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Preços da soja disparam no mercado brasileiro em agosto
Preços da soja dispararam nas principais praças do país durante o mês de agosto, atingindo máximas históricas
Os preços da soja dispararam nas principais praças do país durante o mês de agosto, atingindo máximas históricas. A combinação de escassez de produto no disponível e necessidade dos compradores distorceu as cotações domésticas.
Os produtores veem o cenário positivo e não param de elevar suas pedidas. Já os compradores optam pela cautela, se afastam do mercado e já avaliam as importações, que deverão somar 1 milhão de toneladas, principalmente do Paraguai, segundo avaliação de SAFRAS & Mercado.
Para completar o cenário positivo, os prêmios de exportação seguiram firmes, em torno de 180 pontos acima de Chicago. Os contratos futuros também subiram em Chicago e o dólar acumulou forte valorização, uma combinação de fatores que garantiu esta elevação histórica em agosto.
No mercado disponível, a saca de 60 quilos atingiu R$ 138 em Passo Fundo (RS). Há 30 dias, o preço era de R$ 118. Houve uma valorização de 17% no período. Em Paranaguá, a cotação saltou de R$ 117 para R$ 136 no período, com elevação de 16,3%.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as preocupações com o clima na área produtora e a forte demanda chinesa pela oleaginosa dos Estados Unidos sustentaram os contratos futuros. A posição novembro teve valorização de 5,55% no período, encerrando a quinta a US$ 9,42.
O dólar comercial subiu 6,88% em agosto, acompanhando as preocupações externas com a economia global e, principalmente, as dúvidas sobre a política fiscal do governo Bolsonaro. A moeda americana encerrou a quinta a R$ 5,575.
Tarifa
A possibilidade do governo retirar a tarifa de 8% sobre as importações da soja em grão para países de fora do Mercosul não deve abrir muitas alternativas de trazer grande volume de soja dos Estados Unidos. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.
Segundo ele, a necessidade de importar 1 milhão de toneladas nesse ano para garantir o abastecimento interno deve ser coberta pelo produto paraguaio. “Mas, se confirma a retirada, abre-se a possibilidade de trazer soja americana, já dá pra fazer a conta pra ver se fecham os valores”, disse o analista.
Roque lembra, no entanto, que a soja americana não está tão barata no momento. “Essa opção poderá ser mais viável a partir da entrada da safra americana e com o prêmio caindo nos Estados Unidos. “Da metade do Brasil para cima é possível importar alguma coisa, mas grandes volumes não deveremos ver. Vai facilitar, mas não impulsionar as compras de soja americana”, conclui.
Para o analista, a retirada da taxa de importação deverá ter efeito no mercado de arroz, onde os preços atingiram patamares de R$ 100 a saca nessa semana. Para o milho e para a soja, a medida não teria tanto impacto.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.