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Preços do milho recuam no Brasil seguindo perdas na Bolsa de Chicago

Recentes quedas na Bolsa de Chicago para o milho pressionaram os preços nos portos e passaram também ao interior

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O mercado brasileiro de milho, enfim, após meses de avanços constantes nos preços, passa por um período de acomodação, com declínio nos valores do cereal. A oferta melhorou em parte das praças, para entrega futura predominantemente, mas o suficiente para pressionar as cotações.

As recentes quedas na Bolsa de Chicago para o milho pressionaram os preços nos portos e passaram também ao interior. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o movimento de preços na Bolsa de Chicago parece normal diante de um mercado que estava precificado de forma exagerada para cima e corrigiu pós relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). “O exagero se deve ao fato de que a safra norte-americana vai avançando bem e não há sinais de problemas à frente, ainda”, comenta.

O mercado brasileiro, entretanto, mostrou consolidação das altas não em função do quadro externo, mas, diante do ambiente de abastecimento e das péssimas condições da safrinha 2021, avalia Molinari. “Alguma ocorrência de chuvas no Paraná, Sul de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul, infelizmente, não mudam o cenário trágico desta safrinha, mesmo porque nas demais regiões o quadro seguiu de seca continuada”, indica. As recentes chuvas e as precipitações previstas para o final de maio atenuam um pouco o quadro, mas segue a preocupação.

O consultor diz que as baixas na Bolsa de Chicago podem pressionar um pouco mais as tradings a elevar as vendas no mercado interno em detrimento da exportação”, avalia. Molinari pondera que as tradings podem vender, mas as entregas de milho ocorrerão somente após a colheita da safrinha. “A influência da Bolsa de Chicago nos preços de safrinha o Brasil é muito evidente, pois forma o preço de porto e determina os níveis que as tradings irão praticar no mercado interno”, ressaltou Molinari. “Com as baixas na Bolsa de Chicago, o mercado parece tentar esquecer da quebra expressiva da safrinha para se concentrar nos preços de porto”, indicou.

O consultor adverte, entretanto, que não há oferta disponível no mercado interno para atender plenamente a demanda regional até agosto com a quebra de safrinha. Normalmente, em junho já teríamos entrada de safrinha e avançaria em julho. “Neste ano, podemos ter sim alguma colheita em junho, mas, o forte da entrada da safrinha será em agosto. O ponto central neste ambiente em que a oferta segue justa e a colheita da safrinha ainda não avança é o posicionamento do produtor com venda de milho disponível, ainda nos armazéns, e das tradings para entregas na safrinha. Os produtores parecem não ter alterado a sua postura de venda apesar das baixas na Bolsa de Chicago. O que mais estaria pesando nestas decisões, neste momento, é a realidade da produção da safrinha”, afirma. “Como não chove, não vendem independente de outros fatores. Mas, as tradings acreditam que receberão os contratos de safrinha vinculados juntos aos produtores, em particular no Mato Grosso e procuram acelerar o repasse destes lotes para o mercado interno”, coloca Molinari.

No balanço dos últimos sete dias, entre a quinta-feira (13 de maio) e esta quinta-feira (20 de maio), o milho no Porto de Santos se manteve em R$ 87,00 a saca.

O preço do milho em Campinas/CIF no mesmo comparativo caiu na venda de R$ 109,00 para R$ 103,00 a saca, baixa de 5,5%. Na região Mogiana paulista, o cereal recuou na venda de R$ 106,00 para R$ 101,00 a saca, baixa de 4,7%.

Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço baixou de R$ 105,00 para R$ 97,00 a saca, perda de 7,6%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação caiu de 92,00 a saca para R$ 86,00 (-6,5%). Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor caiu de R$ 105,00 para R$ 103,00 a saca, baixa de 1,9%.

Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho se mantiveram em R$ 100,00 a saca. Em Rio Verde, Goiás, o mercado recuou no  comparativo de R$ 100,00 para R$ 96,00 a saca, baixa de 4,0%.

Fonte: Agência SAFRAS

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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