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Preços nacionais da soja alcançam os maiores patamares reais desde março deste ano

Os Indicadores Esalq/BM&FBovespa Paranaguá e Cepea/Esalq Paraná registraram expressivas altas de 7,6% e 7% entre junho e de julho, com respectivas médias de R$ 146,84/sc e de R$ 137,38/sc de 60 kg no último mês.

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Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA.

As indústrias brasileiras estiveram mais ativas nas aquisições da soja em grão em julho. Esse cenário elevou a disputa entre compradores domésticos e externos da oleaginosa, resultando em alta nos preços nacionais, que alcançaram os maiores patamares reais desde março deste ano. Além disso, sojicultores brasileiros estiveram retraídos nas vendas de
grandes volumes. Uma parcela dos produtores mostrou preferência por guardar o remanescente da safra 2022/23 em silos-bolsa em vez de comercializar no mercado spot – vale lembrar que esse tipo de armazenamento não é comum para a soja, pois pode elevar a umidade do grão.

Os Indicadores Esalq/BM&FBovespa Paranaguá e Cepea/Esalq Paraná registraram expressivas altas de 7,6% e 7% entre junho e de julho, com respectivas médias de R$ 146,84/sc e de R$ 137,38/sc de 60 kg no último mês. Ambos os preços são os maiores desde março deste ano, em termos reais (IGP-DI de jun/23). Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, entre as médias de junho e de julho, os preços da soja subiram 6,5% nos mercados de balcão (preço pago ao produtor) e no de lotes (negociações entre
empresas).

Quanto às vendas externas, o Brasil já embarcou volume recorde de 72,7 milhões de toneladas de soja na parcial deste ano (de janeiro a julho), quantidade 20,12% superior à escoada no mesmo período do ano passado. Em julho, especificamente, embora as exportações tenham diminuído 28% sobre o mês anterior, observa-se crescimento
de 31,9% na comparação com jul/22, de acordo com dados da Secex.As negociações para exportação, no entanto, foram limitadas pela baixa disponibilidade de cotas para embarques entre julho e agosto. Com isso, as negociações para embarque em setembro foram intensificadas. Além disso, as negociações de soja para embarque em outubro deste ano também foram iniciadas – vale observar que o interesse nos embarquesno décimo mês do ano tem sido mais tardio desde 2017.

Indústrias

A maior necessidade de matéria-prima no mercado spot se deve à firme demanda doméstica pelos derivados e às expectativas de crescimento na procura externa, reflexo dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia (o que pode redirecionar importadores de óleo de soja para o Brasil) e da menor oferta na Argentina. Com a menor oferta no país vizinho, as estimativas do USDA indicam que o Brasil deve expandir suas exportações de farelo de soja na temporada 2022/23, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto, à frente da Argentina (que, atualmente, é o principal exportador global de derivados de soja). O Brasil não liderava as vendasexternas de farelo desde a safra 1997/98.

Com isso, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja subiram 2,5% ente as médias de junho e de julho. Vale ressaltar que, em julho, 13 regiões brasileiras registraram as maiores médias desde abril deste ano, em termos reais. O preço do óleo de soja bruto e degomado na região de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) avançou 1,9% entre junho e julho, a R$ 5.091,58/tonelada na média do último mês.

Front externo

Os contratos futuros da soja e seus derivados subiram na CME Group (Bolsa de Chicago) em julho. O movimento de  lta se deve à menor área de cultivo de soja nos Estados Unidos em relação à safra passada e à redução na qualidade das lavouras norteamericanas, devido às irregularidades climáticas. Além disso, o preço futuro do grão foi influenciado pela valorização do óleo de soja, que, por sua vez, se deve à firme demanda do setor industrial. A elevação do petróleo também deu suporte aos preçosdeste subproduto, uma vez que aumenta o incentivo na mistura do biodiesel ao óleo diesel (o óleo de soja é a principal matéria-prima naprodução de biodiesel nos Estados Unidos e no Brasil).

Na CME Group, o primeiro vencimento do óleo de soja se valorizouexpressivos 21,8% entre junho e julho, a US$ 0,6803/lp (US$ 1.499,79/t)no último mês – a média mais elevada desde nov/22, em termosnominais.

O primeiro vencimento do farelo de soja registrou significativa alta de 7,3% em julho, a US$ 435,98/tonelada curta (US$ 480,58/t), o maior valor nominal desde abril deste ano. Quanto à soja em grão, a valorização foi de 5,4% entre as médias de junho e de julho, a US$ 15,0821/bushel (US$ 33,25/sc de 60 kg) no último mês, o maior valor
nominal desde fevereiro deste ano.

Vale ressaltar, no entanto, que as valorizações do grão foram limitadaspelo menor embarque nesta safra. De acordo com o relatório de inspeção e exportação do USDA, na parcial da safra 2022/23 (de set/22 a 27 de jul/23), os Estados Unidos escoaram 50,51 milhões de toneladasda oleaginosa, volume 5,9% inferior ao embarcado no mesmo período
da temporada anterior (53,68 milhões de toneladas).

Fonte: Assessoria Cepea

Notícias No Mato Grosso

Barra do Garças recebe nova estação meteorológica do Inmet

Equipamento transmite dados horários ao portal do instituto, ampliando monitoramento climático e apoio à agricultura e defesa civil.

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Foto: Divulgação/Mapa

Acidade de Barra do Garças (MT) passou a integrar a expansão da rede de monitoramento meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A nova estação automática já está instalada e começa a transmitir dados nesta segunda-feira (1°), com atualizações de hora em hora diretamente no portal do Inmet.

A chegada do equipamento fortalece o sistema nacional de observação meteorológica e amplia a cobertura no estado de Mato Grosso, aumentando a capacidade de coleta de informações essenciais para a defesa civil, o planejamento agrícola, estudos climáticos e demais atividades que dependem de dados confiáveis e atualizados.

Segundo o Inmet, outro conjunto de equipamentos está previsto para o próximo ano, o que ampliará ainda mais a rede no estado e aprimorará a qualidade e a frequência dos registros meteorológicos.

Os dados gerados serão públicos, gratuitos e atualizados de hora em hora. Qualquer pessoa, instituição ou setor produtivo poderá acessar as informações diretamente no portal do Inmet.

A instalação da estação em Barra do Garças contou com a parceria da prefeitura do município, que disponibilizou o espaço e a infraestrutura necessária para receber o equipamento. A cooperação permite que a cidade integre o sistema nacional, beneficiando também toda a região e fortalecendo a capacidade de monitoramento climático de Mato Grosso.

O estado já conta com outras estações automáticas do Inmet. A unidade instalada agora integra a nova leva de equipamentos implementados em 2025, ampliando a capilaridade da rede e reforçando o compromisso do governo federal com a modernização e a democratização do acesso às informações meteorológicas.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias

Brasil atualiza regras de agrotóxicos e cria marco para bioinsumos

Secretário apresenta avanços regulatórios que aumentam transparência, fortalecem análise de risco e incentivam tecnologias biológicas.

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Brasil apresenta avanços regulatórios em agrotóxicos e bioinsumos em simpósio na Coreia do Sul

Liderando a delegação brasileira na Coreia do Sul, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, apresentou na última quarta-feira (26), durante o Simpósio Internacional sobre Sistemas de Registro de Pesticidas, as principais mudanças legislativas conduzidas pelo Brasil nos últimos dois anos, com foco na modernização do sistema regulatório de agrotóxicos e na criação do novo marco legal de bioinsumos.

Durante sua fala, o secretário explicou que a nova legislação de agrotóxicos não alterou requisitos técnicos, mas ampliou a clareza das normas e fortaleceu princípios já utilizados pelo Brasil, como a análise de risco, agora obrigatória para todas as instâncias do processo decisório. “Nosso objetivo foi organizar e dar transparência ao que o país já aplicava, mantendo o rigor técnico que sempre caracterizou o sistema brasileiro”, destacou Goulart.

A lei também reforça o modelo tripartite brasileiro, composto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para eficiência agronômica, a Anvisa para toxicidade humana e o Ibama para toxicidade ambiental. Além disso, a legislação deixou mais clara as atribuições do Mapa para coordenar as análises de acordo com as necessidades estratégicas da agricultura brasileira.

Na segunda parte de sua apresentação, o secretário apresentou a recém-criada Lei de Bioinsumos, publicada no fim do ano passado, que atende a uma necessidade crescente do setor de regulamentar tecnologias que não se enquadram mais nas legislações tradicionais baseadas em produtos químicos. “O Brasil é hoje o maior usuário de produtos de base biológica do mundo, com 49% dos agricultores adotando algum tipo de bioinsumo e projeção de alcançar mais de 70% em até dez anos”, pontuou Goulart.

A nova lei cria um sistema abrangente, capaz de acomodar tecnologias inovadoras, como produtos derivados de plantas, animais ou microrganismos, inclusive geneticamente modificados. Também traz inovação ao possibilitar que um mesmo produto exerça múltiplas funções, por exemplo, atuar como fertilizante e como pesticida, evitando duplicidade de registros e reconhecendo a multifuncionalidade tecnológica de biológicos de nova geração.

Segundo o secretário, trata-se de uma legislação pioneira. “É uma das primeiras iniciativas globais com abordagem tão abrangente, necessária para acompanhar o ritmo das inovações que chegam ao setor”.

Apesar dos avanços, Goulart alertou para desafios ainda existentes, como a proteção de propriedade intelectual, especialmente para produtos que não são patenteáveis.

O decreto que regulamentará a Lei de Bioinsumos está em fase final de elaboração. A expectativa é que seja concluído nos próximos meses. “O Brasil continuará demandando produtos químicos, mas é hoje também o maior mercado de tecnologias biológicas. Garantir um ambiente regulatório moderno é essencial para que essas inovações cheguem ao campo no momento certo”, concluiu.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias

Alta do milho acelera com aquecimento da demanda interna

Consumidores reforçam estoques e oferta limitada mantém preços em alta.

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Foto: Freepik

A procura doméstica por milho voltou a se aquecer na semana passada, o que elevou os preços do cereal na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Parte dos consumidores que priorizava o uso de estoques e/ou aguardava desvalorização voltou ao mercado, no intuito de recompor os estoques e se programar para o final de 2025 – vale lembrar que as últimas semanas do ano são marcadas pela menor liquidez, sobretudo devido à paralisação de transportadoras.

Foto: Freepik

Do lado da oferta, pesquisadores do Cepea indicam que vendedores, que estão focados na semeadura da safra verão e atentos a esse retorno dos consumidores, limitam o volume de mercadoria para entrega imediata, reforçando a alta nas cotações.

Além disso, a paridade de exportação e os embarques se mantendo em bons patamares também dão suporte aos vendedores, que acabam aguardando melhores oportunidades para novos negócios.

Pesquisadores do Cepea lembram que, para os próximos meses, a entrada da safra dos Estados Unidos, a necessidade de liberação de armazéns por parte de agricultores brasileiros e o estoque de passagem elevado no País podem limitar avanços nos preços internos do milho.

Fonte: Assessoria Cepea
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