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Preço do frango sobe em parte do Brasil, com reposição de custos

Mercado de frango registrou um cenário de alta nas cotações do quilo vivo ao longo da semana em algumas regiões do Brasil

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Arquivo/OP Rural

O mercado de frango registrou um cenário de alta nas cotações do quilo vivo ao longo da semana em algumas regiões do Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul e de São Paulo, com os produtores repassando custos de produção, que seguem elevados mesmo com o declínio observado nos preços do milho.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços do milho declinaram, oferecendo um pouco de alívio ao setor, mas este cenário não deve durar muito tempo, uma vez que é esperado um primeiro semestre de 2021 complicado no abastecimento, avaliando a safra verão enxuta e a logística centrada no escoamento da soja.

No mercado atacadista, o setor voltou a se deparar com preços em queda no decorrer da semana, acompanhando o movimento das proteínas concorrentes. “Mesmo com o preço em queda, a carne de frango segue na predileção do consumidor médio, avaliando que seu custo é muito menor em relação às demais”, pontua.

De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram queda para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado baixou de em R$ 7,10 para R$ 6,50, o quilo da coxa de R$ 7,40 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 13,00 para R$ 12,20. Na distribuição, o quilo do peito retrocedeu de R$ 7,20 para R$ 6,70, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,00 e o quilo da asa em R$ 13,50 para R$ 12,50.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi retração nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito recuou de R$ 7,20 para R$ 6,60, o quilo da coxa de R$ 7,50 para R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 13,10 para R$ 12,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 7,30 para R$ 6,80, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 13,60 para R$ 12,60.

Iglesias sinaliza que as exportações de carne de frango seguem em bom nível, com o Brasil conseguindo exportar mais de 4 milhões de toneladas anualmente, o que não deve ser diferente em 2020.

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 429,573 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 21,478 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 324,080 mil toneladas, com média diária de 16,204 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.325,50.

Na comparação com novembro de 2019, houve baixa de 14,10% no valor médio diário, ganho de 3,48% na quantidade média diária e retração de 16,99% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 4,50 para R$ 4,75. Em São Paulo o quilo vivo caiu de R$ 4,55 para R$ 4,50.

Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 3,90. No oeste do Paraná o preço na integração passou de R$ 4,40 para R$ 4,50. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo baixou de R$ 4,45 para R$ 4,40.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango aumentou de R$ 4,40 para R$ 4,65. Em Goiás o quilo vivo avançou de R$ 4,40 para R$ 4,65. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 4,50 para R$ 4,75.

Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 5,90. No Ceará a cotação do quilo continuou em R$ 5,90 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,95.

Fonte: Agência Safras

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Brasil reforça parceria com a OCDE em agenda agrícola sustentável na COP30

Reunião de Carlos Fávaro com Marion Jansen fortalece a atuação brasileira na organização e debate avanços em comércio, inovação e políticas agroambientais.

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Foto: Percio Campos/Mapa

Na quinta-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, realizou uma reunião bilateral com a diretora de Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Marion Jansen, na AgriZone, a casa da agricultura sustentável na COP30, em Belém (PA). O encontro reforçou o compromisso do Brasil em ampliar sua participação na organização e avançar em temas estratégicos da agenda agrícola internacional.

Durante a reunião, foram discutidos indicadores agroambientais e os trabalhos conduzidos pelos grupos da OCDE dedicados à agricultura, comércio, meio ambiente e políticas agrícolas. Um dos pontos de destaque foi o realinhamento da participação brasileira no Programa de Cooperação e Pesquisa (CRP), considerado fundamental para fomentar estudos, inovação e intercâmbio técnico entre países. Fávaro ressaltou a importância de que métricas globais reflitam de maneira mais precisa as realidades produtivas tropicais.

“Estamos trabalhando para que a voz do Brasil esteja cada vez mais presente nos fóruns internacionais. Nossa produção sustentável, aliada à inovação, nos coloca em posição de apoiar agendas globais e garantir que decisões sobre agricultura e comércio levem em conta a realidade de quem produz alimentos com responsabilidade”, destacou o ministro.

A bilateral marcou também a apresentação da nova adida brasileira junto à OCDE, Bárbara Cordeiro, que assumirá o posto em janeiro de 2026. O diálogo abriu novas perspectivas de cooperação e consolidou o interesse mútuo em fortalecer a atuação técnica do Brasil na organização.

Após a reunião, a OCDE promoveu o painel “O desafio do comércio agrícola sustentável: um diálogo de alto nível”, na AgriZone. Participaram do debate Marion Jansen, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua.

O painel reuniu especialistas, representantes internacionais e formuladores de políticas para discutir caminhos para um comércio agrícola sustentável em um cenário global de desafios ambientais e crescente demanda por alimentos. Os participantes abordaram a harmonização de indicadores, estratégias de mitigação e adaptação climática e políticas que considerem a diversidade das realidades produtivas ao redor do mundo.

Durante o debate, o secretário Luís Rua destacou o papel estratégico do Brasil. “O Brasil tem excelência na agenda da sustentabilidade e na preservação ambiental, mas também se destaca pela produção de alimentos. O país pode liderar pelo exemplo, com atividades produtivas sustentáveis e responsabilidade ambiental, aliadas à inovação e à tecnologia. Esses elementos permitem que o Brasil se consolide cada vez mais como um player estratégico na produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar global e conciliando preservação ambiental e desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou.

O painel reforçou, ainda, o protagonismo brasileiro no desenvolvimento de tecnologias e políticas públicas voltadas à sustentabilidade, contribuindo para que o comércio internacional avance com equilíbrio, competitividade e compromisso ambiental.

Fonte: Assessoria Mapa
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Agricultura regenerativa ganha destaque na COP30 como caminho para um agro mais sustentável

Painel do Mapa no Pavilhão Brasil debate práticas que reduzem emissões, recuperam solos e fortalecem a competitividade da agricultura de baixo carbono no país.

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Foto: Freepik

Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participaram, neste penúltimo dia da COP30, de um painel dedicado à agricultura regenerativa como caminho para um agronegócio mais sustentável e resiliente. O encontro ocorreu no Pavilhão Brasil, na Blue Zone, reunindo especialistas e autoridades para discutir soluções que integrem produção e preservação.

O painel teve como foco mostrar como práticas regenerativas podem reduzir emissões de carbono, restaurar a capacidade produtiva dos solos e ampliar a eficiência das cadeias agropecuárias. Os participantes também discutiram os desafios e as oportunidades para expandir essas técnicas no campo brasileiro, sobretudo diante das mudanças climáticas e da necessidade de fortalecer a segurança alimentar.

O auditor fiscal federal agropecuário do Mapa, Luís Rangel, destacou que o Programa Caminho Verde Brasil será um dos principais motores da transformação sustentável no país. A iniciativa prevê a recuperação de áreas atualmente degradadas, devolvendo-as à produção por meio de ciência, tecnologia e inovação, fortalecendo a agricultura de baixo carbono e ampliando a competitividade do Brasil no cenário global.

Rangel também reforçou que o governo vem ampliando os instrumentos de incentivo para que mais produtores adotem práticas sustentáveis. Entre eles, está o desconto de 0,5% no Plano Safra para quem investe em sistemas produtivos sustentáveis e tecnologias de baixa emissão. Para ele, “a transição verde já é uma realidade no campo brasileiro, e programas como o Caminho Verde mostram que é possível produzir mais, conservando os recursos naturais”.

Além disso, o debate ressaltou que a agricultura regenerativa está alinhada às metas nacionais de sustentabilidade, contribuindo para o uso eficiente do solo, o aumento da biodiversidade e a redução de impactos ambientais, sem comprometer a produtividade de pequenos, médios e grandes produtores.

Fonte: Assessoria Mapa
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Mobilização do setor rural retira de pauta PL que aumentaria custos extrajudiciais no Paraná

Pressão do Sistema Faep, sindicatos e produtores garante suspensão do projeto que poderia elevar em até 532% taxas essenciais para atividades rurais e impactar o preço dos alimentos no estado.

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Foto: Shutterstock

O Projeto de Lei (PL) 1016/2025, referente ao aumento dos valores de referência aos atos extrajudiciais no Paraná, foi retirado da pauta de votação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A ação é resultado da mobilização do Sistema Faep, com apoio dos sindicatos e produtores rurais, que também envolveu o G7 (grupo que reúne sete entidades representativas do setor produtivo paranaense), os deputados estaduais e o governo estadual. O projeto de lei havia sido protocolado na Alep pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR).

Caso o PL 1016/2025 fosse aprovado, o impacto financeiro seria significativo na agropecuária estadual. Isso porque os produtores rurais teriam que pagar, por exemplo, até 532% a mais para averbação sem valor econômico, 351% para emissão de certidões e 82% para pedidos de escrituras com valor acima de R$ 750 mil. Com o aumento dos custos dentro da porteira, o valor dos alimentos para a sociedade paranaense sofreria reajuste.

“A retirada de tramitação do projeto é uma vitória do setor rural e também da sociedade paranaense, já que teria impacto para todos os cidadãos. O momento em que vivemos, principalmente no meio rural, é delicado, com altos custos de produção, margens apertadas e problemas extras, como as intempéries climáticas. Essa vitória é coletiva, resultado da mobilização de diversos elos da cadeia produtiva rural”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “O Sistema Faep, nossos sindicatos e produtores rurais agradecem a sensibilidade dos deputados estaduais, principalmente do presidente da Alep, Alexandre Curi, e do governador, Carlos Massa Ratinho Junior”, complementa.

A retirada do PL da pauta da Alep evita que os produtores rurais tenham que pagar a mais em operações de registro, averbação, retificação de área, georreferenciamento, regularização ambiental e ratificação de área em faixa de fronteira. Esses documentos são necessários para o financiamento, regularização fundiária, crédito rural, registro de propriedades, regularização ambiental e, até mesmo, a obtenção de financiamentos bancários.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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