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Preços do terneiro para o outono devem ser menores que da temporada passada

Segundo o Instituto Desenvolve Pecuária, custos de produção e queda no câmbio do dólar, aliado aos efeitos da estiagem, devem dar mais cautela nos investimentos neste período.

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Divulgação/AgroEffective

Apesar de uma oferta um pouco maior de terneiros na temporada de outono, os valores devem diminuir em relação ao mesmo período de 2021. A avaliação é do presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária, Ivan Faria. Fatores como alta nos custos de produção em toda a cadeia, estão relacionados com este prognóstico conforme a entidade.

Faria observa que, embora o rebanho bovino do Rio Grande do Sul tenha diminuído, não tão drasticamente, mas significativamente, a produtividade da cria tem aumentado. Nos últimos vinte anos aponta que o desfrute saiu de 12% para algo em torno de 20% em relação ao estoque. “Esse ano a gente espera uma oferta cerca de 10% maior do que no ano passado em função do investimento na cria com retenção de matrizes, com adoção de tecnologias como IATF, com investimento maior em aquisição touros, advindos dos bons preços que vieram se projetando na pecuária.Ano passado foi um ano atípico, com um preço fora da curva, chegando à cerca de 45% acima do preço do boi gordo, quando o histórico se aloca entre 10% e 20% acima do boi gordo a média do preço do terneiro.

Pelo lado da demanda, de acordo com o dirigente, se vê alguns sinais negativos em relação ao ano passado. O primeiro é o próprio preço do boi gordo que não projetou. “O pessoal que comprou terneiro acima de R$ 15,00 pra vender um boi a R$ 11,50 tem uma defasagem de preço que a produção não consegue superar e muito em função dos custos de produção que aumentaram severamente, salientando a questão dos fertilizantes e combustíveis e todo o insumo da pecuária, tais como medicamentos, aramados, mão-de-obra. Então, com a produção mais cara e a matéria-prima mais cara, que é o terneiro para o invernador, a margem diminuiu. Se você considerar a diferença de preço de compra e de venda a margem é muito menor. Deixa o invernador muito mais cauteloso”, destaca.

Sobre a exportação de terneiros, o diretor do Desenvolve Pecuária frisa que, com esse câmbio que vem já muito abaixo do que estava, quando o único navio de exportação que saiu esse ano para o Egito foi fechado era acima de US$ 5,50 e, hoje, se encontra em um patamar de US$ 4,75. É uma defasagem muito grande e esse valor dificulta o exportador cada vez mais ser competitivo para comprar. “E esse gado exportado foi comprado na seca do verão, portanto com preços e peso deprimidos, o que ocasionou uma oportunidade de preço e ganho de peso por parte do exportador na quarentena e mesmo assim esse exportador teve prejuízo na operação. Com o dólar mais baixo a gente não vê possibilidade, a se manter esse cenário, de haver uma exportação significativa ou mesmo uma possibilidade de exportação de terneiros para outros países”, ressalta.

Com relação à exportação para outros Estados do Brasil, Faria diz que também se enxerga uma situação diferente do ano passado, onde lá o terneiro estava muito valorizado e houve oportunidades de negócio. “Esse ano o terneiro no Centro-Oeste está no mesmo preço que está aqui no Sul. Isso dificulta a vinda do comprador daquela região porque ele tem que despender um frete mais caro e pagar uma pauta de ICMS ao chegar com esses animais muito acima da oportunidade de negócio que tem lá. Para mercados de nicho que exigem uma carne de mais marmoreio, mais maciez, houve avanços genéticos significativos em cruzamentos com raças britânicas que melhoraram as possibilidades do Centro-Oeste de trabalhar com o capital genético deles. Fora algum mercado de nicho, de restaurantes, de carne especializada que venha a demandar carne pura britânica e então algum confinamento de fornecimento vir se abastecer aqui, não vemos oportunidades muito claras e prováveis de exportação de terneiros para o restante dos Estados do Brasil”, explica.

Outro fator negativo importante, conforme Faria, é a questão da severa seca que afetou a maioria das regiões do Estado e tirou aquele resultado da lavoura, principalmente da soja, do orçamento deste ano. “Em vez de ter resultado, ter lucro na lavoura, o produtor de soja teve prejuízo. E conforme informação do Nespro, cerca de 40% dos compradores de terneiros nas safras de terneiros de outono são sojicultores. Este pessoal está descapitalizado, há campanhas muito fortes para o plantio de trigo e eles vão querer essa oportunidade, pois existe uma oportunidade para travar o trigo no mercado internacional, existe uma alavancagem, coisa que para pecuária a gente não tem. Não tem ninguém financiando o terneiro a rodo. A gente tem algumas oportunidades, mas nunca para formar um estoque inteiro”, coloca.

O diretor do Desenvolve Pecuária comenta ainda se espera um outro patamar de preços, “coisa que o mercado está mostrando e tudo que vai ao mercado hoje tem cerca de 20% de preço menor do que no ano passado, o que preocupa porque também o criador teve o seu aumento de custos e ele tem que remunerar o seu processo. Ele investiu, investiu pesado e precisa remunerar esse investimento, e este ano vai estar mais apertado. Mas a gente crê que esses ciclos pecuários são vasos comunicantes, eles vão se acomodando. Não é possível que um elo da cadeia tenha uma remuneração extraordinária e que o outro vá bancar essa conta sem que essa conta seja cobrada no processo futuro. Isso é uma lei da pecuária”, finaliza.

Fonte: Assessoria

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Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

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Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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