Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes Suinocultura

Preço sobe no varejo, mas produtores amargam prejuízos

Custo de produção está maior que o preço pago pelo quilo do animal aos produtores; frigoríficos também têm dificuldades e podem diminuir volume de produção

Publicado em

em

Divulgação

A realidade financeira dos suinocultores em Mato Grosso está bem distante daquela constatada nos preços nas gôndolas de supermercados e açougues, onde o quilo dos cortes suínos supera facilmente a casa dos R$ 20. Ao contrário do que podem pensar os consumidores, a situação é de preocupação, já que nas granjas os criadores amargam há semanas prejuízos de R$ 30 a R$ 40 por animal vendido. Isso ocorre principalmente pela alta no custo de produção, agravado em especial pelo preço do milho e do farelo de soja, base da alimentação dos animais.

De acordo com relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em Mato Grosso, o preço pago pelo quilo do suíno vivo está em média a R$ 4,80, uma queda de 8,40% em relação ao valor pago na semana anterior. Já o custo de produção, segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) está em torno de R$ 5,10 para cada quilo produzido, o que acarreta um prejuízo de pelo menos 0,30 centavos/kg. No fim, isso faz com que o produtor tenha um prejuízo de até R$ 40 por animal comercializado.

“O que causa espanto e preocupação a nós produtores e trabalhadores rurais é que o preço pago pela produção de carne não cobre nem os custos que temos. E quando você vai ao supermercado ou açougue comprar essa mesma carne vendida a R$ 4,80, você paga no mínimo R$ 20, o quilo, em qualquer corte da carne suína”, pontua Itamar Canossa, suinocultor e presidente da Acrismat.

Ainda de acordo com o Imea, o quilo da carcaça suína está sendo comercializada em média por R$ 9,29, também com queda de 5,49% em relação ao valor pago na semana anterior. “Isso revela que os frigoríficos também estão com a margem de lucro bastante reduzida. O que nos leva a entender que a questão dos preços abusivos está lá na ponta, nos supermercados e nas casas de carnes. Estes estabelecimentos pagam em média R$ 9,30 no quilo da carcaça, prepara os cortes e vende a um preço muito acima da realidade. É algo que nos incomoda, e prejudica não só os produtores, mas também o pai de família que precisa comprar proteína para sua família”, destaca Canossa.

É o que confirma o diretor presidente do Frigorífico Excelência, em Nova Mutum (distante 241 km de Cuiabá), Lauro Tabachuk Júnior. “Os reflexos dos custos das granjas chegam aos frigoríficos, e esses não conseguem repassar os valores devido ao excesso de oferta de carne no mercado. Isso acontece também por causa do poder aquisitivo da população, que vem diminuindo há vários meses”, afirma ele ao acrescentar que para fechar a equação do baixo poder aquisitivo e a alta nos preços das carnes, a população procura outras fontes de proteína para se alimentar.

Para Tabachuck, o fechamento do comércio, inclusive dos chamados de pequenos transformadores, que são os vendedores de lanches em carrinhos e similares, afeta o valor da proteína. “Acredito que o comércio em geral é essencial ou uma espécie de suporte ao essencial, e ajuda no escoamento da nossa produção. Se continuarmos com este cenário de muita carne disponível no mercado, as indústrias serão obrigadas a reduzir a produção, pois não adianta produzir e não ter pra quem vender”, aponta.

Segundo a Acrismat, um preço na casa dos R$ 6,00 por quilo pago no suíno vivo seria o suficiente para que os produtores cobrissem seus custos de produção e ainda trabalhassem com uma margem de lucro razoável. “Como presidente da Acrismat e consumidor, penso que o preço cobrado nos supermercados já é caso de polícia ou de pelo menos alerta ao Procon. Claramente é um abuso, são situações onde a margem de lucro está muito acima do normal. Se o consumidor não começar a reclamar, essa situação tende a piorar”, afirma Canossa.

Fonte: Assessoria

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

Publicado em

em

Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.