Notícias Safra
Preços motivam e área de soja deve aumentar no Brasil em 2021/22
Com o plantio iniciando somente em setembro, o cenário preliminar, contando com clima regular, aponta para nova produção recorde
Impulsionados por dois anos consecutivos de preços firmes, o sojicultor brasileiro deverá ampliar novamente a área a ser cultivada em 2021/22. Com o plantio iniciando somente em setembro, o cenário preliminar, contando com clima regular, aponta para nova produção recorde, podendo superar 140 milhões de toneladas.
Os produtores brasileiros deverão cultivar 39,82 milhões de hectares em 2021/22, a maior área da história, crescendo 2,3% sobre o total semeado no ano passado, de 38,93 milhões. A projeção faz parte do levantamento de intenção de plantio de SAFRAS & Mercado.
Com uma possível elevação de produtividade, de 3.542 quilos para 3.590 quilos por hectare, a produção nacional deve ficar acima da obtida nesta temporada. A previsão inicial é de uma safra de 142,24 milhões de toneladas, 3,7% maior que o recorde de 137,19 milhões obtido neste ano.
“O Brasil novamente deverá registrar uma expansão na área semeada com soja na safra 2021/22, que começará a ser plantada em setembro”, confirma o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.
Na avaliação do consultor, as fortes rentabilidades registradas ao longo de 2020 e 2021, aliadas à manutenção de preços elevados no segundo semestre deste ano, serão o principal fator de incentivo para um novo crescimento da área brasileira de soja.
Apesar disso, nesta temporada, o avanço poderá ser um pouco menor frente a temporadas anteriores, devido às boas margens registradas também no milho e na pecuária. Mesmo assim, a soja ganhará terreno frente à abertura de novas áreas e recuperação/utilização de áreas de pastagens degradadas.
O maior aumento percentual de área deverá novamente ficar com a região Norte, onde a fronteira agrícola encontra mais espaço para crescimento. Entre os principais estados produtores, destaque para o Mato Grosso, que mesmo com a maior área semeada no país, deverá registrar um novo aumento considerável. No estado e em toda a região Centro-Oeste, além do Sudeste, mantém-se a ideia de centralização da produção de verão na soja e da segunda safra no milho.
“Se o clima permitir, o Brasil irá colher uma nova safra recorde de soja na temporada 2021/22, superando pela primeira vez o patamar de 140 milhões de toneladas produzidas”, conclui Roque.
Notícias Comércio exterior
Ministério da Agricultura se junta à Plataforma Brasil Exportação com feiras internacionais do setor agropecuário
Parceria estratégica impulsiona a presença global do setor ao divulgar as feiras e eventos apoiadas pelo Ministério na Plataforma Brasil Exportação: hub digital que reúne mais de 600 serviços de apoio ao comércio exterior.
Com a adesão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) à Plataforma Brasil Exportação, os empresários brasileiros do setor ganham acesso a uma variedade de serviços de apoio à exportação. Estudos de mercado, suporte logístico e eventos internacionais são algumas das soluções que a Plataforma oferece para empresários do agro que buscam mercados internacionais.
Na Plataforma Brasil Exportação, idealizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e operada pela ApexBrasil, é possível verificar o Calendário Brasileiro de Promoção Comercial, uma agenda que reúne ações das principais entidades de comércio exterior do Brasil, inclusive as feiras do setor de alimentos, bebidas e agronegócios apoiadas pelo Mapa.
Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Júlio Ramos, a Plataforma Brasil Exportação é de extrema importância, pois consolida todos os serviços de comércio exterior em uma plataforma digital única, com o objetivo principal de promover a integração, especialmente das micro e pequenas empresas, no cenário internacional. “Dessa forma, ela simplifica o processo, permitindo um acesso mais fácil e eficiente aos recursos necessários para o comércio exterior, gerando, ao mesmo tempo, renda e emprego para o país”, ressalta.
Benefícios para o setor da agricultura e pecuária
Os empresários e produtores do setor podem aproveitar também todos os outros recursos da Plataforma para simplificar e potencializar suas iniciativas de exportação, desde a qualificação, até os procedimentos aduaneiros e logísticos. Por meio de uma interface intuitiva, a comunidade conecta os exportadores a prestadores de serviços voltados ao comércio exterior.
O Mapa já disponibiliza 11 oportunidades de missões para feiras internacionais voltadas ao setor de alimentos, bebidas e agronegócios, contemplando 4 continentes diferentes. Dentre elas, a SIAL Canadá na América, Anuga na Ásia, Food África no continente africano e Food Ingredients na Europa.
Segundo Juarez Leal, gerente da Plataforma Brasil Exportação na ApexBrasil, “a inclusão dos eventos internacionais liderados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, na plataforma Brasil Exportação, ampliarão significativamente as opções de entrada em mercados internacionais para empresas brasileiras relacionadas ao agronegócio”.
Você pode conferir todas as oportunidades oferecidas pelo Ministério aqui.
Sobre a Plataforma Brasil Exportação
Operada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a plataforma já ultrapassa o número de 600 serviços e 130 prestadores ativos, que englobam países de cinco continentes, facilitando o acesso aos mercados-alvo dessas regiões. O cadastro é gratuito e pode ser feito de forma rápida e fácil.
Fruto da cooperação entre os governos brasileiro e britânico, a plataforma foi idealizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e tem como parceiros o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Notícias
Recorde de aberturas de mercados marca o melhor semestre da história do comércio exterior para o agro
Junho também registrou maior expansão na série histórica, com 26 aberturas em 13 países. Desde o começo de 2023, o Brasil alcançou um total de 150 mercados em 52 países.
m apenas seis meses de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) abriu 72 novos mercados para produtos agrícolas brasileiros no comércio mundial, beneficiando 30 países. O número supera recordes anteriores e é maior do que o registrado durante todo o ano de 2019 e 2022, que tiveram 35 e 53 novas aberturas, respectivamente.
Junho foi o mês que mais contribuiu para tornar este o melhor semestre da história para o comércio exterior da agropecuária brasileira. Ao longo do mês, foram abertos 26 mercados em 13 países, correspondendo a 32% de todas as aberturas realizadas no ano. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade. Batemos todos os recordes de abertura de mercados – 18 meses, um ano e meio de governo Lula -, 150 mercados abertos para produtos da agropecuária brasileira”, ressalta o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
As aberturas de 2024 já contemplam todos os continentes: África (6) – África do Sul, Botsuana, Lesoto, Nigéria, Zâmbia e Egito; Ásia (13) – Arábia Saudita, Armênia, Butão, Cazaquistão, China e Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Omã, Paquistão, Quirguistão, Singapura e Turquia; Europa (3) – Belarus, Rússia e Grã-Bretanha; Oceania (1) – Austrália; e Américas (7) – Canadá, México, Estados Unidos, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Peru.
Entre os principais produtos que tiveram acordos nos requisitos sanitários e fitossanitários estão pescados de cultivo e derivados, sementes de hortaliças, suínos vivos e seus derivados, carne suína, pescados, gelatina e colágeno de várias origens, proteínas processadas de aves, produtos à base de camarões, embriões bovinos, sêmen bovino, alevinos de tilápia, peixes ornamentais, carne e produtos cárneos de ovinos, extrato de carne bovina, café verde, ovos e milho não transgênico.
A expansão de mercados internacionais também tem impulsionado as exportações brasileiras, com o agronegócio representando 49,6% do total nos primeiros cinco meses do ano, gerando US$ 67,17 bilhões em receita. “Atendendo ao pedido do presidente Lula e do ministro Fávaro, temos trabalhado incansavelmente e dialogado com diversos países para oferecer ainda mais oportunidades aos produtores rurais, facilitando a exportação e aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.
Desde o começo de 2023, período em que iniciou o terceiro mandato do presidente Lula e a gestão do ministro Carlos Fávaro no Mapa, o Brasil alcançou um total de 150 mercados em 52 países.
Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Evolução dos Mercados e Países Atendidos (2019-2024)
2019: 35 mercados | 18 países
2020: 74 mercados | 24 países
2021: 77 mercados | 33 países
2022: 53 mercados | 26 países
2023: 78 mercados | 39 países
2024: 72 mercados | 30 países (até o momento)
Notícias
Maior oferta mantém preços do milho em queda
Um dos motivos é a colheita da segunda safra em ritmo mais adiantado neste ano, o que tem elevado a oferta do cereal em muitas praças, como Paraná e Mato Grosso.
Os preços do milho estão em queda na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
Um dos motivos é a colheita da segunda safra em ritmo mais adiantado neste ano, o que tem elevado a oferta do cereal em muitas praças, como Paraná e Mato Grosso.
Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos produtores está mais flexível nas negociações de novos lotes, mas demandantes limitam as compras, priorizando o recebimento do milho já adquirido antecipadamente.
Além disso, a disponibilidade global na atual temporada está elevada – tendo em vista as maiores produções nos Estados Unidos e na Argentina.
Ainda conforme pesquisadores do Cepea, nem mesmo a valorização do dólar foi suficiente para conter os recuos no spot.
Mesmo assim, o avanço da moeda norte-americana pode elevar a paridade de exportação e permitir altas nas cotações internas.