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Preços do boi gordo sobem em junho, mas demanda chinesa preocupa

Setor Carnes brasileiro segue preocupado em relação à queda dos preços na suinocultura chinesa, que permanece em viés de baixa

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Arquivo/OP Rural

O mercado físico de boi gordo apresentou preços mais altos nas principais regiões de produção e comercialização do país em junho. Ao longo do mês, houve relatos de negociações pontuais acima da referência média. “Essas negociações aconteceram prioritariamente com animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês”, assinalou o analista.

Enquanto isso, os frigoríficos seguem com escalas de abate relativamente confortáveis, posicionadas entre três e cinco dias úteis, mas, mesmo assim não conseguem exercer pressão sobre o mercado.

Ainda conforme o analista, o Setor Carnes brasileiro segue preocupado em relação à queda dos preços na suinocultura chinesa, que permanece em viés de baixa. “Este é um sintoma clássico de avanço da oferta. Precisa ser considerado que nesse ambiente é possível que a China passe a renegociar contratos tentando reduzir o seu preço de importação, além de uma possível redução do volume importado. O bom desempenho das exportações brasileiras no primeiro semestre foi consequência de contratos firmados anteriormente, ou seja, as mudanças mais contundentes em torno do fluxo exportado tendem a acontecer nos próximos meses”, apontou.

Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 01 de julho:

  • São Paulo (Capital) – R$ 320,00 a arroba, contra R$ 318,00 a arroba em 30 de maio, subindo 0,63%.
  • Minas Gerais (Uberaba) – R$ 315,00 a arroba, ante R$ 305,00 a arroba, alta de 3,3%.
  • Goiânia (Goiás) – R$ 305,00 a arroba, contra R$ 300,00 a arroba (+1,67%).
  • Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 303,00 a arroba (+3,96%)
  • Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 310,00 a arroba, contra R$ 305,00 a arroba (subindo 1,64%).

Atacado e exportações

Os preços da carne bovina no mercado atacadista seguiram firmes em junho, embora com ajuste pontuais. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajuste moderado dos preços durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo.

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 727,018 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 34,619 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior. A quantidade total exportada pelo país chegou a 140,315 mil toneladas, com média diária de 6,681 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.181,30.

Em relação a junho de 2020, houve ganho de 11,33% no valor médio diário da exportação, queda de 7,64% na quantidade média diária exportada e valorização de 20,54% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Agência SAFRAS

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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020

Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

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Foto: Asgav

Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.

Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.

O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.

Fonte: Assessoria Cepea
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis

Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.

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Fotos: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.

Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).

“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

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Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.

A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.

O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.

Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.

“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.

Fonte: Assessoria JBS
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