Suínos / Peixes Situação em São Paulo
Preços pagos pelo suíno podem melhorar a partir de março, sugere presidente da APCS
Ao contrário do que acontece em muitos Estados brasileiros, onde a oferta de carne suína é maior do que a demanda, a maior parte da carne consumida em São Paulo é produzida na região Sul e Centro-Oeste do país. O Estado não consegue suprir o consumo da proteína, pois produz anualmente cerca de 200 mil toneladas, enquanto que o consumo chega a 900 mil toneladas/ano.
Ao contrário do que acontece em muitos Estados brasileiros, onde a oferta de carne suína é maior do que a demanda, a maior parte da carne consumida em São Paulo é produzida na região Sul e Centro-Oeste do país. O Estado não consegue suprir o consumo da proteína, pois produz anualmente cerca de 200 mil toneladas, enquanto que o consumo chega a 900 mil toneladas/ano.
Mesmo com mais demanda que oferta, segundo Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), a situação dos produtores em crise no Estado de São Paulo é semelhante a enfrentada pelos produtores em outras regiões que produzem mais do que consomem. “Sofremos a influência de mercado desses outros Estados”.
O presidente, no entanto, está otimista com as estratégias que, segundo ele, podem alavancar os preços pagos ao produtor a partir de março. A exemplo de suinocultores de outros Estados brasileiros, os produtores paulistas também estão abatendo os animais antes da hora. Segundo Ferreira, no Brasil se observa uma redução de 10 a 15 quilos em média, o que a longo prazo deve criar um déficit na oferta de carne suína no mercado. “A perspectiva para o final de fevereiro e começo de março é que haja um buraco na oferta. Isso pode sinalizar preços melhores para o produtor”, sugere.
Para Ferreira, três fatores têm elevado a tensão entre os suinocultores nos últimos meses, entre eles, o excedente de oferta. “Estamos sentindo as consequências de uma super oferta de carne que ocorreu principalmente nos meses de dezembro e início de janeiro”, relata.
O segundo ponto mencionado por Ferreira diz respeito à queda no valor pago aos produtores. Paralelo a isso, o presidente destaca a terceira questão que é o aumento do custo de produção por conta da escassez de milho e de outros componentes das rações. “Nunca tivemos na história uma saca de milho custando mais do que uma arroba suína, como acontece agora”, expõe, e completa: “Temos problemas também com o farelo de soja que sofre interferência de fatores macroeconômicos”, menciona.
A liderança cita ainda o aumento expressivo no preço dos aminoácidos usados na composição das rações em razão da valorização da moeda americana frente ao real. “Além dos preços muito altos dos aminoácidos, temos ainda o risco de faltar esses produtos no mercado”, alerta.
Custo de produção
Atualmente o custo para produzir um quilo de carne suína no Estado de São Paulo é de R$ 7,98. Entretanto, o valor médio do suíno vivo praticado é de R$ 5,33, déficit de R$ 2,65 por quilo comercializado.
Com peso de abate em torno de 110 quilos, hoje, o prejuízo sobre cada animal vendido é de aproximadament6e R$ 290.
Considerando o potencial de comercialização da Bolsa de Valores de São Paulo que é de 27 mil animais por semana, o rombo semanal na atividade é de quase R$ 8 milhões. “O suinocultor perdeu no mês de janeiro mais de R$ 33 milhões”, revela o presidente da APCS.
De acordo com Ferreira, as perspectivas de custo de produção devem continuar altas até o fim do primeiro semestre deste ano”.
Mercado externo
O Brasil exportou em volume no ano passado 1,13 milhão de tonelada de carne suína, 20% do total produzido no país e 11% a mais que em 2020, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Segundo Ferreira, é difícil para o Brasil exportar mais do que 25% do que se produz, o que deixa o país próximo do limite de exportação.
A China foi o país que mais importou carne suína do Brasil em 2021, com mais de 50% do total exportado, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No entanto, com a normalização da produção após enfrentar sérios problemas sanitários em 2019, o país asiático tirou o pé do acelerador.
Ferreira destaca que a dependência do mercado chinês não é positiva para o Brasil. “Se não abrirmos novos mercados urgentemente, teremos um volume de exportação muito semelhante ao de 2021, e com o crescimento da nossa produção e produtividade no mercado interno, a oferta de carne continuará alta”, menciona.
Oferta
Para o presidente da APCS a redução de oferta no mercado é a saída para minimizar o rombo no orçamento dos suinocultores. Segundo ele, mesmo com a redução do preço da carne suína observada nos supermercados não se observa o aumento no consumo. “Chegamos num momento que não adianta mais baixar o preço porque o consumo já estabilizou”, afirma Ferreira.
De acordo com ele, a queda no poder aquisitivo de uma grande parcela da população dificulta o consumo interno e torna mais grave o problema dos suinocultores. “Para aumentarmos o consumo de carne o brasileiro precisa de renda, algo que muitos não têm no momento”, pontua.
Suínos / Peixes
Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta
ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas
A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.
Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.
Posicionamento da ACCS
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.
Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.
Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.
A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.
Suínos / Peixes
Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul
Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.
Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.
As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.
Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.
O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.
O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.
Suínos / Peixes
Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína
Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.
Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.
Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.
Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.