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Preços animam produtor a manter área de plantio

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O agricultor Valdir Mulling, da Linha Peroba, interior de Marechal Cândido Rondon, colheu cerca de 401 sacas de milho por alqueire na safra de verão. Produtividade invejável que motiva a querer plantar a safrinha em 40 alqueires, a exemplo do que tem feito nos últimos anos. Inclusive, só falta um terço dessa área para concluir seus planos. Até porque, os preços relativamente bons também são um incentivo a mais. Para concluir seus planos ele apenas espera o ingrediente fundamental para lançar a semente ao chão: a chuva. E ela vindo, Mulling entra para a estatísticas dos agricultores paranaenses que contrariaram estimativas e garantiram o plantio da safrinha no Estado. Estimativas de especialistas previam uma redução de cerca de 4% a 5%, índices que devem atingir somente o Mato Grosso, que assim como o Paraná é um dos maiores produtores de grãos do Brasil.
Para o agricultor rondonense, a preocupação com remuneração do produto agora é menor do que com a chuva que precisa chegar logo. Mas, não é bem assim, os prognósticos asseguram aos produtores, uma remuneração viável. A reportagem de O Presente ouviu, durante o Show Rural Coopavel, o economista Carlos Cogo, um dos principais consultores do agronegócio Brasileiro. Segundo ele, investir na segunda safra continua sendo a melhor opção ao produtor.
Análise
Cogo expõe que viemos de um ano de uma baixa muita acentuada do preço do milho no mercado externo, em função da safra recorde nos EUA, onde, apesar de ter havido seca no país, a safra foi boa. Os estoques cheios provocaram queda nos preços, no ano passado. “Os preços chegaram a cair até 40% até o final de 2013. Porém, os preços estão se recuperando desde o início de janeiro, devido à demanda externa muito forte e firme, que seguraram os preços nos EUA”, relata, avaliando que justamente essa mudança pode até interferir na intenção de plantio da segunda safra.
Conforme o consultor, no Paraná e Mato Grosso, que são os maiores produtores de grãos e onde havia perspectiva de redução de área de milho, essa redução deve ser mais amena. “Em plena colheita da safra de verão os preços já estavam se recuperando. Estão em alta, chegando a subir 8% na última semana de janeiro”, detalha. 
Preços bons
Alguns fatores colaboraram para os bons índices de preços, diz Carlos Cogo. Ele cita que as exportações foram muito boas em 2013 – o Brasil exportou 26,5 milhões de toneladas de milho, foi o maior volume exportado na história do país. “E isto acabou mudando muito o cenário nacional”, argumenta. 
Conforme Cogo, se esperava que o Brasil ficaria com um super-estoque a partir da safra do ano passado, mas as exportações mudaram esse cenário e o estoque brasileiro ficou pela metade do que se previa. Dentro desse contexto, acredita Cogo, a redução de área seria até bem-vinda ao produtor para garantir um estoque adequado e preços remuneradores. Isto porque,  segundo o analista, mesmo com uma redução de 4 a 5% de área na segunda safra, o Brasil continuaria com seus armazéns nos mesmos patamares e poderia exportar volumes semelhantes aos de 2013.
Sendo assim, para Cogo, o Paraná deve seguir com uma boa área de milho safrinha, inclusive porque ao produtor é uma estratégia interessante, porque aqui o preço é melhor do que no Mato Grosso. “A estratégia mais adequada seria plantar a segunda safra sim”, resume.
Na próxima edição de O Presente Rural você lê entrevista com o analista Carlos Cogo, que aborda o mercado de grãos, inclusive soja e trigo, bem como o mercado de máquinas para 2014.

Fonte: O Presente Rural

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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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