Bovinos / Grãos / Máquinas
Preços do milho seguem firmes no Brasil
Compradores brasileiros seguem ativos, mas com dificuldades em adquirir novos lotes, tendo em vista que esbarram na baixa disponibilidade e nos maiores valores pedidos por vendedores.

Os preços do milho continuam firmes na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, embora a intensidade das altas tenha sido menor na última semana.
Segundo o Centro de Pesquisas, compradores brasileiros seguem ativos, mas com dificuldades em adquirir novos lotes, tendo em vista que esbarram na baixa disponibilidade e nos maiores valores pedidos por vendedores.
Esses agentes, por sua vez, limitam a oferta do cereal no spot, à espera de novas valorizações, fundamentados nas incertezas referentes à segunda safra, que, por enquanto, apresenta ritmo de semeadura abaixo do da temporada passada.
Na tentativa de reduzir os preços, o governo brasileiro anunciou que retirará a taxa de importação de milho nos próximos dias. Cabe ressaltar que, na safra 2023/24, foram importadas 1,7 milhão de toneladas, representando apenas 1,4% da oferta (resultado da soma dos estoques iniciais, produção e importação, conforme dados da Conab).

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Conab anuncia medidas para apoiar produtores de leite diante da pressão nos preços
Ações incluem compra de leite em pó e distribuição social enquanto entidades do setor defendem iniciativas complementares para garantir sustentabilidade à cadeia leiteira.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ações para ajudar os produtores de leite que têm sido impactados pela queda dos preços do produto no mercado. O encontro em Porto Alegre (RS), que reuniu autoridades dos governos federal, estadual, deputados e presidentes de associações e cooperativas ocorreu na sede da Superintendência da Conab da capital gaúcha.
O presidente da autarquia, Edegar Pretto, anunciou um aporte de R$ 106 milhões que serão destinados a sete estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Sergipe e Alagoas) visando a compra de leite em pó. No total serão adquiridas 2,5 milhões de toneladas de leite, sendo 1,1 milhão do Rio Grande do Sul, onde o material ficará armazenado na unidade da Conab, em Canoas.
Para os gaúchos, serão R$ 41,87 milhões, ou 44% do volume total da compra de leite em pó. O alvo da Conab é distribuir esse leite nas cestas básicas, cozinhas solidárias e grupos de indígenas e quilombolas, entre outros. O governo vai pagar R$ 41,89 por quilo de leite em pó.
O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, reconheceu o esforço da Conab em auxiliar a cadeia leiteira, mas ponderou que a medida, de forma isolada, é insuficiente. “Precisamos que essa ação seja somada a outras. Que os estados produtores de leite se somem a essa ação no sentido de comprarem o produto também”, ponderou.
Tang destacou como exemplo de uma ação paralela a da Conab, a questão da tarifa antidumping para derivados lácteos dos países do Mercosul. “Alguma regulamentação sobre a importação precisa ser feita já”, pediu. Ainda avaliando a iniciativa da Conab, o dirigente reconheceu que com um número maior de retirada desse leite do mercado, talvez o preço melhore um pouco. “O que nós estamos reivindicando é que o produtor possa pelo menos cobrir o prejuízo”, ressaltou.
Tang chamou a atenção também para o momento que precisa da colaboração de todos, incluindo também indústria e varejo. “Talvez também no produto lácteo seja hora de ter lucro mais baixo ou mesmo zero para poder sobrar um pouco ao produtor para ele ficar vivo”, sugeriu.
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Embrapa apresenta protocolos para reduzir emissões na produção de leite
Práticas desenvolvidas pela pesquisa indicam caminhos para diminuir gases de efeito estufa e aumentar o sequestro de carbono na atividade leiteira brasileira.

A Embrapa desenvolveu três protocolos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e aumentar o sequestro de carbono na produção de leite. Denominados Boas práticas para a mitigação da emissão de metano dos bovinos; Boas práticas para a redução da emissão de amônia e óxido nitroso no solo; e Boas práticas de manejo de solos para acúmulo de carbono, eles são resultado de anos de pesquisa e incidem sobre os principais processos geradores de GEE da pecuária de carne e leite, como a aplicação de fertilizantes nos solos e o uso de insumos na produção de alimentos para os animais. A iniciativa representa uma contribuição concreta para a mitigação dos impactos climáticos na agropecuária.
Os protocolos, que fazem parte de um livro publicado pela Embrapa Pecuária Sudeste, vão contribuir para os objetivos de descarbonização da cadeia leiteira do País e para o atendimento da meta 13 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de combate às mudanças climáticas.
De acordo com a pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira, da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), a atividade leiteira é desafiadora para o produtor. A redução das emissões é mais um fator de preocupação que pecuaristas devem considerar na tomada de decisões nas propriedades para garantir a segurança alimentar das gerações futuras, com menor impacto ambiental, e atendendo ao mercado consumidor, cada vez mais exigente.
Segundo estimativas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), de 2024, ano base 2022, o setor agropecuário é responsável por 30,5% das emissões de GEE do Brasil. Dessas, 19% são de metano. Das emissões de metano, 97% são provenientes dos bovinos e, desse montante, 86% do rebanho de corte e 11% do rebanho leiteiro.
Os três protocolos desenvolvidos pela Embrapa estabelecem métodos e tecnologias que podem ser adotados nos sistemas de produção de leite para diminuir as emissões e aumentar o sequestro de carbono. Técnicos e produtores têm à disposição soluções para cooperar na garantia da sustentabilidade do Planeta. “A adoção de tecnologias adequadas para cada tipo de sistema é crucial para desenvolver uma pecuária mais resiliente, sustentável e responsável”, destaca o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt.
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Minerva Foods é a primeira indústria frigorífica de bovinos a conquistar a ISO 45001 na América do Sul
Certificação internacional em saúde e segurança ocupacional foi obtida pela unidade de José Bonifácio (SP) e reforça os padrões de segurança e gestão adotados pela companhia.

A Minerva Foods, Companhia global de alimentos que reúne as marcas Pul, Estância 92 e Cabaña Las Lilas, anuncia a conquista da certificação ISO 45001, na unidade de José Bonifácio (SP), tornando-se a primeira planta frigorífica de bovinos na América do Sul a receber esse reconhecimento internacional.
A norma estabelece os requisitos para um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) e fornece orientações para o seu uso, para possibilitar que as empresas ofereçam ambientes de trabalho seguros e saudáveis, contribuindo, assim, para a prevenção de lesões e doenças relacionadas à suas atividades laborais.
Para obter a certificação, as empresas passam por um rigoroso processo de auditoria que analisa a existência de um sistema eficaz de gestão de saúde e segurança ocupacional. Isso inclui identificar perigos, avaliar riscos, determinar controles e cumprir requisitos legais, além de estabelecer uma política de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) com participação da liderança e dos colaboradores.
A organização deve oferecer treinamento e comunicação adequada, implementar controles operacionais, preparar-se para emergências e monitorar continuamente o desempenho por meio de inspeções, auditorias e indicadores, além de comprovar a melhoria contínua, aprimorando os processos para garantir ambientes seguros e saudáveis. “A conquista reforça os padrões de segurança adotados pela Companhia. Estamos muito orgulhosos de sermos a primeira unidade frigorífica da América do Sul a receber esse reconhecimento e seguiremos investindo em proporcionar o melhor ambiente de trabalho e segurança para nossos colaboradores”, destaca Raphael de Oliveira Roza, Gerente Global de Segurança e Saúde Ocupacional da Minerva Foods.
Além da certificação ISO 45001, a Companhia reúne uma série de reconhecimentos nacionais e internacionais que atestam a conformidade de seus ambientes de trabalho, incluindo a ISO 14001, a auditoria SMETA e o selo Great Place to Work (GPTW).



