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Preços do trigo recuam com avanço da colheita e câmbio favorável
Estimativa da Conab aponta menor safra desde 2020, com queda na área cultivada e retração de quase 20% em relação a 2024.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo caíram nos últimos dias refletindo o avanço da colheita da nova safra, sobretudo no Paraná, combinado à desvalorização do dólar frente ao Real.
Segundo o Centro de Pesquisas, vendedores passam a ficar mais ativos no mercado spot. Já compradores estão retraídos, indicando estar abastecidos com cereal importado em meses anteriores.
No relatório de setembro/25, a Conab reduziu a estimativa de produção brasileira, diante da menor área cultivada. A safra foi projetada em 7,536 milhões de toneladas, 3,5% abaixo da apontada em agosto e 4,5% inferior à de 2024 – o menor volume desde 2020.
A área deve somar 2,449 milhões de hectares, queda de 3,8% sobre o relatório anterior e de 19,9% em relação a 2024.
Segundo pesquisadores do Cepea, o ligeiro aumento de 0,3% na produtividade (3,077 t/ha) não compensa a retração da área.

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Balança comercial tem superávit de US$ 1,5 bilhão na segunda semana de dezembro
Exportações somaram US$ 6,9 bilhões no período, com forte avanço da agropecuária e da indústria extrativa, segundo dados da Secex/MDIC.

Na 2ª semana de dezembro de 2025, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 12,4 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,9 bilhões e importações de US$ 5,5 bilhões.
No mês, as exportações somam US$ 14,3 bilhões e as importações, US$ 11 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,3 bilhões e corrente de comércio de US$ 25,2 bilhões.
No ano, as exportações totalizam US$ 332,1 bilhões e as importações, US$ 271 bilhões, com saldo positivo de US$ 61,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 603 bilhões. Esses e outros dados foram divulgados nesta segunda-feira (15/12), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).
Balança Comercial Preliminar Parcial do Mês – 2º Semana de Dezembro/2025

Nas exportações, comparadas as médias até a 2ª semana de dezembro/2025 (US$ 1,4 bi) com a de dezembro/2024 (US$ 1,2 bi), houve crescimento de 20,4%. Em relação às importações houve crescimento de 13,9% na comparação entre as médias até a 2ª semana de dezembro/2025 (US$ 1,1 bi) com a do mês de dezembro/2024 (US$ 964,06 milhões).
Assim, até a 2ª semana de dezembro/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2.524,51 milhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 327,67 milhões. Comparando-se este período com a média de dezembro/2024, houve crescimento de 17,5% na corrente de comércio.
Exportações e importações por Setor
No acumulado até a 2ª semana do mês de dezembro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores exportadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 77,86 milhões (41,1%) em Agropecuária; de US$ 125,57 milhões (52,0%) em Indústria Extrativa e de US$ 37,67 milhões (5,0%) em produtos da Indústria de Transformação.
No acumulado até a 2ª semana do mês de dezembro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores importadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 2,85 milhões (12,6%) em Agropecuária; de US$ 11,2 milhões (28,9%) em Indústria Extrativa e de US$ 121,47 milhões (13,6%) em produtos da Indústria de Transformação.
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Trigo mantém oferta global elevada e pressiona preços
Produção mundial para 2025/26 deve atingir 837,8 milhões de toneladas, mas consumo cresce de forma mais moderada, limitando recuperação das cotações.

Relatório divulgado neste mês pelo USDA e analisado pelo Cepea reforça o cenário de ampla disponibilidade global do trigo na temporada 2025/26 e mantém a pressão sobre as cotações externas do cereal.
Segundo pesquisadores do Cepea, o reajuste positivo na oferta, acompanhado por um crescimento mais moderado do consumo, elevou os estoques globais e limitou a recuperação dos preços, apesar das tensões geopolíticas na região do Mar Negro.
A produção mundial de trigo para a temporada 2025/26 deve alcançar 837,8 milhões de toneladas, de acordo com o USDA, volume 1,1% superior ao projetado em novembro e 4,6% acima do registrado em 2024/25.
A demanda é estimada em 822,97 milhões de toneladas, alta de 0,5% em relação a novembro e de 1,5% na comparação anual.
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Programa Coopera Agro Santa Catarina avança e anima setor de aves e suínos
Iniciativa aprovada pela Alesc amplia o acesso ao crédito, estimula investimentos no campo e fortalece a competitividade das cadeias de proteína animal no estado.

A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne) comemoram a aprovação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) do Programa Coopera Agro SC, de autoria do Governo do Estado. A iniciativa prevê a criação de até 10 linhas de crédito, somando R$ 1 bilhão em financiamentos voltados a agricultores vinculados a cooperativas e integradoras, com impacto econômico estimado em R$ 26 bilhões, 40 mil empregos diretos e indiretos, além de benefícios para mais de 120 mil produtores rurais.

Diretor executivo das entidades, Jorge Luiz de Lima, estima crescimento de 3% a 5% em 5 anos.
As entidades que representam o forte setor de proteína animal catarinense destacam que a iniciativa chega em um momento decisivo para ampliar investimentos, garantir competitividade e fortalecer todas as cadeias. O diretor executivo das duas entidades, Jorge Luiz de Lima, reforça que o programa atende demandas históricas do setor ao criar mecanismos reais e sustentáveis de acesso ao crédito.
“Hoje, o setor tem capacidade de ampliação e modernização, mas esbarra na burocracia e limitação de crédito. Com acesso facilitado pelo programa, os produtores de suínos e aves poderão ampliar suas capacidades produtivas e investir em novas tecnologias. Com isso, as agroindústrias também aumentam produtividade e o setor tecnológico acompanha a geração de empregos. Eu chamo essa iniciativa de economia circular, cuja estimativa de crescimento dos setores pode alcançar de 3 a 5% em 5 anos”, avalia Lima.
O dirigente ressalta que ACAV e Sindicarne participaram da construção do Programa e acompanharão de perto a sua efetivação.
Programa
O Programa Coopera Agro SC busca ampliar o acesso ao crédito, fortalecer cooperativas e agroindústrias e impulsionar a competitividade do campo em todas as regiões. Isso porque, as condições de financiamento são diferenciadas, com taxa de juros reduzida, próxima a 9% ao ano, e prazo total de quitação de 10 anos, incluindo dois anos de carência.
A operacionalização financeira será conduzida em parceria entre o Governo do Estado e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por meio da aquisição de Letras Financeiras com prazo de 10 anos. O programa prevê R$ 200 milhões aportados pelo Estado e R$ 800 milhões pelo setor privado. Como incentivo adicional, o Governo poderá liberar créditos acumulados de ICMS, limitados a até 50% do valor investido.
A coordenação do programa é da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape), com apoio da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) e da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).



