coleta de dados devido ao seu extenso alcance territorial e acesso aos atores que estão, de fato, implementando os esforços de restauração no campo”, explica Godoy.

Diversos atores estão envolvidos na restauração ecológica. Governos e bancos nacionais e internacionais financiam a atividade no país. Organizações da sociedade civil e associações atentam para os benefícios ambientais da prática. As empresas têm aderido ao setor por diversas razões, como a comercialização de créditos de carbono e medidas de compensação ambiental. A maior parte dos projetos de restauração compilados pelo ORR ocorre em áreas de até cinco hectares – o equivalente a cinco campos de futebol -, mas há uma grande variação no tamanho, chegando a 3 mil hectares.

Os dados do ORR estão disponíveis, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.